“…obrigado Lula, essa é a ‘esquerda’ que queremos dentro da américa latina”

Nosso presidente conseguiu fazer uma política que atraiu olhares no mundo todo, e como temos visto, agradou grande parte dos chefes de Estado das maiores potências. Fato simbolizado com o presidente Obama, que chamou o Lula de “o cara”. Todo mundo viu isso, mas ta aí o link: http://www.youtube.com/watch?v=XwseO4eJn3w

Para melhorar a situação histórica do presidente, essa semana saiu na Time um ranking com os líderes mais influentes do mundo, com Lula no topo da lista, ééé…isso mesmo, no TOPO da lista. A matéria está em inglês, no site da Time (uma revista que como bem argumentou o palpiteiro em seu blog, pode ser chamada de tudo, menos de petista). O nosso antigo presidente, aquele que sabe falar inglês como a tucanada gosta de lembrar, deveria traduzir o texto pra gente divulgar a notícia.

Venezuela, Cuba, Argentina e Uruguai criaram em 2005 um canal de TV multiestatal, a Telesur, arrumando briga com grandes grupos de comunicação, provocando a ira dos EUA, que inclusive tentaram boicotar as transmissões do canal (vale a pena ler a matéria sobre isso).
Aqui no Brasil o cenário tá um tanto diferente. A gente continua vendo a Globo, as vezes a record, a band, SBT e a TV Cultura se ela sintonizar bem na tua região e vc tiver saco pra esperar algo realmente bom naquela programação maluca…Os seis maiores grupos de TV (Globo, SBT, Band, Record, EBC e Redetv) ainda dominam 90% do total de emissoras do país, e alguns “expoentes” do jornalismo brasileiro (boris casoy, miriam leitão) insistem em dizer que estamos passando por um processo de censura midiática apoiado pelo governo federal. Faltou lembrá-los que as concessões de mídia no Brasil são dadas pelo governo federal, e como sabemos, Lula deixou as coisas como estão. 90% e pronto.
Sofremos censura midiática ou falta de acesso aos meios de comunicação?

A Telesur é UMA, das DUAS, emissoras públicas que existe na Venezuela. Os outros 46 são particulares, fora os outros tantos de sintonia por assinatura. É só ter dinheiro e se divertir assistindo à programas feitos em sua maior parte nos EUA e Europa.

A abertura desse canal (Telesur) em 2005 não recebeu tanto destaque como as notícias da Cicarelli e suas peripécias marítimas com o parceiro na Espanha, ou em caso mais recente, o episódio da pobre Isabela, a que foi jogada da janela e gerou uma comoção nacional difícil de explicar num país que mata suas crianças de dor de barriga sem que as pessoas se dêem conta.

Barriga pode, janela é pecado.

Destaque mesmo pela mídia brasileira recebeu a RCTV, uma emissora com clara posição anti chavista que foi fechada mais de uma vez por motivos vários e que devemos sim procurar entender os porquês e poréns.
A Globo usou até a jogada de mostrar os trabalhadores da RCTV chorando por perder o emprego e tudo.
Foi tão noticiado isso que a confusão gerada fez com que hoje as pessoas lembrem menos da RCTV do que o fato de Chavez ser um “ditador”.

Fato é que, querendo enchergar ou não, estamos passando por um processo de ‘tentativa’ de integração entre vários governos na América Latina. A Telesur é só mais um braço disso. Ainda tem a Unasur (União de Nações Sul-Americanas ), a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América), e o Sucre, que é uma tentativa para a criação de uma moeda local que faça frente ao dólar nas transações entre os países que compõe a ALBA (Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Equador, e os pequenos, Antigua e Barbuda, São Vicente e Granadinas).

O governo federal está vendo tudo isso, de longe, utilizando da arte do joão-sem-braço. Pouco opina, não entra no meio, mas também não fala mal. O recado do Brasil é claro: “quer se integrar, se integre. Eu é que não vou arrumar briga com os yankes”.

A mídia faz a parte dela, omite.

Os EUA mandam outro recado: “nem vem com essa de integração, vocês tão fazendo é ditadura”…

…e sobra um recado direto de Washington para o brasil:
“obrigado Lula, o Brasil é a ‘esquerda’ que queremos dentro da américa latina. 90% e pronto.

Redação

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