Pesquisa Ipsos – Lula descolou do mau humor?

A pesquisa Ipsos de setembro de 2017 – divulgada pelo Estadão reforça um aspecto que já vimos aqui em outros momentos – o mau humor dos brasileiros. Lula pode ser a exceção.

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Quando comparados os resultados da pesquisa Ipsos de setembro de 2017 com os da pesquisa de setembro de 2016, todas as personalidades pesquisadas, incluindo o juiz Moro, tiveram aumento dos seus índices de rejeição – a exceção é Lula. E esse é um dado a se notar.

Se lembramos do quanto Lula está exposto a notícias negativas, isso pode ser, mas ainda não é certo seja, sintomático do que vem sendo chamado de exaustão do público em relação à perseguição movida contra Lula e, por conseguinte, uma reversão de sentimentos por ele.

Quando se compara os índices de agosto de 2017 com os de setembro de 2017, a melhora de Lula é significativa.  A queda do seu índice de rejeição levou a uma melhora no seu índice de aprovação de 8 pontos percentuais em um único mês. Lula foi de 32% de aprovação em agosto para 40% em setembro.

Notícias favoráveis, sem dúvida, mas ainda nada a se comemorar no campo lulista quanto à uma reversão consistente do seu nível de rejeição em um retorno gradativo à aprovação recorde de 87% de quando deixou o governo em 2010. Isso porque, apesar da melhora significativa, Lula atinge em setembro de 2017 os mesmos índices de março de 2017. Reforçando a ideia de que oscila entre um piso e um teto de para rejeição (60%) e aprovação (40%). Somente as próximas pesquisas dirão.

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Os anti-luistas, no entanto, menos têm a comemorar. Faltando praticamente um ano para as eleições, não há no quadro político-partidário atual nenhum nome que pudesse agregar os votos dos que rejeitam Lula. Todos os seus possíveis adversários têm índices de rejeição maior que Lula. Inclusive a “novidade” Bolsonaro – com índice de rejeição de 63% – e o “novo” João Doria com índice de rejeição de 58% – igual a de Lula.

O quadro de mau humor do brasileiro aparentemente vai desmanchado no ar tudo que era sólido. Vejamos Doria e Bolsonaro. Ambos apresentados como dois candidatos fortes porque não estariam contaminados com os escândalos da Lava Jato ou com a má vontade do eleitor para com os “políticos tradicionais”.

Pois bem, bastou que fossem melhor conhecidos e seus índices de rejeição dispararam.

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Nesse cenário, Lula ganharia no 2º turno de qualquer candidato. Mas as eleições teriam grandes índices de abstenção e de votos nulos e brancos. Aliás, cenário já identificado na pesquisa CNT divulgada também em setembro.

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Isso, sempre é bom lembrar, se o TRF da 4ª Região permitir que Lula seja candidato.

 

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia especializada em manutenção de curvas normais.

Redação

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