O salário mínimo brasileiro tem que atender aos critérios prescritos na CF/88:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV- salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”
Se levarmos em conta o critério constitucional, o salário mínimo brasileiro é uma vergonha nacional.
O Brasil não existe isolado. Nosso país está em constante relação com outros países. Uma comparação é, portanto, inevitável.
Fonte: http://www.e-konomista.pt/artigo/salario-minimo-mais-alto-da-europa/
Dilma Rousseff elevou o salário mínimo brasileiro a R$ 880,00 em janeiro de 2016. Este valor equivale a apenas 200,45 euros. Nosso salário mínimo é, portanto, menos que a metade do salário mínimo nos países mais pobres da Europa em janeiro de 2015.
Dos países acima relacionados acima, apenas os PIBs de Alemanha, Reino Unido e França foram maiores que o PIB do Brasil em 2014. Uma modesta queda do PIB brasileiro em 2015 não justifica de maneira alguma a adoção de um salário mínimo irrisório.
Os meios de comunicação, contudo. estão fazendo uma gritaria danada por causa do novo salário mínimo brasileiro. O que os jornalistas querem: matar os brasileiros de fome? Obrigar Dilma Rousseff a reduzir o salário mínimo a um nível indigente?
No Brasil o salário médio de um jornalista no auge da carreira varia entre 15 mil e 20 mil reais http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/guia-de-profissoes/jornalismo/4ee205c551881c5a34000025.html. Os telejornalistas ganham muito mais do que isto. Ancoras de redes de TV ganham mensalmente centenas de milhares de reais, os mais bem remunerados ganham milhões de reais por mês http://gps.pezquiza.com/tv/os-10-melhores-salarios-de-apresentadores-da-tv-brasileira/.
Se os jornalistas estão realmente preocupados com o impacto dos salários na economia do Brasil eles podem reduzir seus próprios salários. Os pró-labores dos donos de empresas de comunicação também deveriam ser voluntariamente reduzidos. Quando os formadores de opinião ganharem 2/10 do que ganham hoje eles terão legitimidade para discutir o valor do salário mínimo. Antes disto, o que quer que eles digam é irrelevante.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.