Partido Novo é aprovado pelo TSE e se posiciona à direita da direita

Da Carta Maior

TSE aprova criação do legítimo ‘partido coxinha’ do país
 
Sintoma desses tempos de avanço conservador, o NOVO se posiciona à direita da direita e tem Rodrigo Constantino como intelectual orgânico
 
Najla Passos
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça (15) a criação do Partido Novo, o 33º do país, que será representado pelo número 30. Embora se apresente como o partido capaz de fazer política de uma forma vanguardista, o NOVO é a verdadeira síntese destes tempos sombrios de avanço conservador e despolitização levada ao extremo. 
 
Seus ‘valores’ parecem não fazer muito sentido, mas dialogam com o sentimento difuso dos revoltados on e off-line que andam a protestar pelas ruas: não aceita dialogar com a política partidária tradicional, mas se registra conforme as regras traçadas pelos demais e aspira jogar o mesmo jogo; não aceita classificações ideológicas clássicas, mas se posiciona claramente à direita da direita.   
Por isso, conquistou uma grande e rápida capilaridade. Em menos de um ano, reuniu quase 500 mil certidões reconhecidas em cartório de eleitores dispostos a se filiarem na nova sigla, número suficiente para atender as exigências da legislação eleitoral. Conseguiu formar diretórios em nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso, Roraima, Ceará e Rio Grande do Sul. 
 
Seus membros não são pessoas ligadas à política partidária tradicional que se orgulham de dizer que são pessoas do mercado. Dentre os 181 membros fundadores, a maioria é de administradores, engenheiros, estudantes , advogados, médicos, economistas, empresários e arquitetos, nesta ordem. Atendem ao típico perfil coxinha: nível superior, renda superior e pouco entendimento do que é a vida para quem pega ônibus para chegar às periferias. 
 
O presidente é João Dionisio Amoêdo, 52 anos, engenheiro civil pela UFRJ e administrador de empresas pela PUC-RJ. Trabalhou no Citibank, BBA Creditanstalt, Finaustria e Unibanco. O vice é Fábio Luis Ribeiro, 38 anos, administrador de empresas pela FAAP e mestre em Economia pela Università Bocconi em Milão. Trabalhou na TAM, no iG e no Credit Agricole e foi empreendedor do setor aeronáutico. Hoje é gestor do fundo de investimentos Neptuno. 
 
Como todo partido que se preza, o NOVO também já cuidou de conquistar o seu intelectual orgânico: Rodrigo Constantino, o colunista da revista Veja que, em artigo saudando o partido, publicado no site da revista nesta quarta (16), afirma que o NOVO é diferente porque todos os partidos que existem hoje no Brasil são de esquerda. “Sim, até o PSDB, caro leitor desavisado”, defende ele.
 
Vanguarda do atraso
 
A despeito do nome, o partido bebe no liberalismo que foi vanguarda sim, mas lá no século 18, nos tempos de Adam Smith e a sua obra clássica “A Riqueza das Nações”. Os filiados ao Novo, que preferem ser chamados de “sócios”, acreditam naquela mítica mão invisível do mercado, capaz de reger todas as relações humanas com os melhores resultados possíveis.  Para eles, a defesa da propriedade privada é um valor em si mesmo. A falácia de que tudo o que é privado é melhor do que público, também.
 
Formado genuinamente por universitários que, desde a redemocratização, escutam o mantra neoliberal que tomou conta da academia brasileira, os “sócios” do NOVO são favoráveis ao estado mínimo, praticamente sem nenhuma função social. Conforme o site do partido, de todos os serviços previstos como essenciais pela Constituição Federal, o único que o NOVO concorda que fique nas mãos do Estado é a educação, e mesmo assim apenas o ciclo básico.  
 
Contraditoriamente, porém, seu presidente afirmou, em entrevista concedida às Páginas Amarelas de Veja, em novembro do ano passado, que o Bolsa Família é o melhor programa social em execução no país, porque permite ao cidadão decidir como irá gastar o subsídio do Estado. Segundo ele, o ideal é que o mesmo fosse feito com saúde e educação: o Estado fornecesse o crédito e o cidadão escolhesse em qual serviço privado iria emprega-lo. Constantino aplaudiu no seu artigo semanal. 
 
