A luta contra o racismo precisa estar sempre alerta. Conforme ensina Ângela Davis: “Não basta ser contra o racismo. É preciso ser um ativista antirracistas.”
Judeus pedem remoção do nome de rei italiano de escolas
Vittorio Emanuele III sancionou leis racistas do fascismo
3 JAN2018, 15h16
A União das Comunidades Hebraicas Italianas (Ucei) enviou uma carta ao Ministério dos Bens Culturais do país pedindo a remoção do nome do rei Vittorio Emanuele III de todas as escolas e bibliotecas públicas que o homenageiam.
O monarca, cujo corpo retornou recentemente à Itália, cedeu o governo nacional para Benito Mussolini, em 1922, e sancionou as leis raciais fascistas de 1938, que autorizaram a perseguição contra judeus.
“Com desânimo, pudemos constatar, com uma simples busca, que infelizmente existe ainda hoje um longo elenco de escolas e bibliotecas públicas dedicadas pelos italianos ao rei que os abandonou à própria sorte”, diz o documento, que é assinado pela presidente da Ucei, Noemi Di Segni.
Ela cita como exemplo a Biblioteca Nacional Vittorio Emanuele III, em Nápoles, que é subordinada ao Ministério dos Bens Culturais. O monarca reinou entre 1900 e 1946, quando abdicou do trono em favor do filho Umberto II.
Seus restos mortais estavam em Alexandria, no Egito, mas foram levados, em dezembro passado, para o Santuário de Vicoforte, basílica monumental situada no Piemonte, norte da Itália. O retorno do corpo incomodou a comunidade hebraica italiana, principalmente após a família do rei ter sugerido que ele fosse sepultado no Panteão de Roma, onde estão os túmulos de outros monarcas.
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Caro Militão,
Não sei se vc
Caro Militão,
Não sei se vc conhece, pois não vejo vc falar muito sobre isso aqui.
Trata-se da Frente Negra, movimento que ocorreu em SP na década de 1930.
Talvez vc pudesse falar um pouco sobre isso para nós
FRENTE NEGRA integralista
Prezado Carlos,
Conheci e convivi com duas figuras históricas da Frente Negra. Henrique Cunha e Francisco Lucrécio. Até hoje sou amigo e admirador do Henrique Cunha Júnior, professor na Federal do Ceará, ex-USP.
Também convivi na condição de Conselheiros com o saudoso Dr. Lucrécio, de 1987-1992, no Conselho da Comunidade Negra do governo do estado de São Paulo.
Duas figuras inspiradoras… Porém, foram homens de um tempo em que a crença em ´raça´ predominava em todo o mundo.
Portanto, sou muito crítico à ideologia que orientou a direção da FN que tinha inegável orientação integralista e adeptos do fascismo.
Além de professarem um discurso de crença ´racial´, imaginavam que, poucos anos após a abolição, a culpa da situação de miséria e marginalização social da população ´de cor´, decorria de sua ignorância e da própria vadiagem. Adotaram métodos rígidos da disciplina integralista até mesmo com uniformes e educação ideológica.
Tem inclusive um episódio emblemático que precisa ser melhor estudado: a oposição da Frente Negra contra a imigração voluntária de afro-americanos para o Brasil. Não se trata do outro episódio da ´deportação´ de escravos que o governo dos EUA de Abraham Lincoln tentou fazer para a ocupação da Amazônia antes do final da guerra civil, da independência e abolição da escravidão em 1865.
Portanto, a Frente Negra não era antirracista. Eles acreditavam no ´valor´ da raça! Acolhia a ideia de um crecimento e desenvolvimento separado. Aliás, o movimento negro atual, trilha neste mesmo caminho graças às políticas públicas em bases raciais que tem sido outorgada pela elite racista brasileira.
abraço,
Obrigado, Militão, pelos
Obrigado, Militão, pelos esclarecimentos.
Eu já tinha lido dois artigos acadêmicos sobre o tema, que dizem exatamente o mesmo que você.
Chama a atenção a associação da FNB com o integralismo
Me interessa muito esse debate, pois é impossível pensar numa reação ao que ocorre hoje no Brasil sem a participação da população negra
Fiz um comentário hoje também a um outro post, mais ou menos nessa direção
https://jornalggn.com.br/blog/almirfortegmailcom/diga-nao-ao-tio-sam-por-almir-forte
Abraço