Os 80 anos do rei Pelé, por Luis Nassif

Em matéria de candidato a Papa, a Argentina pode ser melhor. Mas, no futebol, nem o épico Maradona, nem o científico Messi, nem o furacão Kempes, somados, chegaram perto do Rei.

Eu estava na Veja, no incídio de carreira, quando Pelé marcou o milésimo gol. E a revisita incumbiu uma equipe grande de levantar a vida do rei.

No primeiro dia, rumei para a chácara Nicolau Moran, onde o Santos se concentrava. Fui lá com a cara, a coragem e um gravador.

Esperei terminar o treinamento. Pelé saiu do campo dando conselhos a Léo e Nené, meio campistas do Santos:

– Vocês têm que fazer que nem o Dirceu Lopes. Recebeu a bola, parte direto para o gol.

Como cruzeirense, e fã do Dirceu Lopes, fiquei emocionado. Mas, na hora de pedir a entrevista, fui solenemente ignorado pelo rei.

Fui pedir socorro então ao técnico do Santos, meu conterrâneo Mauro Ramos de Oliveira, o inesquecível capitão da Copa de 1962. Cheguei até ele, disse que era seu conterrâneo e recebi a indefectível pergunta mineira:

– Filho de quem?

Quando disse que era do Oscar Nassif, Mauro abriu num baita sorriso.

– Que legal! Foi seu pai quem me descobriu para o futebol

Muitos anos depois descobri que houve um campeonato amador na cidade, com cada loja do comércio patrocinando um time. A Farmácia Central patrocinou um time que tinha Mauro como estrela. Depois, seu Oscar tornou-se diretor de futebol da Caldense e promoveu Mauro para o time titular.

Disse-lhe que queria entrevista Pelé. Imediatamente Mauro chamou-o e lhe disse para dar uma entrevista para o filho do seu amigo.

Bastou ligar o gravador, para o Pelé disparar aquela risadinha simpática com que Edson inaugurava toda entrevista, quando baixava o Pelé nele.

Na semana seguinte, desci para Santos com a equipe de Veja, para levantar todos os detalhes do dia a dia de Pelé. E ali foi uma decepção enorme, quando descobrimos que Pelé era… humano.

Entrevistei o Pepe Gordo, seu primeiro empresário, depois um advogado, Vicente Cascione,  que cuidara de seus negócios no início. Falei com a familia, com seu pai, Dondinho – que meu pai contratou para centro-avante da Caldense, antes de ele se mudar para Bauru.

Pelé era um sátiro insaciável. Em toda cidade que o Santos ia jogar, já havia esquemas para colocar no seu quarto candidatas a miss Pelé.

Cascione relatou episódios nada edificantes do rei. A Seleção de Portugal tinha um quarto zagueiro implacável, Vicente, que caçou Pelé em campo na Copa de 1966. Depois, despediu-se do futebol, acho que depois da uma contusão, e os amigos organizaram um grande jogo, convidando os principais atacantes que ele havia marcado. E a negativa do rei veio acompanhado de um palavrão.

Nem se fala do zagueiro Procópio, do Cruzeiro, que, durante um jogo em que caçou o rei pelo campo, mereceu uma manobra maliciosa que quebrou sua perna, inutilizando-a para o futebol.

Mas essas “humanices” eram apenas curiosidades para apimentar um pouco o perfil do deus Pelé, que se tornou protagonista de desumanices terríveis, quando negou-se a reconhecer e a conviver com uma filha fora do casamento. E, agora que a Internet mostra maciçamente a arte de todos os grandes jogadores, constatar que, mesmo com todas suas humanices, nunca houve jogador como Pelé.

Nem se diga da habilidade. Tenho para mim que, nesse quesito, Ronaldinho foi maior. Ronaldinho dominava todos os fundamentos do futebol, a conclusão, a armação, os passes, o chute de falta, a cabeçada.

Pelé dominava os fundamentos, mas tinha a estrela maior, a capacidade de crescer com os desafios, a supina inteligência que mostrou na Copa de 1970 quando, sem a exuberância física dos primeiros anos, conseguiu reescrever seu estilo, com jogadas que entraram para a história, não apenas os gols, como os passes (para o gol de Carlos ALberto contra a Itália, por exemplo) e os gols perdidos (o drible de corpo no goleiro do Uruguai, Mazurkievski e a tentativa de gol do meio campo).

Em matéria de candidato a Papa, a Argentina pode ser melhor. Mas, no futebol, nem o épico Maradona, nem o científico Messi, nem o furacão Kempes, somados, chegaram perto do Rei.