Na mesma entrevista, o presidente que odeia o Estado paternalista, mas aprova o Bolsa Família, rechaçou as cotas raciais e sociais. Segundo ele, as cotas dividem a população e estabelecem privilégios.  Para o NOVO, justiça social só se faz com meritocracia, aquele sistema no qual os que historicamente têm mais acesso e oportunidade sejam premiados por isso e se mantenham eternamente nas posições de poder.  O ‘filósofo” do grupo, Rodrigo Constantino, chega a pregar que “desigualdade social não é problema”, já que alguns se esforçam mais do que outros. 
 
Mas as cotas não são o único tema no terreno dos costumes que desvela o conservadorismo do NOVO. O partido fala muito em defesa dos direitos individuais, mas sequer tem a coragem de manifestar posição sobre temas como aborto, drogas ou casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Entendemos a importância de temas como esses, mas vamos focar, prioritariamente, na discussão de assuntos ainda mais relevantes, como, por exemplo, o papel do Estado, a eficiência da gestão, a atuação dos governantes, as políticas econômicas e outros”, justificam no site.

 

Redação

44 Comentários

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  1. Mais um pilantra que defende

    Mais um pilantra que defende a “mão invisível do mercado” para meter a mão no dinheiro público do fundo partidário. Ha, ha, ha… se conhecesse e aplicasse o princípio da não contradição este pilantra teria que renunciar ao dinheiro público e fazer companha apenas com o dinheiro pessoal dele. 

    1. O partido se recusa a aceitar

      O partido se recusa a aceitar o fundo partidario e só aceita recursos dos filiados procure saber antes de criticar.

      Materia tendenciosa quem quiser saber a verdade que entre no site oficial e não fiquem lendo materias mentirosas de pessoas que satazina tudo aquilo que não aprova a cartilha de esquerda.

      1. Já eu acho o contrário.
        Se

        Já eu acho o contrário.

        Se alguém quer conhecer a verdade sobre um partido (ou qualquer outras entidade de qaulquer esfera da vida), deve ler tudo, menos o seu site oficial. E, p q em vez de, autoritariamente, impor a nós o que devemos e o que não devemos ler, não rebate os argumentos do post? Esses liberais de hoje são assim mesmo: querem dinheiro público (mas só pra eles) e mandar na vida de todos. 

      2. Caro R()n@ld()

        Seguindo a sujestão fui até o site do Novo, simplesmente não encontrei nenhuma informação concreta sobre nada, há coisas difusas que simplesmente não dizem nada, por exemplo, no filmilnho de propaganda pergunta se alguém quer um país em que os serviços públicos funcionanem, logicamente só imbecis vão dizer que não, mas não fica claro quais são os serviços públicos que o NOVO considera que devem continuar a ser serviços públicos. Ou seja, começaram muito mal, pois utilizaram propaganda da mesma forma que os partidos tradicionais fazem, meras palavras de ordem.

      3. Está enganado. Leia o
        Está enganado. Leia o estatuto do partido e verá que aprovam o recebimento de recursos do fundo partidário, de doações de pessoa jurídica, entre outros meios. Vale lembrar que a doação por pessoa jurídica foi considera inconstitucional.

  2. Hoje o intelectual que melhor

    Hoje o intelectual que melhor representa os ” esquerdistas de centro direita”,   mais conhecidos como Petistas, tem como  grande expoente de luta e coragem um cidadão chamado  Roberto Requião,  que representa como ninguém o coronelismo oligaquico dos anos 80 e 90.

    Ter um idiota como Rodrigo Constantino como intelectual não é lá tão diferente rssss

  3. Outras pérolas do partido

    Defende o estado mínimo, com corte de impostos (ESSA eu quero ver) e seria contra a perpetuação de políticos nos cargos (uma única vez e pronto). Dá pra acreditar?

