” Ricardo Reis é um poeta pagão da Renascença de modo que ele escreve em versos muito bem medidos, na maioria decassílabos, mas ele é um poeta pagão, portanto, anterior à entrada da rima no verso. Por que é que eu disse pagão e fui dar esta explicação? Porque a rima veio para a poesia através da poesia religiosa.”
Cleonice Berardinelli, entrevista a Roberto D’Ávila, Globo News, abril 2015.
Ricardo Reis, mural de Almada Negreiros na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1958).
Ponho na altiva mente o fixo esforço
Da altura, e à sorte deixo,
E às suas leis, o verso;
Que, quando é alto e régio o pensamento,
Súbdita a frase o busca
E o escravo ritmo o serve.
.
sem data
.
……………………………………………………………………………………………………..
Fontes:
1) Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994). – 158.
1ª publ. in Atena , nº 1. Lisboa: Out. 1924. (Arquivo Pessoa)
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.