Órgão que articula estados e MEC diz que a pasta está “sem comando”

Em meio à crise, MEC já perdeu 15 gestores e tem tido dificuldade de repor. Há funcionários acumulando funções e outros, que estão chegando, não têm experiência na área que estão assumindo

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Cecília Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, o Consed – órgão que faz a ponte entre os estados e o MEC – disse em entrevista ao Valor, nesta quarta (27), que a Pasta parece estar “sem comando”. Em meio à crise na gestão de Ricardo Vélez, o MEC já sofreu 15 baixas e tem tido dificuldade para repor gestores e estabelecer projetos que deveriam ser prioridade.

“Eu tenho a impressão de que não existe um comando no MEC nem política de governo para a educação”, disse Cecilia Motta. Segundo ela, desde que o governo Bolsonaro começou, os secretários de estado estão sem saber quais políticas e projetos financiados pelo MEC terão continuidade.

Cecília criticou a demissão de Luiz Antonio Tozi, ex-secretário-executivo, Tania Leme de Almeida, ex-secretária de educação básica, que estão entre as 15 baixas sofridas pelo MEC em meio à guerra entre olavistas, militares e técnicos da educação.

Para a presidente, o MEC ainda errou ao sinalizar que “irá impor a metodologia fônica no programa nacional de alfabetização que deverá ser lançado em breve”, descreveu o Valor.

“Espero que não exista nenhum tipo de vinculação entre adesão a esse método para receber financiamento. O MEC não tem de impor nada, a autonomia é do professor na sala de aula”, afirma.

O vai-e-vem com a notícia de que o Inep não faria mais a avaliação de alunos da educação básica também foi visto como demonstração de amadorismo por críticos ouvidos pelo Estadão.

Velez, em meio à crise, está com dificuldade de repor os cargos perdidos. Há gestores acumulando funções e outros, chegando, que não têm experiência na área.

“O general Francisco Mamede de Brito Filho, que tem experiência na área de Defesa e nunca trabalhou com educação, deve assumir o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), que responde pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, exemplificou.

Redação

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  1. Sobre Bolsonaro:
    É um sem noção, um pré-adolescente nervosinho, um autista politico-social, um despreparado geral. Um desastre ferroviário.
    Sobre o bolsonarismo:
    O ÚLTIMO A SAIR ACENDE A LUZ!
    (© de livre uso)

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