Pitacos na eleição paulistana

Começou ontem a propaganda eleitoral em Sumpaulo. A primeira surpresa: Russomano lidera e Serra vem em segundo. Ok, que em rejeição ele é o primeirão. Zera o jogo, porque com o horário eleitoral na TV o eleitor vai conhecer quem são os candidatos. As pesquisas anteriores mostravam personagens lembrados por disputas em outras eleições, o eleitor não conhecia ainda as propostas e opções versão 2012.

Serra é conhecido, mas rejeitado (38% não votariam nele nem com o ruminante tossindo). Chalita não apita. Russomano é lembrado da TV, defendendo o povo. E agora, apoiado pela Igreja Universal.

E Haddad? Num era o ex-ministro de Lula e Dilma, da educação? Que aparecia quando na mídia quando a gráfica da Folha vazava prova do Enem? Pois, é.

Ele é o candidato do PT para a prefeitura de SP. Em Campinhas, tem o Pochman (nome complicado, mas candidato excelente). Ambos representam o “dedo” de Lula nas eleições. Naum o dedo que falta e que o Mainardi e o Tio Rei achavam elegante lembrar. Mas, o toque da renovação, da competência técnica e de propostas objetivas de mudanças. Dilma foi uma aposta semelhante.

Se “ManoRuço” é conhecido do eleitor, digo, telespectador. Não terá muito tempo na TV no horário político. (Ok, já teve muito antes, e o eleitor o conhece). Çerra tem o mesmo tempo que Haddad. A diferença é que para ele, a exposição na mídia apenas aumenta e justifica a rejeição. Haddad tem simpatia e projetos. Além da mão de João Santana para coordenar sua imagem.

Acredito que Çerra é passado, carta fora do baralho (dossiês e baixaria devem tentar salvar via PIG); ManoRuço é fio desencapado. Tem um monte de coisa para explicar, basicamente por querer se dar bem (vide Dolly, Rádio Irregular e negócios estranhos com parentes no meio). Haddad será “a novidade”. E vamos pro segundo turno. Bye, bye, Çerra.