    1. Taí, gostaria de ver

      Taí, gostaria de ver aplicarem tal regra  [ainda que apenas em discursos, lógico]  no ultra-poderoso Poder Judiciário do general Gilmar Dantas.

  4. liberalismo em maus lençóis

    Com gente como esses até o libralismos está em maus lençóis.  Chamar o tal de Constatino como intelctual é forçar demais a barra. Adam Smith não foi tão liberal assim como dizem os supostos liberais, falta leitura para essa gente. 

  5. também 500 mil assinaturas; o

    também 500 mil assinaturas; o Brasil já tem mais que 100 milhões em eleitores; fica muito fácil; e acho que custou mais que 1 ano pra conseguirem.

    Mais acho que  legislação pra criação dum partido tinha que ser endurecida.

  6. 3 N

    Novo, humm… quanta ignorância da História; quanta vaidade, quanta arrogância.

    _____________________

    Se o 3n for o que pode ser… n³… n sobre n sobre … não… ufa… felizmente [ainda] não é.

  7. Pô, gostaria de ver um debate

    Pô, gostaria de ver um debate entre o líder intelectual do Novo – Constantino – e o mais novo filiado do PDT – Ciro Gomes.

    Os picaretas deste país são mesmo uma piada: o “novo” deles é o que há de mais velho. Primeiro veio a Rede de Marina querendo papar os inocentes que caem no canto da sereia; agora vem o Costantino querendo aglutinar os neodebiloides que assolam este país, que acreditam cegamente que a submissão aos EUA é benéfica, haja vista os americanos fazerem “parcerias” nas melhores intenções para ambas as partes. Faça-me uma garapa!

    Acho até bom que essa patranha ganhe força: vão tirar muitos votos do PSDB, facilitando ainda mais a vida dos progressistas em 2018.

    Falando em Ciro Gomes, deve estar rindo à toa com a PEC que visa Lula, não por Lula em si, pois são próximos, mas pela imbecilidade da oposição que acha que sem Lula terão vida fácil. Só digo uma coisa: há meio mundo de gente querendo ver o Ciro Gomes se candidatar em 2018; se a PEC passar, provavelmente o Lula apoiará o Ciro; aí é que o PSDB vai perder novamente, pela quinta vez consecutiva.

  8. O Velho Com Cara de Novo

    Se Carta Maior tivesse se esforçado um pouco mais e pesquisado ao menos o tio Gugol, poderia informar-nos que esse “Novo”, é um velho e manjado protótipo de partido, à eventualidade do PSDB ter que sair de cena, concebido, esboçado e “pré cozido”, na e pela turma, da Casa das Garças, aquele núcleo pensador tucano de bem sucedidos investidores do mercado, que prestaram serviços junto a governos que podiam chamar de seus.

    Seu primeiro e único dirigente, em todos esses anos que o “novo” permaneceu na estufa, á espera do momento certo de ir para o forno do TSE, João Dionisio, é velho coadjuvante da turma de banqueiros e investidores que pensaram a oportunidade desse partido. Pelo andar da carruagem, parece que para eles, finalmente chegou a hora.  Segue artigo da Folha por ocasião do nascimento do mesmo:

    “São Paulo, sábado, 05 de março de 2011 –  Empresários organizam partido que promete gestão empresarial na política – por BERNARDO MELLO FRANCO.

     Com a promessa de levar práticas da iniciativa privada para o governo, um grupo de executivos desiludidos com siglas como PSDB e DEM articula o lançamento de uma legenda “sem políticos”. O projeto já tem nome, Partido Novo, e teve o estatuto publicado no “Diário Oficial da União” no dia 17. Desde então, empresários e profissionais liberais têm recebido e-mails com um resumo das propostas e um anexo com fichas de adesão.