 

 

Luis Nassif

34 Comentários

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  1. Se a gente começar a descontar o valor de que um atleta fez em campo ou um artista, não vai sobrar quase ninguém. Assim que eu acabo de ler uma biografia não chapa branca de um atleta ou artista que gosto, dou graças aos deuses que não fui nem parente e nem vizinho dele. Hoje, quando alguém tenta me convencer que Messi é melhor que Pelé ( e aí usa gols feitos, títulos, ou seja, a aritmética ), eu rebato pelo lado da estética: digo que Messi ficará igual ao Rei se na próxima Copa, de 22, ele criar duas jogadas geniais como Pelé fez em 70: a da tentativa de gol antes do meio de campo e o do drible de corpo genial dado no goleiro uruguaio, na época um dos melhores do mundo. Nem precisa o argentino ganhar a Copa rs.

    1. Agora estou convencido que você não passa nem perto de Joel Briguilino.Ele é muito mais sabido que você,além de abrir uma filial sem a matriz saber,ela acha que nem Pelé mão de gengibre,(não abre as mãos nem pra dar adeus ou a Deus)Messi pirata(só tem uma perna), Cristiano boneca(joga 120 minutos e não assanha o cabelo),e Neymar cai cai(passa 80 minutos na horizontal e 10 na vertical),amarram a chuteira de Diego Armando Maradona.Nem disputando o campeonato de halterocopismo ganham dele.

  2. A filha nunca reconhecida morreu de câncer, sem ter recebido uma mísera visita do pai Pelé. Mas enfim, essas “mundanidades” acabam servindo para mostrar a todos que ele é mortal como nós. É como ler narrativas da vida do Frank Sinatra. É impossível não ficar desapontado com a interminável série de trapaças e canalhices do maior cantor do século XX.
    Deixa pra lá….É melhor apreciar as jogadas do Pelé e as músicas do Sinatra, que não são e não devem ser manchadas pelos erros cotidianos de dois homens comuns como todos nós.

    1. Agora estou convencido que você não passa nem perto de Joel Briguilino.Ele é muito mais sabido que você,além de abrir uma filial sem a matriz saber,ela acha que nem Pelé mão de gengibre,(não abre as mãos nem pra dar adeus ou a Deus)Messi pirata(só tem uma perna), Cristiano boneca(joga 120 minutos e não assanha o cabelo),e Neymar cai cai(passa 80 minutos na horizontal e 10 na vertical),amarram a chuteira de Diego Armando Maradona.Nem disputando o campeonato de halterocopismo ganham dele.

        1. “CADA UM TEM A SUA CRUZ”,Lucas 9 :23.
          Se tu já tem uma no nome,concomitantemente carregas duas cruzes e vem me perguntar qual é meu problema? Se você procurasse saber de Nassif,você pensaria 5 vezes antes de se meter a engraçadinho comigo.Ele iria lhe dizer que ninguém escapou da minha Hattori Hanzo.

    2. É por essas e outras que eu sou o bam bam bam daqui.Pelé é um ser humano desprezível,não vale coisa alguma.Bota a cara na janela companheiro.

    3. Pelé arrasou com esta história de chantagem e extorsão de sua Figura Pública, por uma pessoa mais interessada no patrimônio, fama e talão de cheques que na Figura Paterna, quando revelou ter a convivência e amizade de outra Filha, já há 1 década, reconhecida fora do casamento. Filha que não precisou nem exigir reconhecimento de DNA. Nem Pensões ou Pagamentos. A Elite Esquerdopata que nunca aceitou a Figura Magistral, Lendária e Vitoriosa de uma Cidadão Brasileiro de Origem Pobre e Negra, vencendo com seus próprios Méritos, Trabalho e Competência, sem se esconder atrás da Indústria da Vitimização, Racismo e Fatalismo. Então omite esta tal Filha (fisioterapeuta gaúcha, se não me engano) na tentativa de seu linchamento e justiciamentos ideológicos sabotando o Brasil Vencedor. VIDA LONGA AO REI !!!!!

      1. Hahaha.
        A extorsão invertida.
        Se me afagas levas o dinheiro, se exiges seu direito e não finges afetividade, tens a minhs repulsa.
        Ora bolas, ninguém é tão idiota(ou é?) de exigir relações de afeto onde são impossíveis.
        Sustento (alimento )é direito de quem pede e dever de quem paga, assim como a paternidade que não pode ser negociada.
        É lei!
        Agora legal esta postura elogiada do “REI” que chora pelas criancinhas abraçado a bola no milésimo gol e nega a sua própria.
        Repito: reconhecer paternidade e alimentar a prole é dever legal, e claro, questão de caráter.
        Gostar ou não da prole é outra coisa.
        Argh.

