Pitaco pedagógico

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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8 Comentários

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  1. artigo muito bom

     Brasil na onda da ciberintoxicação 
    e da contrainsurgência permanente

    Mario Sérgio Conti, na Folha

    De novo, não foi na Copa. Tal como nos Estados Unidos, na Hungria, na Turquia e nas Filipinas, o apelo à autoridade e ao obscurantismo dá o tom na política. Um tom de ordem unida: difama inimigos, mobiliza fanáticos, intoxica eleitores.

    Lá como cá, a cibertecnologia polui a política: debates na TV cedem lugar à disseminação massiva de mentiras pelo WhatsApp. Cá como lá, militares se achegam ao poder. Vão-se os civis e vêm os generais; vai-se a vassoura e vem a metralhadora (enrustido, o carinho pelo fálico continua).

    A singularidade pátria da jabuticaba é um mito.

    O Brasil é parte de forças planetárias. Ora elas se configuram assim, ora assado. Depende da situação em cada país, da sua história, da sua cultura, das facções que se enfrentam. As lutas numa nação ricocheteiam noutras.

    Na raiz dos movimentos mundiais está a produção material da vida — a economia —, que faz com que bilhões de pessoas pendam para lá e para cá. Como o movimento é desigual e combinado, a França elegeu um presidente de centro-direita, Macron, e o México um de esquerda, Obrador.

    A tendência dominante hoje, contudo, é autoritária na política, xenófoba no nacionalismo e conservadora nos costumes.

    Há diferenças entre os que a adotam.

    Trump não dá bola para religião, enquanto Bolsonaro corteja pastores dinheiristas para angariar votos do rebanho.

    O capitão insultou a igreja majoritária, a católica, cuja cúpula comunga com ele a rejeição ao aborto.

    A CNBB é “a parte podre da Igreja”, disse. A alta hierarquia papa-hóstia engoliu o sapo em silêncio.

    Só D. Mauro Morelli teve peito para falar que ele é “desequilibrado e vulgar”.

    O afã em submeter o Estado a seus desígnios aproxima Bolsonaro do húngaro Orban e do turco Erdogan.

    Ambos enrijeceram as instituições para reprimir descontentes e diferentes.

    Orban pôs mais juízes no Supremo. Aqui, dada a subserviência do STF, talvez nem seja preciso.

    Nos Estados Unidos, refugiados e imigrantes servem de pretexto para a xenofobia.

    O nacionalismo é seletivo: para ganhar as eleições, Trump se apoiou na máquina cibernética de Putin, a quem sempre incensa.

    Aqui, a campanha do capitão usa o sistema de fraudes bolado por corporações americanas.

    Só que o Cavalão lembra muito mais Duterte, o presidente filipino.

    Clóvis Saint-Clair, autor de “Bolsonaro, o Homem que Peitou o Exército e Desafia a Democracia” (ed. Máquina de Livros, 192 págs.), diz que ele ganhou o apelido de Cavalão devido ao “vigor físico, fala grossa, frequentemente grosseira, e gestos incontidos”.

    É tal e qual Duterte.

    Ambos usam a retórica da ameaça atravancada.

    Dizem barbaridades e, quando pega mal, voltam atrás, explicam que era brincadeira.

    Saint-Clair, linguista, diz que se trata de um método expositivo.

    Há pouco, Bolsonaro usou a palavra “hipérbole” para desdizer o que dissera. Sabia do que falava.

    Duterte elegeu os traficantes de drogas como inimigos. Pôs a polícia na rua e a autorizou a mandar bala na bandidagem.

    Aqui, o capitão promete o mesmo. Se eleito, descerá o pau nos inimigos, mas haverá balas perdidas para todos.

    A fuzilaria não acabou com o tráfico nas Filipinas.

    Isso interessa menos que ter inimigos e manter um estado de tensão permanente.

    São muitos os inimigos que o Cavalão enuncia: petistas, sem-terra, sem-teto, ambientalistas, ativistas, quem fica de mimimi.

    O capitão se apresenta como um militar patriota, o que é uma fake news digna de WhatsApp. Quem o demonstra é ele mesmo, que na sua propaganda na tevê aparece, dengoso e coquete, batendo continência à bandeira americana.

    O lema “Brasil acima de todos” é outra fraude.

    O Cavalão não defende nada de nacional, da cultura às artes e passando pela Amazônia. Delegou a condução da economia a um financista da globalização sem limites. Só a corporação dos fardados estará assegurada.

