“As faculdades de Arquitetura ensinam aos estudantes uma gama de opiniões, técnicas de projeto e fundamentos da filosofia da habitação humana. Muito desse conteúdo não costuma fazer sentido para pessoas comuns, mas essa tem sido a maneira que a cultura arquitetônica tem operado por décadas, e tem prosperado. Uma crença principal, todavia, é clara e sem nenhuma ambiguidade: Le Corbusier foi um grande gênio que ajudou na fundação da arquitetura e urbanismo que quase todos praticam hoje. Criticar suas obras ou sua pessoa equivale a ser um apóstata religioso. Na academia, mais do que na prática da profissão, qualquer um que ouse criticar “Corbu” arrisca ter o fim repentino de sua carreira.
Pelo menos uma (geralmente mais) hagiografia densa[1] e bem escrita por um respeitado crítico de arquitetura aparece todos os anos. Le Corbusier supostamente salvou a humanidade de seus retrógrados e teimosos hábitos de construir moradias. Assim como outros profetas antes dele, ele revelou leis imutáveis para as massas ignorantes, como a nostálgica bobagem de enfeitar suas casas, e a futilidade de desejar criarem seus filhos em jardins e espaços amigáveis.
Dr. Millais, por outro lado, fornece uma opinião contrária: “A verdade é que ele [Le Corbusier] foi uma vergonha, uma fraude, um charlatão cujo único dom era o da autopromoção”.
Millais usa fatos e argumentos concisos para mostrar que Le Corbusier era um ignorante sobre tectônica, já que seus edifícios canônicos vêm desmoronando desde o dia de sua conclusão. Millais coleta exaustivamente resultados de muitos outros pesquisadores; sendo alguns dados biográficos cruciais descobertos em 2015, quando Le Corbusier fora exposto como um colaborador antissemita e nazifascista.”
O arigo é assinado por Nikos Salingaros.
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