  3. Gosto e b…nda cada qual com a sua.
    Vamos aos fatos:
    Pelé jogou apenas uma copa, a de 70.
    58 só jogou uma partida inteira, a final.
    62, um jogo e meio.
    66, desastre.

    Sua trajetória interna é pontuada por adversários estaduais bem abaixo da crítica, com raras exceções.
    Não havia nenhuma competição nacional ou continental parecida com as de hoje, muito menos o escrutínio de mídia e audiência, sendo que seus feitos são mais afeitos à tradição oral e registros escassos.
    Ele soube sim inventar o (auto) marketing, e aproveitar a demanda por um heroi atleta negro para enfeitar o mito da democracia racial, no momento que futebol e política davam um salto na construção de um imaginário ufanista local, e na transformação do jogo em negócio global com a Fifa de Havelange.
    O time de 70 jogava e ganhava até com Jacozinho na meia.
    De fato, essa relação existia, mas até aquele momento ers mergulhada em amadorismo e regionalismos.

    Poucos atletas venceram copas com times medianos: Maradona em 86, Romário em 94 e Garrincha em 62.

    Não há, eu vos digo, não há como dizer a hegemonia de um jogador sem analisar seus dados, e mais, sendo o ludopédio esporte coletivo, sem analisar os dados do time.
    Os dados de Pelé não poderiam ser comparados com a enorme gama de parâmetros e ferramentas disponíveis nos dias atuais.

    Por curiosidade, vi, um dia desses, a final de 58 completa, em uma ótima reprodução com narração do speaker da Ràdio Nacional e outro trecho com voz do speaker sueco.
    Pelé fez belos gols, sem dúvida, mas o melhor em campo foi Zagallo.
    Na maior parte do tempo erra passes simples, prende a bola em demasia e quase nenhuma utilidade tática.

    Pelé fou uma peça de propaganda de algo que tinha qualidade, mas nem de longe justifica seu alcance.
    Nem vou falar de caráter, porque isso ele mostrou ter nenhum.

    1. Pelé jogou os jogos contra URSS, País de Gales, França e Suécia. Fundamental em todos eles – sendo que o mais dramático foi contra o País de Gales, uma retranca danada vencida por um gol dele. Em 62 e 66 ele teve problemas de contusão. Em 70 foi responsável por dois lances de uma beleza plástica que mesmo quem não gosta de futebol fica encantado: o chute antes do meio de campo e o drible de corpo no goleiro uruguaio na semifinal. Sim, pode-se argumentar sobre a fragilidade de boa parte dos times que ele enfrentou. Mas aí vem a pergunta: por que outro jogador brasileiro não conseguiu chegar nem perto em número de gols feitos jogando contra esses mesmos times? Lendo a sua descrição da final de 58, pode-se concluir que Pelé nesse jogo era um grosso com sorte.

      Certamente se Pelé tivesse agido fora de campo como Ali agiu fora do ringue, sua análise seria elogiosa ao atleta.

      1. Sobre lances geniais de Pelé (não-gols) tem um que eu reputo como a cabeçada mais espetacular, que resultou na talvez maior defesa, feita pelo goleiro Gordon Banks da Inglaterra na copa de 70.

      2. Boas observações. Pelé foi sim o maior do futebol e elevou o nivel desse esporte aqui e no mundo todo. Foi unico no que sabia fazer e poucos conseguiram chegar perto. Desmerecer isso em raźāo de posicionamento politico é injusto e hipocrita.

      3. Joel Briguilino eu já sei que o senhor não é,agora pela descrição dos jogos acima,leva-me a crer vosmecê já passou dos 80.Nesse caso,a bênção seu Joel.

      4. Joel, houve vários outros, uns menos talentosos, outros mais, como Rivaldo, ainda no Mogi, que fizeram o citado gol, e estavam até um pouco mais longe.
        Maradona tentou o mesmo no Maracanã em uma eliminatória e acho que chegou bem mais perto.
        O drible da vaca com meneio de corpo de Romário também em eliminatória e com gol(afinal o gol torna o feito ainda maior, não?) foi tão ou mais bonito.
        No meu texto não desconheço as qualidades do atleta, só não compartilho a idolatria( sim, acredito que idolatria requeira qualidades além esporte).
        Não acredito nesse transtorno dissociativo de personalidade (Fragmentado?) que separa atleta de sua humanidade, por que afinal, que catzo ser o melhor futebolista da história muda o curso da História se essa qualidade não servir a alguma causa justa, ao contrário do que fez?
        Então se Hitler, entre assar um judeu ali, e um cigano acolá, fosse um Beckenbauer, ou um Lothar Matheus tava tudo certo?
        Hum… Ouçamos o réquiem de Pelé.
        Sugiro A Cavalgada das Valquírias, daquele antissemita famoso (Wagner não?), pois afinal a arte e o esporte são “neutros” e o que vale é nosso gozo estético.
        Ok.

