Paulo Guedes quer manter em sua equipe indicados de Temer e de Dilma

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fotos: Divulgação
 
Jornal GGN – Na contradição de se apresentar como o presidente da mudança, Jair Bolsonaro terá em sua equipe econômica nomes do atual governo impopular de Michel Temer e também do por ele criticado governo de Dilma Rousseff. É que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu convidar Ivan Monteiro, Joaquim Levy e Mansueto Almeida para integrar o seu grupo de trabalho.
 
Ivan Monteiro, que é o atual presidente da Petrobras, permanecerá no posto na gestão de Jair Bolsonaro. Da mesma forma, Bolsonaro herdará de Temer o nome de Mansueto Almeida, que ou permanecerá na Secretaria do Tesouro ou será o Secretário da Fazenda, como um subsecretário de Guedes.
 
E o tão criticado Joaquim Levy, que foi o ministro de Dilma e responsável pelo desastre econômico brasileiro, na visão do nobel da Economia Paul Krugman [leia aqui], que hoje está no Banco Mundial, será nomeado por Guedes para ocupar a Presidência do BNDES.
 
Entre os martelos já dados por Paulo Guedes, o superministro da Economia de Jair Bolsonaro, a permanência de Ivan Monteiro na Petrobras já foi comunicada à atual gestão de Michel Temer. Ele foi elogiado pelo vice-presidente, o militar Hamilton Mourão, que visitou a Petrobras e se mostrou surpreendido com a gestão na estatal.
 
De acordo com coluna de Cristiana Lobo, o nome de Levy foi sondado ao longo da última semana e as conversas com Mansueto Almeida “se tornaram mais frequentes”. Segundo a jornalista, Manueto estaria fazendo um papel importante na transição do governo de Temer ao de Bolsonaro, ao apresentar a Paulo Guedes os “números da economia brasileira”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Isso é apenas mais uma

    Isso é apenas mais uma herança do regime militar, introdutor da prática de sub-rogar a gestão pública – máxime na área econômica – para tecnocratas “pescados” da Academia ou da iniciativa privada. Os chamados “tecnocratas”, cuja suposta anodinia ideológica, os fariam palmilhar somente as trilhas da “verdadeira”  Ciência Econômica. 

    Claro que para aos grandes formuladores e de visão ampla de Mundo, que agregavam à imensa capacitação intelectual doses de sensibilidade social-política, só restaria o ostracismo. 

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