PIB seria beneficiado se auxílio de R$ 600 fosse estendido até dezembro

"Não estender o benefício pode ser um tiro no próprio pé do Governo porque aprofunda este momento de recessão", diz pesquisadora

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais mostra que há retorno para a economia no pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia de coronavírus. Caso fosse prorrogado até dezembro, o PIB sofreria impacto positivo e seria maior a arrecadação de impostos gerados pelo aumento da atividade econômica.

“Não estender o benefício pode ser um tiro no próprio pé do Governo porque aprofunda este momento de recessão e deteriora também as contas públicas”, afirmou ao El País a pesquisadora Débora Freire Cardoso, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG, uma das autoras do estudo.

De acordo com o estudo, o PIB seria beneficiado em 0,55% se o auxílio de R$ 600 fosse prorrogado até dezembro, contra 0,44% se o programa durar apenas até junho. O governo Bolsonaro estima estender a ajuda por mais dois meses, mas com valor de R$ 300 apenas.

Ainda segundo o estudo, se o auxílio se estender até dezembro, 45% do custo do programa seria coberto pela elevação da arrecadação de impostos. “Já em três meses, a receita adicionada pelo auxílio não cobriria nem um quarto (24%) dos custos do programa.”

Mais de 63 milhões de brasileiros na informalidade ou desempregadas recebem o auxílio, totalizando 81,3 bilhões de reais em despesas para o governo.

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Redação

2 Comentários

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  1. Quando se tem um imbecil no ministério da economia e um débil mental na presidência não se pode esperar qualquer atitude inteligente e sensata na administração da crise do covid-19.

  2. Os liberais burros não conseguem entender que o mercado não se auto regula. É impressionante que alguém formado em Chicago possa ser um analfabeto funcional com tamanha veemência.

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