Para Guedes, salário mínimo maior representa mais desemprego

Ministro diz que regra pode levar piso para R$ 1.039 em 2020, mas que o melhor seria a redução de encargos

O ministro da Economia, Paulo Guedes anuncia medidas para reduzir burocracia, custos e tempo em processos de marcas e patentes.

Jornal GGN – Um reajuste do salário mínimo acima da taxa de inflação pode gerar desemprego em massa, na visão do ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes.

“Quando perguntam se tenho uma política salarial, eu falo assim: O que você quer? Que eu anuncie o salário mínimo para três, quatro anos à frente, dizendo que vai aumentar bastante em termos reais? Se eu fizer isso hoje, eu posso estar estimulando desemprego em massa”, disse em entrevista à imprensa, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.

O Congresso Nacional aprovou nesta semana o Orçamento para o ano que vem com uma previsão de que o piso salarial do país vai subir de R$ 998 para R$ 1.031 a partir de janeiro. Segundo Guedes, como a inflação foi um pouco mais alta em novembro, o número deverá ser recalculado e o patamar poderá chegar a R$ 1.039.

Embora tenha indicado que o governo vai respeitar a exigência da Constituição e dará apenas a correção da inflação como reajuste, o ministro disse que vai definir o reajuste para o ano que vem até o dia 31 de dezembro.

Além disso, Guedes acredita que uma redução dos custos de encargos incidentes para o trabalhador seria uma alternativa mais adequada, por acreditar que tal medida permitiria um aumento dos salários e das contratações. Tal ideia é debatida pela equipe econômica no âmbito da reforma tributária, mas o ministério ainda estuda como compensar a perda de receita gerada pelo descarte de um encargo sobre os pagamentos.

Redação

16 Comentários

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  1. O que já está provocando desemprego e vai piorar é a redução da renda agregada que diminui a demanda á produção agregada, provocando uma espiral recessiva.
    É de assustar que esse senhor desconheça uma premissa tão elementar em economia.

  2. Conversa mole. O desemprego é consequência dos baixos rendimentos da maioria absoluta do povo, aliados à penúria de direitos trabalhistas que gerem segurança para o consumo. Em consequência, a produção é baixa, o comércio idem, os serviços também. Logo, não há empregos. Do lado do Estado, se a economia não anda, a arrecadação de impostos diminui. E os rentistas só pensam e apertar mais o andar de baixo. O caminho é o precipício, se o povão não acordar e reagir. Logo.

  3. Revogaram na surdina a lei da oferta e da procura, segundo a qual quanto maior o nível de emprego, tanto maior será o salário. Foi decretada uma nova lei econômica a qual estabelece justamente o contrário: quanto menos desvalorizado for o preço do trabalho, isto é, quanto mais elevado for o salário, tanto menor será o nível de emprego.

    Se essa lei não for letra morta, é preciso forçar as pessoas a trabalharem de graça a fim de reduzir o desemprego para um patamar menos inaceitável num país com tantos recursos.

  4. De acordo com a lei da oferta e da procura, quanto mais elevado o nível de desemprego, tanto menor o preço do salário.
    Essa lei foi revogada e substituída por uma lei que dispõe justamente o contrário, ou seja, quanto mais elevado o salário, tanto menor será o nível de emprego?

  5. Esses economistas são uma piada pronta.
    Desemprego é bom, para os outros.
    Salário menor é bom, para os outros.
    E o salário, ooohhh!!!
    Como diria o Professor Raimundo.

  6. “Quando perguntam se tenho uma política salarial, eu falo assim: O que você quer? Que eu anuncie o salário mínimo para três, quatro anos à frente, dizendo que vai aumentar bastante em termos reais? Se eu fizer isso hoje, eu posso estar estimulando desemprego em massa”,

    Entre a fala do ministro e a manchete existe um abismo , ainda que discorde da fala dele , creio que se possa ter uma política de crescimento do SM tendo uma regra clara de reajusres.

  7. Estou tentando entrar em modo “f_da-se!” para conseguir levar minha vida em frente. Vou tratar de salvar minha pele e ajudar as pessoas da família e amigos a salvarem as próprias. Não dá pra ter mais ilusões. Vivemos num lugar (isto não pode ser chamado de “país”) em que o arremedo de povo escolheu colocar no poder gente que, além das folhas capivaras, age contra o país e contra o próprio povo. Porque não se trata considerar apenas o resultado da eleição presidencial, mas também os resultados das eleições para o congresso, para os governos estaduais e assembleias legislativas. Chega de alimentar ilusões. Além do povo, ainda temos uma considerável parcela do campo democrático e nacionalista sonhando com a ideia de que através de eleições se mudará e até se reverterá o quadro. Mera procrastinação (escrevi certo?) das atitudes que precisam colocadas em prática.

  8. Esta correto. Aumentar o salário minimo acima da inflação so vai o desemprego e a desigualdade. Séria preferível mudar essa politica de um salario minimo mensal para uma salario minimo por hora de trabalho e torna as contratações mais flexíveis e simples sem essa burocracia enorme existente hoje.

    1. Sr. Marcos, essa lei atua nos dois sentidos ou é uma lei de mão única?

      Se tal lei economica atuar nos dois sentidos, então, ao reduzir os salários, o nível de emprego se eleva. O problema é que os fatos vão no sentido contrário às teorias dos idiotas: quanto maior o número de desempregados, tanto mais reduzidos os salarios. Quando o Lula era presidente, não só o nível de emprego mas também os salários eram mais elevados.

    2. Nos mandatos do Lula o nível de emprego era tão elevado quanto o salário. Se o Guedes estivesse correto, o nível de emprego deveria estar mais elevado, e não mais reduzido, já que o salário foi arrochado.
      Economistas tabajaras

  9. Se levado às suas últimas consequências, o argumento do Paulo Guedes conduz à conclusão segundo a qual quanto menor o poder aquisitivo do trabalhador, maior o número de empregados. Pois bem. Ontem um bolinho que era vendido a um real subiu de preço, passando para R$ 1,50.

    Antes, quando o nível de emprego era bem mais elevado, os salários também eram mais elevados. Não foi à toa que o Arminio Fraga, que seria Ministro da Fazenda em caso de vitória do Aécio Neves em 2014, prometeu arrochar salários:

    “O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho.”

  10. Quanto maior o número de desempregados, maior a oferta de mão de obra. Mantendo-se inalterada a procura, quanto maior a oferta de de mão de obra, tanto mais elevada será a concorrência entre os trabalhadores. Quanto maior a concorrência entre os trabalhadores, tanto mais reduzidos os salários. Os trabalhadores desempregados estão dispostos a fazer o trabalho dos operários empregados por um salário menor e em piores condições (de trabalho). O patrão aproveita essa situação para arrochar ainda mais os salários e para piorar ainda mais as condições de trabalho, minimizando, assim, seus custos e maximizando seus lucros.

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