    O recurso aos militares se dá nesse contexto.

    O pundonoroso Exército de Caxias não ganha uma guerra desde a do Paraguai, na qual um dos seus feitos foi a Retirada da Laguna, ou seja, a fuga. Ele é uma força de uso interno. Tem sido assim de Canudos ao Araguaia à intervenção no Rio.

    A estratégia usada pelo Exército foi desenvolvida no Pentágono, onde atende pelo nome de Military Operations in Urban Terrain.Ensinada às tropas brasileiras na “missão de paz” no Haiti, a MOUT é aplicada na Rocinha e na Cidade de Deus.

    Contrainsurgência permanente, ela pressupõe a tutela e militarização da sociedade.

    É esse o Brasil que o Cavalão prega.

  2. Retirada da candidatura de Haddad

    Um rápido apanhado das ações mais clamorosas que foram praticadas para macular o resultado dessas eleições:

    – a inabilitação de Lula, flagrantemente injusta, não apenas para ser candidato como também para participar da campanha de Haddad, mantendo-o preso e quase incomunicável;

    – a aceitação passiva pelas redes de comunicação da postura inadmissível de Bolsonaro de se recusar a participar de debates, escondendo-se atrás de uma suposta falta de condição física;

    – a comprovação apresentada pelo jornal Folha de São Paulo de que a campanha de Bolsonaro, e também as de todos os deputados, senadores e governadores de seu partido, foi ilegalmente beneficiada pelo financiamento do disparo, pelo whatsapp, de milhões de mensagens totalmente inverídicas, e que fizeram não apenas sua votação, como também a rejeição de Fernando Haddad, crescerem vertiginosamente;

    – a total falta de interesse do TSE para apurar as denúncias e dar resposta para a evidente distorção que as ações denunciadas provocaram no resultado do pleito, acompanhado do indisfarçável conluio pactuado entre os demais órgãos da mídia para encobrir e minimizar a denúncia da Folha.

    Só consigo chegar a uma conclusão: esta eleição é um jogo de cartas marcadas e Haddad deveria retirar sua candidatura e denunciar toda a armação evidente que foi e continuará a ser praticada para impedir sua vitória nas eleições.

    Não se trata simplesmente de assumir a postura golpista de contestar a apuração dos votos ou a confiabilidade das urnas, mas sim de uma decisão política de recusa a continuar participando de um processo viciado e evidente da tentativa de impedir, a qualquer custo, que o PT possa eleger seu candidato à Presidência. Em suma, está claro que essas eleições transformaram-se em uma enorme fraude praticada com a cumplicidade ativa da justiça eleitoral e da grande mídia.

     

  3. No final do vídeo, o

    No final do vídeo, o motorista parece incomodado com as propostas do candidato apoiado de forma estusiástica pela patroa, o que revela o caráter totalmente fictício da obra. Na vida real, o motorista estaria até fazendo campanha para o candidato.

  4. Muuito dispersivo…(O povão gosta de coisas descomplicadas)

    A campanha do Haddad deveria ter feito vídeos mais contundentes e menos sofisticados .

    Tipo PORRADA NA MOLEIRA : 

    Bolsonaro é Michel Temer !!

    Bolsonaro tem raiva do PT porque ele é contra a sua Bolsa Familia, o seu abono de férias, o seu 13 salário e aumento do salário mínimo !!

    Bolsonaro tem raiva do PT porque os governos do PT beneficiaram os nordestinos !!

    JÁ CANSEI DE COMENTAR AQUI, NO FACE E EM ENCONTROS NO PT :

    A CAMPANHA DO HADDAD TERIA QUE COLAR A IMAGEM DO CAPITÃO FACÍNORA AO VAMPIRÃO TRAIDOR :

    A REJEIÇÃO DO PT É DE 50% X  REJEIÇÃO DO VAMPIRÃO TRAIDOR E SUA CORJA DE BANDIDOS QUE É DE 75%

     

     

      1. Comendo mosca..

        Não entendo porque a campanha do Haddad AINDA não veiculou um depoimento de um eleitor(a) revoltado por ter votado no Cap.Facínora por ter sido enganado por calúnias veiculadas pelo whatsapp.

        Tipo :

        Votei no primeiro turno no Bolsonaro porque tinha recebido pelo celular a notícia de que o Haddad é a favor do KIT GAY, COMO EU ODEIO MENTIRAS, agora VOU CORRIGIR O MEU ERRO, votando no candidato Haddad .

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