Operação que prendeu Queiroz será primeira fase da investigação das ‘rachadinhas’ na Alerj

Investigação sobre esquema envolvendo assessores ligados ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro deve separar os processos

Fabricio Queiroz, ex assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro, foi preso na última quinta-feira em um sítio no interior de São Paulo. Foto: Policia Civil/via fotospublicas.com

Jornal GGN – A operação policial que levou à prisão de Fabrício Queiroz será a base da denúncia a ser apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra os primeiros investigados no caso da “rachadinha” na Alerj.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, os promotores do caso devem dividir as investigações de acordo com os núcleos do que chamaram de “organização criminosa” que funcionava no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na Assembleia Legislativa do Rio.

Os promotores mostraram que, no pedido de prisão de Queiroz, eles conseguiram um total de 103 quebras de sigilos bancários e fiscais de empresas e pessoas para apuração de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e inserção de informação falsa em documento público, entre outros delitos.

A decisão de realizar novas buscas pode gerar novas diligências, e um dos objetivos é descobrir o personagem identificado como Anjo, que dava ordens para Queiroz e o mantinha escondido na cidade paulista de Atibaia, onde foi preso na última quinta-feira, em imóvel pertencente ao advogado Frederick Wassef, que defende Flávio e é amigo do presidente Jair Bolsonaro.

No caso da Operação Anjo, os promotores disseram ao juiz Flávio Itabaiana, da 27.ª Vara Criminal do Rio, que estavam investigando lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e peculato.

A ação atingiu quatro integrantes do que a promotoria designa como o primeiro núcleo da organização criminosa, que engloba um grupo de 14 pessoas ligadas ao ex-assessor parlamentar, como as duas filhas do ex-assessor – Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz –, e sua mulher, Márcia Oliveira Aguiar, além das ex-assessoras Luiza Souza Paes e Alessandra Esteves Marins.

 

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Redação

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