O Reichstag pegou fogo, prenda-se o Lula.

Em 27 de fevereiro de 1933, cinco dias antes das eleições parlamentares na Alemanha, o Reishstag, o parlamento alemão pegou fogo. Rapidamente a polícia alemã encontrou um anarco-comunista holandês Marinus van der Lubbe vagando como um zumbi no prédio em chamas, este holandês tinha chegado a Alemanha a poucos dias e numa trama muito bem montada por policiais nazistas conseguiram provar que o mesmo com alguns comparsas comunistas haviam ateado fogo ao parlamento alemão como uma parte de um grande complô comunista. A história do falso julgamento é contada com detalhes na revista História Viva que pode ser lida na Internet AQUI.

Porém o mais importante nos dias atuais não é a queima do Reichstag, mas sim a história de mais um falso julgamento político que foi utilizado no caso para que Hitler adquirisse poderes ditatoriais e prendesse todos os militantes de esquerda que na sua imensa maioria foram mortos nos campos de concentração Nazistas. Esta história como mais algumas dezenas de outras se repetem em vários países e diversas épocas, como, por exemplo, o famoso julgamento de Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, dois anarquistas italianos, que mesmo tendo o verdadeiro assassino confessado o crime, provas de balística e outras demonstrarem que eles não eram culpados, foram executados em 23 de agosto de 1927.

Poderíamos encher uma página de nomes de pessoas condenadas simplesmente por estarem na oposição do governo vigente, são julgamentos que posteriormente mostram todas as suas falhas e os juízes 50 ou mais anos absolvem os mortos por falta de provas e manipulações nos julgamentos.

Estas histórias se repetem simplesmente porque governos interessados em achar inimigos apontam os dedos contra alguns e depois de investigações nada imparciais enxergam nestes homens e mulheres as vítimas convenientes para assumir governos ditatoriais, reprimir movimentos populares ou simplesmente acabar com adversários políticos.

Advogados perspicazes levantam fortes provas que invalidam os julgamentos, porém erram estes advogados em perder o seu tempo em procurar provar o evidente, pois estes convenientes réus têm o seu julgamento independente do Direito. O Direito é algo para ser utilizados pelos poderosos da época, enganam-se as pessoas que esta doutrina serve para promover a justiça, pois todos sabem que as sentenças sempre tendem no sentido dos mais fortes.

Queimou-se o Reichstag, os inconvenientes comunistas são imediatamente presos para permitir a ascensão de Hitler, matou-se um guarda de uma fábrica de sapatos, criminalizam-se operários para evitar que estes continuem lutando por suas causas justas. A corrupção antiga da Petrobras é “descoberta” a partir de leis que os governos do PT instituíram para combater a corrupção, prende-se Lula para que a esperança daqueles que confiaram nele seja abatida.

Provas? Não são necessárias? Utilizam-se planos fantasiosos de tomada de poder dos comunistas na Alemanha, conspirações anarquistas na América do Norte, ou a necessidade de um partido de esquerda de ganhar as eleições como uma pretensão estapafúrdia.

Daqui a alguns anos o julgamento de Lula será revisto, um juiz de algum tribunal, desta vez utilizando os princípios jurídicos corretos absolverá Lula vivo ou morto, mas as eleições do fim da segunda década do século XXI já terão passadas e a vitória dos que maquiaram as provas ou de seus comparsas no judiciário já foi garantida na hora certa.

Há saídas? Claro que há. Porém esta saída não é judicial e não segue o direito, segue a política e em casos destes quem ganha é quem mostra maior poder. Quem fica esperando que a justiça faça o seu trabalho, pode esperar, pois em vinte ou trinta anos a farsa ficará clara a todos, mas quem não gosta de esperar que lute!

Redação

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