Jornal GGN – O racismo estrutural está entre os fatores fundamentais que explicam a diferença salarial entre brancos e negros, sejam eles homens ou mulheres , e estudos sociológicos e econômicos tem deixado isso claro.
Cálculos divulgados pelo jornal Folha de São Paulo mostram que as mulheres brancas apresentavam uma vantagem salarial de 14% ante às negras com a mesma idade, escolaridade e estado de residência no Brasil: em 2019, esse percentual mostrava que as negras recebiam R$ 475 a menos por mês, o que representa um aumento ante o visto em 2012, quando a diferença era de 11,5% (ou R$ 364 mensais).
No caso dos homens, os brancos ganham 13% a mais do que os negros com educação e demografia semelhante – o que representava R$ 624 a menos em 2019, percentual que oscilou pouco em sete anos.
Estudos econômicos começaram a oferecer evidências de que a discriminação está na base dos processos que afetam negros e pardos em diversos aspectos da vida – e embora a discriminação seja um fator custoso, o empregador preconceituoso se dá ao luxo de discriminar mais em cenários de menor competição. Quando a pressão por corte de custos aumenta, a chance de sobrevivência de quem discrimina diminui.
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