Jornal GGN – A Polícia Militar de São Paulo não vem coibindo a exibição de faixas e materiais que defendem a ruptura democrática no Brasil, algo que acontece com frequência nas manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro. Tal posicionamento contraria o entendimento do Ministério Público de São Paulo, que ainda exige a apreensão desses itens.
Um exemplo de tal posicionamento pôde ser visto no último dia 07 na Avenida Paulista, onde bolsonaristas se reuniam em torno de basicamente duas faixas, que pediam pela intervenção militar com Bolsonaro no poder, a elaboração de uma nova Constituição e a criminalização do comunismo.
Além dos pedidos de intervenção, os apoiadores de Bolsonaro evocam o artigo 142 da Constituição, o AI-5 e defendem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) é crítico às manifestações antidemocráticas, mas diz que as manifestações devem ser respeitadas apesar da pandemia, desde que não ocorra violência ou agressão, como aconteceu em 31 de maio.
Ao mesmo tempo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a PM não esclarecem se existe alguma ordem sobre recolhimento de faixas e apreensão de manifestantes, lembrando que a recomendação do Ministério Público não tem a obrigatoriedade de ser acompanhada pelo governo.