Jornal GGN – O Tribunal de Ética e Disciplina da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil notificou o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre conflitos éticos em torno da atividade da advocacia aos clientes da consultoria Alvarez & Marsal, da qual Moro se tornou sócio-diretor.
“Notificamos Vossa Senhoria [Moro] para que não pratique atividade privativa de advocacia aos clientes da empresa Alvarez & Marsal, sob pena de adoção de medidas administrativas e judiciais pertinente”, diz o comunicado assinado pelo presidente do tribunal, Carlos Kauffmann, divulgado pelo site Consultor Jurídico (Conjur).
A notificação a Moro ressalta que as empresas de consultoria são proibidas de “prestar serviços jurídicos a seus clientes, incluindo assessoria e consultoria jurídica, nem mesmo por advogados internos, independentemente do cargo ou função exercidos”.
Moro anunciou no último domingo (29/11) que foi contratado pela empresa norte-americana Alvarez & Marsal como sócio-diretor. A consultoria não só atende a administração judicial da Odebrecht, uma das mais afetadas pelas decisões tomadas pelo ex-juiz-presidente da Operação Lava Jato (como Moro é citado no site da consultoria), como faz assessoria financeira na recuperação da Sete Brasil, e foi contratada pela Queiroz Galvão para reestruturação do grupo.
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