Para ajudar concessionárias, Bolsonaro pode aumentar pedágios em até 58%

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Na média, com o reajuste no pedágio de 7 rodovias, o governo quer aumentar 25% da receita das concessionárias

Jornal GGN – O governo Bolsonaro quer ajudar os empresários de concessionárias de rodovias que reclamam que, devido à crise econômica, não conseguiram honrar com a cláusula do contrato que previa investimentos vultosos em melhorias nas estradas. Para isso, pedágios de sete rodovias serão reajustados em índices que podem variar de 25% até 58%, como é o caso da Fernão Dias.

Ligando São Paulo a Belo Horizonte, a Fernão Dias tem pedágio atualmente de R$ 2,40. Pelos cálculos do governo, com a majoração, pode chegar a R$ 3,80, e render à concessionária o lucro necessário para que ela possa “fazer frente” investimentos que somam R$ 1,2 bilhão.

O Ministério de Infraestrutura do governo Bolsonaro quer viabilizar o aumento de 25% da receita com pedágios, somando os reajustes de sete rodovias.

Na Régis Bittencourt, que liga a capital paulista ao Sul, por exemplo, o maior reajuste estudado seria de 25%, com tarifa saltando de R$ 3 para R$ 4,20. Renderia à concessionária o suficiente para ela honrar a exigência de investir pelo menos R$ 1,1 bilhão.

No total, as concessionárias alegam que não conseguem investir R$ 7 bilhões em obras de melhoria previstas nos contratos feitos durante a gestão Lula.

“A Arteris, que tem como sócias a espanhola Arbetis e a canadense Brookfield, precisa honrar com R$ 4,6 bilhões para cumprir exigências como duplicações, faixas adicionais, sistemas de controle e monitoramento em cinco vias. Outras duas empresas, Acciona e Triunfo, teriam de arcar com mais R$ 2,4 bilhões para melhorias em duas estradas”, afirmou a Folha de S. Paulo desta terça (12).

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Os empresários de concessionárias vão fazer investimentos vultosos na melhoria das estradas mas quem vai financiar os investimentos são os motoristas. A casa dos motoristas, a educação, saúde, alimentação e lazer dos seus filhos e a própria vão piorar.

    Lucro acima de tudo, lama acima de todos!

  2. NÃO NOS FALTAM NEM AS PENAS…
    Se as Concessionárias precisam do Nosso dinheiro para investimentos, para que precisamos das Concessionárias? Estamos vendendo nossa Liberdade nosso Território. Nossa Vidas administradas pelo Lucro de Empresas MultiNacionais Estrangeiras !!!! Para que nossa Elites Públicas Esquerdopatas precisam de Tecnologia, Investimentos, Desenvolvimento, Indústrias Brasileiras? Venda o Patrimônio Brasileiro, no caso Estradas, e depois se instale em indicações de Cargos nos Conselhos destas Empresas Privatizadas ou Agências Reguladoras. Emprego e Futuro garantidos. E o Brasil? Ora, o Brasil que se f….

      1. Caro MVMP, se o sr. não percebeu, o Presidente Atual não privatizou estrada alguma. Elas foram privatizadas há mais de 20 anos e seus contratos renovados nos governos tucanos e petistas. Quem vendeu a sua alma ao lucro foram os tais Governos Progressistas. Seja fanático, mas não ignorante. Não ignore a realidade. abs. (P.S. A continuidade desta forma de escravidão da nossa liberdade é uma nódoa, inclusive para este Governo, se não terminar com este crime. Concessionária de Rodovia em situação financeira ruim e dando 30 milhões do ‘caixinha’ ao Governador? Somos assim tão estúpidos?)

  3. As concessionárias amargam prejuízos mas não se acham parte da causa.
    Do mesmo modo que muita gente bateu panela cuspindo no carro com IPI reduzido.
    Ao entrar nessa, pensaram no lucro. Deveriam honrar o compromisso e assumir o prejuízo.
    O capitalismo não é isso? Não é desse jeito que se quer?
    De empresário fracassado e com baixo nível ético também se constituiu o golpe…

  4. As concessionárias de pedágio não tem capital pra aguentar a crise passar ? Isso é inacreditável. Na minha opinião é ajuda zero pra eles

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