Paulo Henrique Amorim, um jornalista de coragem

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Kroll: Eu acuso Daniel Dantas

Publicado em 15/02/2012

A Justiça Federal de São Paulo absolveu Daniel Dantas da acusação de formação de quadrilha, no âmbito da Operação Chacal, que investigou como Daniel Dantas contratou a empresa americana Kroll para grampear ilegalmente.

A Dra Cecíclia Melo, da Justiça de São Paulo, foi quem desbastou as acusações contra Dantas e deixou essa última – formação de quadrilha – para ser agora, provisoriamente, encerrada.

A Dra Melo chegou a desconsiderar a confissão de uma testemunha-chave, que confessou ter mentido – pago – para tirar Dantas ou um enviado especial da casa de um espião/grampeador.

É uma decisão singular: são condenados os membros de uma quadrilha que espionava e não há mandantes.

Espionar para quem ?

Para ninguém.

Espionavam por deleite.

Por voyeurismo, como os espectadores do BBB.

Navalha

Eu, Paulo Henrique Amorim, cidadão de uma República, jornalista e pai de família, acuso Daniel Dantas de me grampear.

Entre outros crimes.

Conheço essa história na palma da mão.

Fui testemunha de acusação contra Dantas no processo da Kroll.

Estive na mesma sala em que se encontravam dezenas de advogados dele, notadamente Varões da Advocacia Brasileira, como Wilson Mirza e Nélio Machado.

Conheço o coronel da PM de São Paulo contratado para me espionar.

Conheço o espião/trapalhão israelense que fazia lista por escrito dos clientes e serviços prestados – e que a Justiça parece não ter lido.

Conheço o parente de Dantas que foi à casa do espião/trapalhão acertar o negócio em nome de Dantas.

E ele sabe que o conheço muito bem.

Conheço tudo desse mar de lama.

Dantas me grampeou.

Grampeou uma ligação minha com o empresário Antoninho Marmo Trevisan.

Conhece a minha dieta.

Meus horários.

Meus amigos mais diletos, como Mino Carta.

Espionou membros de minha família.

Grampeou minha filha, enquanto estava noiva.

A Polícia Federal pode não ter conseguido filmar com foco o encontro do parente de Dantas com o espião/trapalhão.

O Ministério Público pode não ter conseguido demonstrar que ele fazia parte da quadrilha – no papel inequívoco de mandante.

E a Justiça errou.

A Justiça errou em todas as etapas.

Desde quando o processo esteva nas doutas mãos da Dra Cecilia Melo.

E agora, na decisão final (e provisória).

Uma quadrilha sem chefe.

Nem em filme dos Irmãos Marx.

E tem mais.

O ansioso blogueiro suspeita que, no caso do desembargador corrupto que a Dra Eliana Calmon mandou para casa (com aposentadoria integral. Viva o Brasil !), ali tem impressões digitais de Dantas.

Como não tem nenhuma dúvida de que o dinheiro do valerioduto do Marcos Valério, desde o Mensalão tucano de Minas, sob o comando de Eduardo Azeredo, era dinheiro de Dantas.

Aliás, a CVM sabe disso melhor do que ninguém, porque tem lá os documentos que mostram a grana que o Dantas, na Brasil Telecom, despejava no cano do Valério.

Eu acuso: a Justiça Federal de São Paulo inocentou- provisoriamente – um culpado.

Dantas me grampeou.

E como diz o sábio Mino Carta, não precisava da Operação Satiagraha.

A Operação Chacal da Kroll, por si só, botava o Dantas atrás das grades.

Para onde voltará,inelutavelmente.

Em tempo: quando Dantas promover a enésima ação judicial contra mim – o que faz toda quarta-feira -, a certa altura dos acontecimentos invocarei como testemunha um dos filhos do Roberto Marinho. Como se sabe, Dantas contratou a Kroll quando brigava com a Telecom Italia. Por causa disso, grampeou os filhos do Roberto Marinho porque tinham relações empresariais com a Telecom Italia. Sei disso, porque o então presidente da Brasil Telecom, Ricardo K, me contou. Pegou os grampos de Dantas recolhidos nos arquivos da Brasil Telecom e mostrou a um dos filhos do Roberto Marinho. Eu trabalhava no iG, da Brasil Telecom, até ser devidamente defenestrado por um Caio T. (“T” de tartufo) Costa.

Em tempo2: este ansioso blogueiro já disse que o business plan de Dantas é ratificar na Justiça (brasileira) as trampas empresariais que monta com a juda de notaveis Ådvogados. Disse isso apoiado num depoimento de Samuel Possebon, excelente jornalista da Teletime, que acompanha a carreira de Dantas, um ícone do capitalismo (de Estado) brasileiro. O diálogo poderia ser assim: ele chega para o futuro sócio e diz: te faço a seguinte operação. O futuro sócio perguntaria: mas, isso é legal ? E ele responde: comigo é ! 

Em tempo3: foi nessa peleja de Varões de Plutarco, que o Zé se transformou em Zé. Clique aqui para ler por que os amigos de Dantas se referem ao Ministro da Justiça com tanto carinho … Zé.

 

Paulo Henrique Amorim

Redação

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