Parecer do MPF permite julgamento da parcialidade de Moro

Infelizmente a probabilidade de ser a 1ª é superior a 90%

Caro Renato Lazzari,

Tive paciência de ler o parecer, cuja formatação em letras miúdas e alinhamento à direita têm o claro propósito de desanimar os leitores não iniciados e os que não têm paciência de encarar textos jurídicos. A repetição das desculpas esfarrapadas de sérgio moro para justificar os abusos, arbitrariedades, ilegalidades e crimes que cometeu e vem cometendo, feita pela subprocuradora ao longo da peça, somada à citação de jurisprudência desfavorável a reclamações e recursos impetrados pela defesa do Ex-Presidente Lula junto ao juízo da 13ª VJF de curitiba, ao TRF4, ao próprio STJ e ao STF, mostra que Áurea Lustosa teme linchamentos e retalições que possam lhe ser dirigidas por colegas do MPF e pelo tribunal midiático, o terror dos ‘operadores do Direito’.

A impresão que tive é de que tudo não passa de um jogo de cena, para vender a falsa impressão de que o MPF – como instituição – está atento e preocupado com a correta aplicação da Lei e age como fiscal para garantir isso, como estabelecido no Art. 127 da CF/1988. Mas os que acompanhamos a atuação político-partidária, persecutória em relação ao PT e à Esquerda,  cheia de abusos, ilegalidades e crimes cometidos por TODO o séquito de lavajateiros (sejam eles policiais federais, procuradores do MPF ou juízes) sabemos que a atuação de farsa-tarefa da Fraude a Jato ao longo desses trê anos e meio é identica à de uma ORCRIM institucional. As provas dos crimes cometidos pelos lavajateiros são muitas e começam a ser explicitadas, não só em gravações comprovando crimes e negociatas como em documentos fraudados e falsificados.

Com o fim do mandato de Rodrigo Janot o MPF parece querer se livrar do lixo, do entulho e do esgoto acumulados nas duas gestões dele. Fica claro que a peça/parecer já estava pronta há mais de um mês, aguardando apenas a saída de Janot, para que fosse publicada. Como o STJ não resiste ao tribunal midiático e vários de seus ministros foram colocados na berlinda (Napoleão Nunes Maia e Marcelo Navarro são dois dos que tiveram a atuação e reputação achincalhadas pelo tribunal midiático, que lhes coloca uma espada de Dâmocles no pescoço), é quase certo que o parecer assinado pela subprocuradora Áurea Lustosa seja solenemente ignorado e negado o Agravo que nele se pede, para que esse tribunal superior aprecie as provas apresentadas pela defesa do Ex-Presidente Lula, mostrando que sérgio moro é suspeito e parcial, além de incompetente (do ponto de vista jurisdicional) para julgar quaisquer ações penais em que o Presidente Lula seja acusado/réu. As provas apresentadas pela defesa são muitas, cabais, irrefutáveis, públicas; se no Brasil vigorasse o Estado de Direito Democrático sérgio moro já teria sido não só considerado suspeito para julgar o Ex-Presidente Lula como teria sido afastado das fiunções de juiz, estaria sob investigação, seria processado e subetido a julgamento criminal. Mas nesse Estado Fascista de Exceção, ou melhor, nessa ditadura midiático-policial-judicial que impera no Brasil pós-golpe apenas as aparências, a fachada de legalidade e institucionalidade democrática, são mantidas.

Jogo de cena também faz o STF, ao fingir que acolhe denúncias contra Michel Temer e a quadrilha que o apóia e acompanha. O STF passsou abola para Câmara Federal porque tem a certeza de que qualquer denúncia contra as quadrilhas políticas que o sistema judiciário ajudou a colocar no Palácio do Planalto será rejeitada pelos deputados comprados apeso de ouro. Quem viu as lambanças e cagadas cometidas pelo núcleo lavajateiro brasiliense, sobretudo pelo ex-PGR, Rodrigo Janot,  e seus auxiliares diretos (como Marcelo Miller) percebe claramente que as ilegalidades e crimes cometidos foram intencionais, para que a defesa de ‘MT’ e demais quadrilheiros tivesse argumentos jurídicos para pedir anulação das denúncias e processos. Num jogo combinado, o STF preservou Janot da humilhação pública e do patíbulo, jogando a responsabilidade por não investigar ‘MT’ e quadrilha num dos poderes políticos, por sinal o mais desacrditado de todos, que é o Legislativo. Com essas manobras e jogos de cena, o ‘sistema judiciário’, que juntamente com o tribunal midiático encabeça a ditadura vigente no Brasil, se preserva, jogando o ônus para os poderes políticos (Executivo e Legislativo).

Quanto a esse general falastrão, uma espécie de porta-voz da caserna, esteja certo de que qualquer manobra golpista por parte dos militares será para reprimir a Esquerda Democrática, já que os militares de alto coturno nada mais são do que cachorrinhos sabujos dos EUA. Ontem, em NY, o chefe da quadrilha política no Planalto, ‘MT’, entregou a soberania nuclear e ficou de quatro para Donald Trump. Mas com isso esses generais falastrões não se importam. Ou seja: as FFAA brasileiras são valentes apenas para reprimir movimentos sociais, políticos e reivindicatórios das massas tabalhdoras e excluídas; com a soberania, com o projeto de desenvolvimeto social e inclusiovo e com os interesses nacionais estratégicos elas não têm qualquer compromisso. As FFAA são o braço armado do Estado opressor-represor-persecutor, de modo a garantir o statu quo, em que as oligarquias escravocratas, plutocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas sempre estiveram no poder de fato e assim conntinuem.