Jornal GGN – Jamil Chade, correspondente do UOL, afirma em artigo nesta quarta (29) que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a abstinência sexual como uma das estratégias de combate à gravidez precoce. Mas ela sozinha não traz resultados, devendo ser combinada com outras ações, como educação sexual personalizada para cada idade.
“A OMS reconhece que a abstinência é uma abordagem para evitar uma gravidez indesejada”, mas “a abstinência não é uma condição permanente na vida de muitos jovens e há diversidade na forma como os jovens administram sua expressão sexual em várias idades”, afirmou a organização.
“Programas apenas baseados em abstinência foram considerados ineficazes e potencialmente prejudiciais à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos dos jovens”, acrescentou a OMS.
“A educação sexual – dentro ou fora das escolas – não aumenta a atividade sexual, o comportamento sexual de risco ou as taxas de infecção por HIV”, destacou.
Sob a pastora Damares Alves, o Ministério da Família lançará em fevereiro uma campanha pregando a abstinência sexual entre jovens para reduzir a gravidez precoce. A ministra distribuiu para setores públicos um documento que diz que a iniciativa precoce da vida sexual afasta o jovem da Igreja e da Família e alimenta comportamentos inadequados, revelou a Folha no final de semana.
Chade lembrou que o governo Bolsonaro “vem tentando vetar documentos na OMS e na ONU que estabeleçam a educação sexual como um direito. Também há um esforço para vetar termos como direitos sexuais”.
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