Os reflexos da mudança climática no Brasil

Os efeitos da mudança climática global vão alterar a temperatura, a biodiversidade e a atividade agrícola no País. Essa é uma das conclusões apontadas no estudo “Economia das Mudanças Climáticas”.

De acordo com o estudo, previsões recentes sugerem um aquecimento médio de 0,2°C por década até o final do século XXI, causadas pelo aumento da emissão de gases formadores do efeito estufa, seja por meio de queima de florestas ou pelo uso intenso de combustíveis fósseis. Nesse contexto, os impactos das mudanças climáticas serão mais fortes na Europa, África e sudeste asiático.

Para o Brasil, estima-se que os efeitos das mudanças climáticas sejam menos intensos. Na região Norte, poderá ocorrer grande perda de biodiversidade com o desaparecimento de espécies ainda não catalogadas ou estudadas, “cujos benefícios potenciais à sociedade humana ainda não foram estimados”. No Nordeste, as áreas semi-áridas e áridas devem sofrer restrição dos recursos hídricos, e parte da vegetação semi-árida provavelmente será substituída por uma árida.

Os efeitos na região Sudeste, a mais desenvolvida do País, referem-se às precipitações, o que pode provocar aumento na freqüência e intensidade das inundações. A agricultura deverá ser uma das atividades mais afetadas e culturas como o café podem ficar inviabilizadas. O estudo também prevê impactos sobre a saúde da população, com incidência maior de doenças.

Na região Centro-Oeste, a agricultura será a mais prejudicada, com de perdas de áreas disponíveis. Aumento da incidência de casos de malária também é considerado. E na região Sul, o estudo estima alteração de posição da faixa costeira, com inundações e erosões freqüentes em toda a região litorânea.

Os autores salientam que, devido ao estágio de desenvolvimento intermediário em que o Brasil se encontra – considerando os índices de pobreza e desigualdade social – o país “é potencialmente vulnerável às mudanças climáticas”.

Veja íntegra do estudo

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