Para OMS surto de febre amarela pode aumentar no Brasil

Organização recomenda aumento da imunização; surto começou a ser identificado com aumento da morte de macacos  
 
Foto: Agência Brasil
 
Foto agencia brasil
 
Jornal GGN – Avança o surto de febre amarela no Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ela irá se intensificar. O estado de São Paulo foi incluído entre as áreas de risco pelo órgão da ONU que recomendou que todos os viajantes estrangeiros se previnam com vacinação antes de viajar para regiões costeiras do país.
 
A preocupação se tornou mais intensa após a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil identificou o aumento de número de macacos mortos na região de São Paulo, tido como um termômetro para identificar o aumento do risco de contaminação. A febre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, bastante semelhantes ao pernilongo, que se alimenta do sangue de macacos e humanos. Em resposta ao jornal BBC, a Opos reformou, ainda, que a imunização é a medida mais importante a ser tomada no momento. 
 
Atualmente os estados com recomendação permanente de vacinação contra a febre amarela por parte do Ministério da Saúde são todos da região Sul, Sudeste, além dos estados da Bahia, Piaui e o Espírito Santo, incluído em 2017, quando correu o último surto da doença. Acompanhe a matéria a seguir: 
 
OMS vê risco de intensificação do surto de febre amarela
 
Marina Wentzel
De Basiléia (Suíça) para a BBC Brasil
 
A Organização Mundial de Saúde passou a considerar o estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela e recomendou a vacinação para todos os viajantes internacionais que passarem pelo estado, inclusive regiões costeiras e metropolitana.
 
A representação da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil afirmou à BBC Brasil que a OMS tomou essa decisão por conta da gravidade da doença e do aumento na ocorrência de casos. A Opas vê as epizootias (mortes de macacos) na região de São Paulo como um sinal de intensificação de risco e por esse motivo emitiu o alerta.
 
A organização também considera estender o alerta a outras regiões do Brasil, se novos casos aparecerem, e está monitorando a situação com interesse.
 
“A determinação de novas áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela e com recomendação de vacina é um processo contínuo”, afirmou em comunicado. A última mudança no status do Brasil foi registrada em abril de 2017.
 
A recomendação de vacinação já é válida para viajantes internacionais que visitem estados das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, Minas Gerais e Maranhão, além de partes dos estados da região Sul, Bahia e Piauí.
 
“A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) avalia que a medida mais importante para prevenir a febre amarela é a imunização. Quem vive ou se desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger de picadas de mosquitos”, recomenda.
 
Ministério da Saúde
Consultado pela BBC Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que “mantém a estratégia definida pelo estado de São Paulo para vacinação da população contra a febre amarela”. Segundo a pasta, as áreas de vacinação foram determinadas “de acordo o acompanhamento da circulação do vírus, baseada no mapeamento epidemiológico das regiões. A vacinação está sendo intensificada nas áreas com risco de infecção pela doença.”
 
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) ampliou, nesta terça-feira (16), a orientação aos viajantes internacionais que vêm ao estado de São Paulo. Como não há possibilidade de prever os deslocamentos internos desses viajantes, trata-se de uma medida ampliada de cautela”, diz a nota.
 
“O Ministério da Saúde reforça que as áreas determinadas para vacinação no país permanecem as mesmas e que as medidas de prevenção, como intensificação da vacinação e fracionamento de doses, também continuarão sendo realizadas e atualizadas conforme as necessidades.”
 
Atualmente, toda a região Sul e quase todo o Sudeste têm recomendação permanente de vacinação por parte do Ministério, além de partes dos Estados da Bahia e do Piauí. Desde o último surto, em 2017, o Espírito Santo tornou-se área de recomendação temporária.
 
Atualmente, a vacinação para febre amarela é recomendada e oferecida em 21 Estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
 
O país recomenda, mas não exige a vacina para viajantes estrangeiros. A OMS também diz que a vacina é uma recomendação.
 
Risco endêmico
O vírus da febre amarela é considerado endêmico em áreas tropicais do continente africano e nas Américas Central e do Sul. A OMS recomenda que seja tomada uma dose padrão da vacina, o que é suficiente para garantir imunidade e proteção para toda a vida.
 
O Brasil terá, entre fevereiro e março, uma campanha de vacinação, porém com doses fracionadas. O objetivo do fracionamento é conseguir atender a um número maior de pessoas.
 
