Petrobras estuda abrir o capital da BR Distribuidora

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Foto: Steferson Faria/Agência Petrobras
 
Jornal GGN – A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva autorizou a realização de estudos para uma possível abertura da subsidiária Petrobras Distribuidora S.A. 
 
De acordo com o Pedro Parente, presidente da estatal, a diretoria chegou à conclusão de que “o melhor encaminhamento seria propor ao nosso conselho o aprofundamento dos estudos com relação à abertura do seu capital”.
 
Por meio de nota, a empresa informou que a ideia é listar a subsidiária no segmento especial do mercado de ações da B3 (antiga BM&FBOVESPA) chamado Novo Mercado. A proposta de abrir o capital da BR Distribuidora passará pelo Conselho de Administração. 

 
“Nós já vimos um grande número de IPOs este ano e achamos então que temos condições de mercado extremamente favoráveis para que a empresa considere essa medida”, afirmou Parente. “Essa deve ser uma alternativa que venha a ser aprofundada”, disse o executivo no 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais
 
No evento, Parente disse que não era possível fazer estimativas sobre o montante que seria arrecadado com a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), da subsidiária. O executivo não informou qual a participação da BR que a Petrobras colocará à venda no mercado e disse também que não há discussões se a Petrobras irá abrir mão do controle da empresa.
 
A nota da Petrobras ainda diz que o comunicado não deve ser considerado como anúncio de oferta e que ela vai depender de “condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional, da aprovação dos órgãos internos da Petrobras e da BR, bem como dos respectivos entes reguladores, supervisores e fiscalizadores”.
 
Venda de ativos
 
Com mais de 8 mil postos em todo o Brasil, a BR Distribuidora é um dos principais ativos que a estatal pretende vender em seu plano de desinvestimento, que tem a intenção de levantar US$ 21 bilhões no biênio 2017-2018. 
 
No primeiro trimestre deste ano, a subsidiária possuía 24,4% de participação no mercado de combustíveis e 46% no mercado de grandes consumidores. Em 2016, a BR teve um prejuízo líquido de R$ 315 milhões e faturou R$ 86 bilhões. 
 
O processo de venda do ativo vem desde 2015, quando o conselho da Petrobras aprovou a negociação de ao menos 25% da unidade de distribuição de combustíveis. Foram recebidas três propostas, que foram recusadas pela estatal. 
 
Depois, o processo foi retomado em outubro no ano passado, mas a venda foi proibida pelo Tribunal de Contas da União. Apenas em março deste ano a Petrobras conseguiu o aval para vender o ativo.
 
Analistas apontam que, caso fosse uma empresa independente, a BR Distribuidora seria  seria a quarta maior empresa de capital aberto do país em receita líquida, ficando atrás somente da Vale, JBS e da própria Petrobras. 
 
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