O RENASCIMENTO DO RIO

A partir da mudança da capital para Brasília, que retirou da ex-capital federal uma importante fonte de renda e nunca cumpriu as compensações contempladas na lei da mudança, o Rio iniciou um progressivo e doloroso processo de declínio, mesmo se mantendo uma das maiores economias do país. A cidade, depois de fundida com o Estado do Rio, aparecia mais nas páginas policiais da imprensa do que nas páginas econômicas. A insegurança, irresponsavelmente exponenciada pela imprensa, levaram indústrias, serviços etc. a migrar, agravando o declínio.

De uns tempos para cá, esse quadro começa a se inverter. A economia vem se recuperando, graças ao petróleo, mas não só a ele: novas indústrias têm se instalado, o turismo se amplia com bases bem mais sólidas e profissionais… E o enfrentamento do grave problema da criminalidade finalmente tomou um rumo diferente do ineficaz e antissocial método da repressão violenta, bem ao estilo das “guerras a” (às drogas, ao terrorismo, ao crime) dos conservadores americanos. O complexo do Alemão, emblemático da dominação do crime sobre os moradores das comunidades, está encontrando o caminho da normalidade, não obstante o que cacarejam os derrotistas de plantão.

A notícia abaixo mostra que o o vigor com que o Estado está renascendo. A reindustrialização vai trazer mais oportunidades de trabalho, o que é essencial para cortar a fonte em que bebia a criminalidade: a falta de perspectiva dos jovens, que os levava a optar pelo único emprego a seu alcance, engajando-se nas quadrilhas do tráfico e afins. O Novo Ano se abre com perspectivas alvissareiras.

 

Rio preparado para se tornar o maior polo produtor de veículos


Três novas montadoras podem ser instaladas no estado nos próximos anos 


 

 

Nos próximos anos, três novas montadoras de automóveis podem ser instaladas no Rio de Janeiro, que entrou na disputa pelos investimentos da Volkswagen, Jac Motors e BMW. O Estado do Rio, que se prepara para se tornar o maior polo produtor de veículos do país, já conta com as fábricas da Nissan-Renault e da Peugeot-Citröen. No total, o setor soma recursos no valor de US$ 4 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão da Nissan e US$ 2,6 bilhões da Peugeot.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, a nova fábrica de automóveis seria construída em Seropédica, na Baixada Fluminense. Para Bueno, a conquista das montadoras mudaria o patamar da indústria de transformação do Rio. 

– Estamos na disputa por todas as montadoras que anunciaram a vinda para o país, e a expectativa é disputar ainda a instalação de uma quarta indústria européia que ainda não anunciou oficialmente que vem ao Brasil – afirmou. 

Apenas com os investimentos já anunciados no setor de veículos, Rio passará a produzir 900 mil automóveis por ano até 2016, mais que quadruplicando a produção atual, de 220 mil veículos. O mercado nacional hoje é de 3,5 milhões de veículos e a previsão é de que chegue a 5 milhões de unidades por ano em 2016.

Investimentos estrangeiros somam cerca de US$ 15 bi

Os investimentos anunciados ao longo de 2011 por empresas estrangeiras somam cerca de US$ 15 bilhões. Entre eles, o da siderúrgica integrada do Porto do Açu, a Ternium, de US$ 5 bilhões, que deve receber licença de implantação em janeiro e começar a obra no primeiro semestre do ano que vem. A Nissan , a RHI Refratários Brasil (US$ 100 milhões), o Estaleiro da Marinha e a Base Naval em Itaguaí (US$ 5 bilhões), a Gerdau (US$ 1,372 bilhão) e a MAN (US$ 1 bilhão) também investirão no Estado do Rio.

Indústria siderúrgica e naval 

Na área siderúrgica, a meta de ser maior produtor de aço o país está cada vez mais próxima de ser atingida. Até 2020, a expectativa é dobrar a capacidade do Rio de 14,77 milhões de toneladas de aço/ano para 33,17 milhões de toneladas/ano. Os investimentos somam mais de R$ 30 bilhões em cinco grandes projetos: Gerdau, Ternium, Wisco, CSA e CSN. O Rio de Janeiro também mantém a liderança no setor da indústria naval. Nos próximos quatro anos, a previsão é de que sejam investidos aproximadamente R$ 7 bilhões com a instalação e reativação de estaleiros. Entre os novos empreendimentos destacam-se o Estaleiro da Marinha, OSX, Aliança e Inhaúma, que consolida a posição privilegiada do Estado na indústria naval brasileira. 

Petróleo e tecnologia 

No setor de petróleo e tecnologia, o Estado se prepara para receber um distrito industrial de 2 milhões de metros quadrados, próximo ao aeroporto de Cabo Frio. O local servirá de apoio à indústria petrolífera de Macaé. As negociações com as empresas estão em fase avançada e devem ser firmada em 2012. A próxima etapa será a construção de um porto na área para complementar a logística local.

http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/12/25/rio-preparado-para-se-tornar-o-maior-polo-produtor-de-veiculos/

Redação

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