OIT ressalta que o coronavírus também é um problema social e econômico

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em artigo, diretor-geral da entidade afirma que perda econômica pode chegar a US$ 3,4 trilhões, e até 25 milhões de pessoas poderão ficar sem trabalho

Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Foto: Reprodução/ONU

Jornal GGN – A pandemia de coronavírus não é apenas uma crise de saúde global, mas também é um problema social e econômico.

A afirmação é do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider, em artigo publicado nesta quarta-feira (01/04). Dentre os impactos projetados por Ryder, estão a perda de até US$ 3,4 trilhões em rendimentos dos trabalhadores e até 25 milhões de pessoas desempregadas pelo mundo – contudo, esses números podem subestimar a magnitude do efeito do vírus.

Em um mundo onde apenas uma em cada cinco pessoas é elegível a receber auxílio-desemprego, as demissões significam catástrofe para milhões de famílias. Por não ter direito a licenças médicas remuneradas, muitos prestadores de serviços de cuidados e de entregas, pessoas das quais todos dependemos agora, estão constantemente sob pressão para continuar trabalhando, mesmo que estejam doentes.

Diante do tamanho dessa crise, Ryder pede que seja feito um diálogo social entre os governos, os empregadores e os trabalhadores, para que o ano de 2020 não seja uma repetição do que aconteceu nos anos 30, quando se viu a quebra da economia dos Estados Unidos e o ciclo conhecido como Grande Depressão.

O representante da OIT exigiu atenção especial para os trabalhadores mais vulneráveis, incluindo os autônomos e temporários, que não podem reunir os requisitos necessários para obter acesso a serviços de saúde ou ao seguro-desemprego.

Além disso, Ryder afirma que serão necessárias políticas fiscais e monetárias que sejam expansionistas de uma forma jamais vista, seja para garantir que as pessoas continuem com dinheiro para seguir em casa durante a quarentena, seja para que as empresas voltem a trabalhar de maneira adequada quando a situação assim o permitir.

O diretor-geral da OIT ressalta que os governos podem salvar milhões de empregos e de empresas caso atuem para garantir a continuidade dos negócios e protejam os trabalhadores mais vulneráveis – lembrando que as decisões tomadas hoje serão decisivas para a saúde da economia e da sociedade como um todo nos próximos anos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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