    “Podíamos ter criado uma ONG, mas achamos que um partido teria capacidade de ação muito maior”, diz o presidente da futura legenda, o economista carioca João Dionísio Amoêdo, 48. Integrante do conselho de administração do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco, ele já promoveu reuniões no Rio e em São Paulo para catequizar aliados. O discurso liberal parece ter inspiração tucana, mas o fundador rejeita comparações com siglas tradicionais. “Existem 27 partidos aí, mas nenhum deles defende a eficiência e a redução de impostos como principal bandeira”, diz Amoêdo, que afirma nunca ter se filiado a uma legenda e não revela o voto em eleições passadas. “A eficiência é a nossa principal plataforma. Os candidatos do Novo terão metas de gestão e serão cobrados para cumpri-las”, promete.

    O fundador é sócio da Casa das Garças, centro de estudos que reúne economistas como Edmar Bacha e André Lara Resende, pais do Real, e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O vice-presidente da sigla, Marcelo Lessa Brandão, é executivo do grupo BFFC, que controla marcas como Bob’s, KFC e Pizza Hut.

    Sem garantia de que a ideia sairá do papel, os fundadores já gastaram cerca de R$ 200 mil com consultoria jurídica e outros serviços. Publicitários produziram site, perfis em redes sociais e um vídeo promocional, que repete lemas como “Pense no Brasil como uma empresa” e “Se o Brasil fosse uma empresa, você seria o cliente”. Falta reunir as 500 mil assinaturas exigidas pelo TSE para registrar a sigla. “Não será fácil, mas sempre gostei de desafios”, anima-se Amoêdo, ex-triatleta que no ano passado venceu um dos maiores, ao se curar de um linfoma.

  9. Estado mínimo, cidadão máximo

    Longa vida ao Novo, enfim um partido de direita Liberal no Brasil. Os mamadores estatais certamente não gostarão dos ideiais do Novo, mas e daí? 

  10. Que bom, e que sejam bem

    Que bom, e que sejam bem vindos ao jogo.

    Tão logo começem aparecerão as contradições naturais.

    Ai…ai eu quero ver. Ou vai parar de encher o saco ou vai ficar negando o óbvio.

  11. Partido Novo

    Acho uma ótima iniciativa. Mas tem que ver como vão conseguir se viabilizar eleitoralmente sem recorrer aos métodos escusos dos partidos mais tradicionais.

    Pessoal que comenta aqui no blog gosta muito de tachar os outros de reacionários, mas não ficam devendo em nada. Reagem com uma ferocidade desproporcional a tudo que for iniciativa de quem pensa de forma divergente.

    Eu não comungo das ideias desse partido, mas louvo a iniciativa. Que todas as vertentes tenham representações e vozes para defender suas ideias. É assim que é a democracia.

  12. partido novo

    deve ser partido de coxinhas e para comprovar não deve admitir como filiado nenhum aposentado. Observem se o cidadão >O presidente é João Dionisio Amoêdo, 52 anos , se posiciona. 

  13. Eu gostei desse partido.

    Eu gostei desse partido. Dizem que vão acabar com os impostos e ainda teremos uma educação e saúde de qualidade. Provavelmente os recursos virão de doações voluntárias das grandes empresas brasileiras, como a rede goebbels. São a favor da meritocracia, homens que sempre exerceram cargos públicos, desde a adolescência, sem nunca ter feito um concurso, sempre indicado por um pistolão, não terão vez no partido. 99% dos apoiadores votaram em Aócio na última eleição. 

  14. Fico aqui pensando se essa

    Fico aqui pensando se essa ofensiva do setor financeiro na política não é motivada pelo desespero.

    Afinal, os mercados estão fora de controle…

    1. Falou tudo…

      Eu sempre disse que mais revelador do que o que uma pessoa fala são as palavras que esta pessoa escolhe para se expressar. As vezes em um discurso aparente moderno e democrático o uso de determinadas palavras revela a demagogia de quem está se expressando, pois tais palavras revelam o profundo sentimento reacionário e preconceituoso por trás de um texto aparentemente “moderno e democrático”. Sendo assim a identidade da logo marca, o nome, até a cor escolhida revelam muito mais sobre as reais intenções do “novo”(!!) do que qualquer discurso ou programa partidário.

      E como disse um professor de marketing que tive na PUC MG quem acha que MacDonalds vende sanduíche se engana! O MacDonalds vende atendimento rápido, a comida tem pouco importância na estratégia da empresa. Tanto que eles costumam lavar seus hamburgueres de soja com detergente!!