O efeito da dose menor, entretanto, é mais efêmero e tem um período de eficácia variável. Ainda faltam estudos que possam precisar em definitivo o tempo da proteção garantida, se cinco, oito, dez ou mais anos. De acordo com o Instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que produz a vacina no Brasil, a dose fracionada pode proteger as pessoas por até oito anos.
 
A vacina de dose padrão confere imunidade eficaz dentro de 30 dias para 99% das pessoas imunizadas.
 
“Não sabemos a extensão do que vai acontecer com a febre amarela neste ano e, por precaução, estamos regulando nosso estoque para eventual necessidade. Se surgirem outros focos em outros Estados, teremos condições de cobrir”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros a jornalistas na semana passada. Continue lendo…
Redação

9 Comentários

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  1. Destruidor…

    Fonte: https://www.conversaafiada.com.br/brasil/oms-febre-amarela-faz-de-sao-paulo-area-de-risco

    Um estudo da estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP/FGV) aponta a ligação entre o Golpe dos canalhascanalhas e canalhas, o corte de recursos para políticas públicas e o crescimento da epidemia.

    Entre dezembro de 2016 e agosto de 2017, segundo dados do próprio Ministério da Saúde, o país teve 777 casos confirmados de febre amarela.

    E 261 pessoas morreram em decorrência da doença.

    Mesmo assim, o governo (sic) Temer declarou, em setembro, o fim do surto de febre amarela.

    Os recursos federais para vigilância epidemiológica, no primeiro trimestre de 2017, foram de R$ 436,2 milhões, contra R$ 530,88 milhões no mesmo período de 2016.

    O valor também foi repassado com atraso. Em janeiro, mês crucial para conter o surto, o gasto com vigilância epidemiológica foi de apenas R$ 3 milhões. Em 2016 foi de R$ 74 milhões e, em 2015, R$ 181 milhões.

    É uma queda de mais de 98% em dois anos!

    O relatório da Fundação Getúlio Vargas está disponível no endereço dapp.fgv.br/wp-content/uploads/2017/10/febre-amarela_fgv_dapp003.pdf.

    Se depender da competência do governo do MT e do ministro Ricardo Barros (aquele que tem o sonho de desmontar o SUS), talvez seja melhor chamar logo o Dr. Oswaldo Cruz.

     

    Em tempo: faz um ano, UM ANO!, que a imprensa, mesmo aquela a soldo, coloca a possibilidade da tragédia de Mariana (MG) trazer uma outra realidade, ter produzido situação propícia para o desenvolvimento de áreas com febre amarela… 

  2. Circula no Whatsapp o áudio
    Circula no Whatsapp o áudio de uma enfermeira do HC. Ela diz que 3 pessoas já morreram de febre amarela com danos irreparáveis no fígado. Ela também diz que os médicos não sabem o que fazer além de medicar os sintomas. O áudio é verídico ou fake news?

  3. para….

    FEBRE AMARELA chegou à cidade de São Paulo galopando pelo Sistema Cantareira. O mesmo que foi negligenciadao e abandonado por 1/4 de século pelo Tucanistão. Será que a SECA absurda e o esgotamento dos reservatórios e uso indiscriminado e exagerado destas águas não proporcionaram um desiquilibrio ecológico? Será que estas populações de macacaos existentes na Serra da Cantereira não sofreram uma pressão e estresse que minaram sua resistência? Será que não proporcionou um aumento da população de mosquitos e aumento dos surtos e mortes por febre amarela, entre os animais? Anos de neglligência e diminuição das Patrulhas da SUCEN. Onde está o IBAMA, a se pronunciar? E Ongs de Defesa do Meio Ambiente? Ou colocarão a culpa novamente em São Pedro?

  4. Samarco
    Os jumentos diziam q o rio doce está longe e o desastre da Samarco não atingiria são Paulo.
    Olha aí.
    A febre amarela é a primeira.
    Vem mais aí

  5. Bh

    Aqui em BH o músico Flávio Henrique está internado desde sexta-feira com febre amarela. O estado dele é gravíssimo. Ele é presidente da Rede Minas de televisão e Rádio Inconfidência.

  6. Samarco
    Os jumentos diziam q o rio doce está longe e o desastre da Samarco não atingiria são Paulo.
    Olha aí.
    A febre amarela é a primeira.
    Vem mais aí

  7. Governo paulista amarelou.

    Tente entrar no site da Secretaria Estadual da Saúde e procurar informações sobre a febre amarela e os locais no estado em que ocorrem os focos. 

    Se conseguir algo, fico devendo um picolé de coco. 

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