Categories: Notícia

Polêmica: Será o Fim da Água em São Paulo

“Falta d’água não vai acabar tão cedo”, prevê ativista

https://www.youtube.com/watch?v=x4Urj3Ecp9o

São Paulo enfrenta a pior crise hídrica da história. Mário Sergio Conti conversou com Marussia Whately, responsável pelo projeto Água São Paulo.

 

A questão da falta água aflige milhões de pessoas pelo mundo e passou a preocupar também os paulistas. São Paulo enfrenta a pior crise hídrica da história. A região mais rica do país está vulnerável, à espera de chuva. Trinta ONGs já se uniram na aliança pela água. Elas querem cobrar informações e atitudes do governo e ajudar no desafio de gerir um recurso que é fundamental e finito.

Mário Sergio Conti conversou sobre o assunto com Marussia Whately, responsável pelo projeto Água São Paulo, do Instituto Socioambiental. Para Marussia, a falta d’água não vai acabar tão cedo.

“A crise aqui em São Paulo é de extrema gravidade. A perspectiva é que a gente termine 2014 com os principais mananciais muito depreciados. O Cantareira, que é o maior sistema produtor de água do Brasil, está entrando na segunda cota do volume morto”, destaca a ativista.

Marussia Whately explicou que o volume morto é uma quantidade de água que fica abaixo da altura que se pode captar para abastecimento e lembrou que o uso do volume morto é algo inédito. “É um volume morto para o abastecimento, mas muito vivo para a represa”, acrescenta.

Para Marussia, quatro fatores levaram à crise: gestão, degradação das fontes, clima e falta de transparência e diálogo. Veja o que ela falou sobre cada fator:

Gestão:
“É a forma como se vem gerindo os recursos hídricos no estado e no Brasil. Apesar de o Brasil ter essa aparente grande riqueza de água, 12% da água doce, hoje a gente não pode mais dizer que o país tem uma situação confortável em relação à água”.

Degradação das fontes:
“O Brasil tem hoje três grandes fontes de poluição e degradação da água: esgoto urbano, poluição por agrotóxicos e fertilizantes e o desmatamento”.  

Fator climático:
“Tivemos três verões com menos chuva e os eventos climáticos extremos vêm aumentando em intensidade e frequência no mundo todo”.

Falta de transparência e diálogo:
“Cada vez mais o estado e a Sabesp se mostram isolados”.

Marussia Whately acrescentou ainda que a campanha eleitoral foi um quinto fator agravante. “Medidas impopulares poderiam ter sido feitas esse ano, como um racionamento de água de uma forma mais branda. Mas isso não foi muito bem trabalhado durante a campanha”, ressalta.

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/10/falta-dagua-nao-vai-acabar-tao-cedo-preve-ativista.html

Redação

Redação

Recent Posts

Lula manteve linhas básicas da restrição à saidinha, diz Lewandowski

Ministro argumentou que 90% do projeto foram mantidos, incluindo a proibição para saída temporária de…

15 minutos ago

A aliança entre Nordeste e China apavorava o imperialismo antes do golpe de 1964

Revisitando a luta pela reforma agrária no Brasil liderada pelas Ligas Camponesas e sua história…

1 hora ago

CEE e CRIS marcam participação da Fiocruz nas discussões sobre Saúde do G20

A Saúde está na pauta do T20, em especial, nas Forças-Tarefa 1 e 6, tendo…

3 horas ago

Dólar chega a R$ 5,28 após anúncio de nova meta fiscal

Mercado financeiro não recebeu bem o déficit zero proposto pelo Planalto; tensão no Oriente Médio…

3 horas ago

Advogados da Petrobras implicam Dallagnol em processo nos Estados Unidos; leia o depoimento

Advogados da Petrobras contaram em depoimento ao CNJ os bastidores da cooperação da Lava Jato…

4 horas ago

Comissão do Senado proíbe uso de bens públicos para homenagens à ditadura militar

Prédios, rodovias federais e bens públicos da União também não podem receber nomes de militares…

4 horas ago