        1. Ô o Tal,você ia até bem,mas quando equivocadamente resolveu misturar Adolf Hitler com jogadores de futebol,mandou o tal para escanteio e passou a ser o talvez.

          1. Pois é se. Hitler tivesse prosperado na academia de belas artes de Viena, quem sabe ele fosse redimido e absolvido pela arte?
            Agora burrice, Dorival, não tem cura nem perdão, nem hipérbole que a descreva.

          2. Em tempo: assiste razão o Dorival. Pelé nunca seria um Hitler.
            Sua condição sabuja e subalterna o tornaria no máximo um daqueles judeus que ajudavam os alemães nos campos.

    2. Pelé jogou 4 partidas em 1958 – URSS, Gales (marcou 1 gol), França (3 gols), e Suécia (2 gols).
      A FIFA se transformou nesse monstro que é hoje a partir de 1974, quando João Havelange tomou posse. A Copa de 70 foi a última competição em que a Copa era o que até hoje devia ser, um torneio esportivo – depois virou um negócio milionário.
      Se o Brasil de 62 era um time mediano, o de 58 também o era; mudou apenas a zaga – Mauro e Zózimo no lugar de Bellini e Orlando – e Amarildo no de Pelé, machucado no segundo jogo. O jogador eleito o melhor da Copa de 58 foi Didi.
      Pelé é, sem dúvida, o maior exemplo dessa excrescência chamada “preto de alma branca”, cuja última aparição notória foi na boca do Barroso, ao fazer o elogio de Joaquim Barboza.
      Concordo, em geral, com as críticas que se fazem ao cidadão; mas o jogador é outra coisa totalmente diferente.

      1. Respondo a Nander…..o tal.24/10/2020,as 15:49 e 15:56 hs.

        Dorival Júnior é técnico de futebol macho,eu sou o outro.Voce é o TAL-Talvez Aprenda Logo meu nome.

    3. Quanta injustiça: Pelé ganhou paulista enfrentando Palmeiras de Ademir da Guia, e Corinthians de Rivelino. Ganhou Libertadores em cima de Penarol de Pedro Rocha e o Boca lá em La Bombonera. E Ganhou mundial em cima de Benfica de Eusébio e do Milan do Maldini pai. Não ganhou nacional? E as taças Brasil eliminando Botafogo de Garrincha, Flamengo de Gérson… Nossa, é muita vontade de aparecer, pois a regra é: quer chamar a atenção? Então critique alguém incriticável…

      1. Bem, eu ia retrucar para dizer que eu falei dos formatos e quantidade de jogos, que tornam as exaustivas e prolongadas competições de hoje bem mais difíceis e complexas.
        Mas ao ler o termo incriticável eu desisti.
        Não se argumenta com alguém que pensa existir algo imune a crítica.
        Socorro Descartes.

    4. Ótimo comentário dos ótimos Nender e Joel Lima (os leio com atenção sempre, mesmo muitas vezes discordando completamente). Não vi o Pelé jogar, apenas lembro de meu pai (corintiano) falando que ele era excepcional. Mas já que o tema é futebol, apenas a minha opinião: nunca houve um gol e talvez nunca mais haverá como o do Maradona em 1986 contra a Inglaterra. Imaginem vocês um país que foi humilhado em uma guerra estúpida, aí quatro anos depois vem um baixinho, rebelde, cara de índio, apenas com a perna esquerda (que metáfora linda), pega a bola antes do meio de campo e dribla uns cinco ou seis e só vai parar na cara do gol. Fuck you Thatcher. Cada vez que vejo no youtube dou esse grito. Um gol que transcende o futebol, muito além das quatro linhas deste esporte maravilhoso. Como físico, digo: se Pelé foi Newton, Maradona foi Feynman. E a Martha Madame Curie. Abraços a todos.

  4. Como jogador de futebol todos já falaram o que tinham que falar.Rei dos Reis,Deus dos Deuses,Santo dos Santos,Anjo dos Anjos e por aí vamos.
    Como ser humano Pelé é uma figura humana desprezível,reles,nunca ajudou quem quer que seja.Se ajudou,visava retorno,nunca bateu prego sem estopa.
    Falo através de pessoa que o conheceu de perto,e sabe e muito bem das traquinagens dele.
    Era metido com Alfredo Saad,um gângster travestido de empresário,coisas do Brasil.
    Vocês ficam com suas opiniões eu fico com minha.Alguma dúvida?