  15. estou contribuindo e vendendo lonas

    Vamos esperar a versão 2.0 como ensina a Marina.

    O muso do partido, já que todos os bichos tem dono, pode ser a anta de nome gdm.

  16. ‘novo’ liberalismo parece um ‘walking dead’!

    Incrivel, o partido já começa com a ‘coerencia’ da maioria dos partidos brasileiros: seu presidente é contra o Estado, inclusive na educação superior, mas se formou pela Universidade Pública e Gratuita (UFRJ). E pelo seu curriculo ao que parece os banqueiros e a aristocracia financeira não tem mais paciência para intermediários, resolveu botar logo seus empregados para concorrer em cargos politicos. E a base ‘intelectual’ deles é medonha: não é Adam Smitih, perto deles Smith seria considerado um perigoso socialisa – no minimo tinha a ‘perigosa’ teoria do valor trabalho – é Von Mises. Apesar de Von Mises ter nascido bem depois de Adam Smith foi criado no Império Austro-Hungaro,um dos baluartes da reação na Europa até a primeira guerra mundial historicamente muita atrás da Inglatera de Smith um século antes. Von Mises era nobre (Von) e Smith não. Além é claro do elogio de Mises ao fascismo no seu livro “Liberalism”. O argumento da eficiência também é pavoroso: a maioria dos economistas usam o critério de Pareto  – que era liberal na economia mas profundamente conservador e foi convidado por Mussoline, seu admirador e que assistiu alguns de seus cursos, para ser Senador pelo partido facista. Pelo critério de PAreto, se 10% da população detém 90% da renda e 90% da população detém 10%, a distribuição é ‘eficiente’ – claro que o argumento é baseado em supostos completamente irrealistas. Enfim, se isso é o ‘novo liberalismo’ é hora de declarar que o ‘liberalismo’ está morto, já deu o que tinha que dar para o progresso da humanidade!

  17. É bem pior, é sinistro!

    Depois de seguir o conselho de ler o que tem de novo no NOVO, li e verifiquei, é algo bem sinistro! Vamos lá dizer o porquê do sinistro.

    O NOVO tem algo de fantástico, ele propõe literalmente a criação de uma burocracia partidária, denominada “gestão partidária” toda poderosa que servirá para mandar e manipular seus eleitos fazendo com que estes não governem mas levem as culpas de todos os erros. Vejam como é a malandragem nos três dos seis dos princípios básicos do partido:

    Limitação ao “carreirismo político”: é vedado ao filiado eleito para cargo no Poder Legislativo que se candidate a mais de uma reeleição consecutiva para o mesmo cargo;Gestão independente: a gestão partidária não pode ser feita por candidato ou por ocupante de cargo eletivo;Compromisso de cumprimento do mandato parlamentar: a renúncia a mandato eletivo para concorrer a cargo diverso ou ocupar cargo no Executivo, sem o aval do Diretório, é considerado ato de indisciplina partidária;

    A “limitação do carreirismo político” junto com a vedação da gestão partidária por membros eleitos, criará dois grandes grupos, o primeiro um monte de neófilos na política, que impedidos de pertencer aos quadros de gestão partidária nem podendo ser reeleitos, agirão por inexperiencia parlamentar conforme a orientação e a doutrinação do partido (segundo informação do site, os candidatos deverão ter uma espécie de curso anterior a candidatura dado pela gestão partidária, ou seja, será feita uma peneira ideológica), estes candidatos deverão permanecer em um só mandato e por isto só poderão propor leis até mais ou menos até o meio do mandato, pois terminando este se as leis não forem aprovadas estas propostas não serão levadas adiante pelos que se reelegeram.

    Além do primeiro grupo, não tão inocentes mas totalmente úteis ao partido, haverá um segundo grupo dedicado a “gestão partidária”, que na ausência de quadros políticos legislativos permanentes do partido, tenderão a se eternizar no comando partidário e na melhoria da doutrinação dos futuros candidatos. Transferindo o comando do partidos, que geralmente é feito por membros eleitos mais experientes do mesmo, para um comitê profissionalizado que dirá aos políticos neófilos como eles deveram agir.

