Em razão da crise política artificialmente criada pelo PSDB com ajuda da imprensa, tenho procurado novas maneiras de entender e descrever os tucanos. Hoje encontrei algo interessante estudando a história.
Os tucanos são neoliberais ortodoxos. Eles não admitem a destruição do neoliberalismo após Queda de Wall Street há alguns anos. Mesmo tendo perdido as eleições, os líderes do PSDB seguem tentando impor sua ortodoxia financeira nociva e ultrapassada ao Brasil e aos brasileiros.
Ao defender suas crenças econômico-teológicas, os parlamentares tucanos proferem discursos incompreensíveis e rebuscados no Parlamento. A mídia repete os bizantinismos tucanos com a esperança de confundir a população e impedir o governo Dilma Rousseff de adotar uma política econômica pós-neoliberal desenvolvimentista.
Fazer associações histórias é uma arte. As discrepâncias aparentes e marcantes entre dois grupos humanos distintos, de culturas diferentes e pertencentes épocas separadas por séculos, devem ser ignoradas em benefício das estruturas profundas de suas psiques. É lá que encontraremos semelhança e unidade onde os observadores ingênuos só conseguem ver diversidade.
A fixação neurótica dos tucanos pela teologia neoliberal, sua incapacidade de aceitar os argumentos racionais do governo Dilma Rousseff e, sobretudo, a arrogante demonstração de superioridade que eles dão ao querer governar após uma derrota eleitoral, sugerem que os líderes do PSDB saíram dos domínios da História e da Política para adentrar às cavernas da histeria mística e religiosa. Os tucanos deixaram se ser homens públicos e passaram a agir como monges impelidos por uma fé inabalável de que somente eles possuem o verdadeiro conhecimento que levará os brasileiros à salvação eterna em Pindorama. Os discursos rebuscados que eles proferem adquirem, neste contexto, características nitidamente teológicas, herméticas e bizantinas.
Em razão do exposto, ninguém mais pode duvidar que os tucanos estão ficando parecidos com os hesicastas, com os truculentos monges que odiavam a cultura grega clássica e que foram os principais responsáveis pela separação teológica entre o Império Bizantino e o Ocidente. A ortodoxia hesicasta provocou o isolamento de Constantinopla e a incapacidade dos bizantinos de conseguir ajuda católica para combater os turcos. O resultado trágico da purificação hesicasta foi a queda do Império Bizantino. Se triunfarem os hesicastas tucanos provocarão o isolamento e a destruição do Brasil.
Omphalopsychoi >>> cabeças de umbigo.
O sarcasmo grego inventado pelo erudito Barlaan (1290 – 1348) para ridicularizar os monges hesicastas, místicos bizantinos que tentavam se unir a Deus olhando fixamente os próprios umbigos, se ajusta perfeitamente aos tucanos. Eles também só conseguem enxergar seus umbigos. Em razão disto, doravante os chamarei de Neofileléf̱theri̱ Omphalopsychoi.
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