  5. nossa, nassif, o ronaldinho? aquele que estave “preso” no paraguai? bem, pelo menos voce voltou a escrever uma otima cronica (as duas anteriores estavam aquem de seu talento).
    mas, o ronaldinho? puxa, uma surpresa em um texto que concordo em tudo que foi escrito (nao lembrava que o grande (e hoje esquecido) mauro ramos de oliveira foi tecnico do santos).
    bem, paos e paes e uma questao de opiniaes.

  6. Concordo em gênero, número e grau quando o ilustre articulista diz que nem Maradona, Messi e Kempes somados chegariam perto de Pelé. Tive a felicidade de ver o Pelé jogar e tenho certeza de que vou morrer sem ver outro igual. Aproveito para fazer duas observações: a) na copa de 1966 quem o caçou foi o Morais,que completou o “serviço” serviço com uma tesoura voadora (mais pareceu uma tentativa de homicídio) que o deixou apenas fazendo número em campo; e b) muito embora tenha ficado cerca de 5 anos sem jogar em razão do lance com Pelé que resultou em sua grave contusão (Santos 2×0 Cruzeiro, pelo antiga Taça de Prata,, em 1968), o Procópio retornou aos gramados em 1973, ano que foi campeão mineiro pelo Cruzeiro. para encerrar a sua carreira como jogador em 1974. Vale lembrar que no lance com Pelé em que se contundiu, o árbitro marcou falta de Procópio.

    1. Acho admirável esse tipo de conhecimento enciclopédico sobre futebol. Lembra meu falecido pai, que sabia a escalação de times inteiros.
      Eu apenas assisto alguns jogos e mal acompanho os desastres do meu time: São Paulo.
      Nunca esqueci o gol único contra a Inglaterra, em 1970. Meu pai deu um grito e um pulo do sofá da sala lá de casa, caindo sentado na frente da televisão. Eu era bem menino ainda, mas lembro bem disso.

  7. ACREDITE QUEM QUISER! 1974 – URSS… PELÉ ME SALVOU! EU ESTAVA EM VILNIUS, EMPRESÁRIO DE DARCY VILLA VERDE – “O GÊNIO DO VIOLÃO”, RECITAIS VÁRIAS CIDADES. EM BAIRRO DISTANTE, EU E AMIGO ESPERANTISTA CONVERSAMOS LONGOS MINUTOS TOMANDO GOSTOSÍSSIMO VINHO COMUNISTA FEITO DE AMORA. SIM, FICAMOS LELÉ DA CUCA E, POR ISSO, MEU CORRESPONDENTE NÃO PODE ME ACOMPANHAR DE VOLTA HOTEL. FIQUEI BEBÃO! SALTEI DO ÔNIBUS ANTES DO FINAL DA LINHA. PERDIDO NUMA PRAÇA, SEM FALAR RUSSO, VÁRIOS TAXISTAS ME OLHARAM COM ESPANTO, MAS NÃO FALEI EM ESPERANTO. QUANDO PRONUNCIEI IÁ BRAZILIANSK (sou brasileiro) OS TAXISTAS ME COBRIRAM COM MUITOS BEIJOS GRITANDO PELÉ! PELÉ! PELÉ! me levaram hotel reservado estrangeiros. PELÉ ME
    SALVOU! OBRIGADÃO, PELÉ! OBRIGADÃO, MAJESTADE! Amarílio Carvalho – Barra do Garças – MT

  8. Sou o que os nazistas, fascistas e leitores do astrólogo terraplanista chamam de “esquerdopata”. Sou tão velho que vi Pelé, Garrincha, Zico, Romário, Maradona, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo fenômeno e Maradona jogarem. Bota todos num saco e não dá a unha do dedinho do pé esquerdo do Pelé. Sei de coisas terríveis sobre o Rei, que nem quero comentar, mas Pelé é o que é pela bola que jogou. Nenhum jogador na Terra chegou perto. Admiro também Albert Einstein pela simplicidade da sua fórmula E=mc*2 (energia igual ao quadrado do produto da massa pela velocidade da luz no vácuo). Einstein não foi marido nem pai exemplar. Mas deve ser lembrado pela genialidade e suas teorias sobre Física ainda não foram superadas cem anos depois e com ferramentas que nem os sábios da época sonhavam que existiriam. Quem deveria ter tido comportamento humano exemplar é o Presidente miliciano da República. Mas ele não tem. Dentro dos valore humanos que aprendi na minha família, ele é apenas um boquirroto ignorante.

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