Jornal GGN – Embora não veja direita ou esquerda na recente paralisação de policiais militares, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), criticou a ligação entre polícia e política e enxerga a paralisação “muito mais política do que salarial”. O motim dos policiais foi encerrado com o registro de, pelo menos, 170 assassinatos em um período de 12 dias.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Santana defendeu ainda que o Congresso Nacional debata uma proposta semelhante à aprovada pelo Executivo estadual, que aprovou nesta terça-feira (03/03) a proibição de anistia aos PMs amotinados – lembrando que a paralisação de policiais militares é proibida pela Constituição Federal.
“No passado sempre se deu anistia. A polícia jamais pode deixar a população e o governador reféns. E o que vem depois? Os governos anistiam. Eles voltam a fazer porque acham que não vai dar em nada”, afirmou.
Outro ponto defendido por Santana na entrevista considera que policiais passem um período de quarentena antes de disputar eleições, e que eles deixem a função assim como ocorre com os juízes. O governador ressaltou que a formação policial no estado será revista, e a extinção do 18º Batalhão da PM não está descartada – o quartel foi a base dos policiais amotinados tanto agora como em dezembro de 2011.
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