    Para evitar que para um partido que não terá quadros políticos legislativos, que alguém que se destaque numa só legislatura se lance a um cargo executivo mais de destaque e passe a partir benedição do voto popular a dar uma nova direção ao partido, criam-se inibições ao lançamento de cadidaturas de legisladores, obrigando-os a se afastar dos cargos que foram eleitos para arriscar uma carreira executiva, é uma forma de dizer de quem teve votos e conseguiu sucesso no legislativo não deve passar ao executivo, pois pode tirar o poder do grupo de “gestão partidária”.

    Fica claro que o partido “novo” será gerido por quadros profissionalizados, não testados nas urnas levando o partido numa direção que não fica bem clara nas suas propostas.

    Realmente o Novo é uma forma nova de partido, ele soma o que tem de ruim em termos de um legislativo sem experiência comandados por um comitê central (algo como em alguns regimes totalitários que vimos no século XX) que não especifica como serão feito os detalhes de transformar uma sociedade que durou 500 anos para criar um sistema como o atual para como num salto ao escuro. Caso algo der tremendamente errado nesta transição a responsabilidade não ficará clara aos eleitores que é do grupo de “gestão partidária”, é a velha solução de demitir o treinador do clube preservando o presidente.

    Importante destacar que a cada legislação se muda a cara dos candidatos, mantendo o grupo de “gestão partidária” uma forma de dar aparência de mudança sem mudar nada, a medida que quem dará o rumo a ser seguido não é quem está se candidatando.

    Diríamos, algo sinistro principalmente para aqueles que embarcarem em quadros legislativos.

  18. Pior do que um partido

    Pior do que um partido assumidamente de extrema-direita é um partido camaleão como o PSDB que na prática age como um partido de extrema-direita e no discurso diz que não é.

    1. Concordo!
       
      Não vejo problema

      Concordo!

       

      Não vejo problema nenhum em um partido ser de extrema-esquerda, afinal de contas em uma democracia é justo que todos sejam representados e o contraditório tenha seu espaço.

      Mas tem que ter coerência, não pode falar que é feio e bobo quem aumenta impostos enquanto se aumenta impostos nos estados governados pelo seu partido (PSDB, estou olhando para você)…

  19. E……………………..

    Quem gosta do Rodrigo Constantino e o Ciro Gomes. Dêem uma olhada no Youtube e vejam como o Ciro bota este fedelho de saia justa !!!!

    Desculpem mas não me lembro do link, mas está lá !!!!

  20. New face old soul.
    Nada além

    New face old soul.

    Nada além do super conservadorismo. Estado mínimo vai contra a constituição:

    “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    II – garantir o desenvolvimento nacional;

    III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    V – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

     

  21. Incompreensão sobre o Papel de Adam Smith

    Eu discordo de sua posição quanto ao trabalho de Adam Smith cuja teoria do valor-trabalho é a base para a ‘Mais-Valia” de Marx. Marx fecha o trabalho de Smith e Ricardo explicando a formação do capital pela mais-valia. O ponto desse partidos neoliberais e libertarianos nasce do esforço em negar a teoria do valor-trabalho.

  22. Novo, velho, direita, esquerda, abóbora ou abobrinha
    Que bom ter um partido de direita no Brasil finalmente. Vai poder dar voz a uma parte da população que não grita tanto quanto a esquerda, claramente visto nesse grupo.
    Se a esquerda tem mais de trinta partidos, qual o problema em ter um de direita?
    Não conhecia esse site antes, pena ler no título do site ‘o jornal de todos os brasis’ mas publicar uma matéria tão unilateral.
    Pena que as ovelhas seguem o rebanho. Uma política liberal e econômica não significa necessariamente voltar ao velho. Então um novo partido de esquerda quer voltar ao comunismo de Lênin?
    Ou todos partidos novos de esquerda são progressistas e de direitas são retrógrados?

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