Por que as esquerdas continuam perdendo?

Sugerido por Assis Ribeiro

Da Carta Maior

Por que as esquerdas (especialmente, a social-democracia) continuam perdendo?
 
O fato de as direitas estarem ganhando e as esquerdas estarem perdendo se deve a vários fatores. Um deles é que as direitas têm muito mais dinheiro.
 
Por Vicenç Navarro (*)
 
O fato de as direitas estarem ganhando e as esquerdas (especialmente, a social-democracia) estarem perdendo se deve a vários fatores. Um, muito importante, é que as direitas têm muito mais dinheiro e, portanto, recursos do que as esquerdas. O capital (termo utilizado apenas aqui por ser considerado “antiquado”) as apoia, lhes dá dinheiro e oferece as grandes caixas de ressonância que são os meios de comunicação e persuasão. Porém, outra causa do pouco êxito das esquerdas é que elas aceitaram, em sua maior parte, os termos e conceitos estabelecidos e promovidos pela direita, por detrás dos quais o capital está. Entre eles está a ideologia liberal (na verdade, neoliberal), que guia a maioria das políticas públicas atualmente apoiadas pelas direitas e reproduzidas (em versão light) pelas esquerdas.

Segundo o discurso neoliberal, os liberais (as direitas) estão a favor do mercado e contra o intervencionismo estatal. Neste discurso, as esquerdas são atacadas por serem anti mercado e estadistas. E como resultado do enorme poder midiático que as direitas possuem, esta interpretação do que são e do que desejam os liberais e as esquerdas é o que se transformou no senso comum. Ou seja, é o que foi levado para a sabedoria convencional do país. E, predizivelmente, amplos setores das esquerdas, chamados “modernizadores” (Blair, Zapatero, Valls e Renzi, entre outros) aceitaram essa visão e têm baseado suas políticas naquilo que a narrativa liberal promovia, isto é, a diluição da intervenção do Estado e a potencialização dos mercados, competindo com as direitas no terreno definido por elas.

E aí está uma das causas do declínio das esquerdas (estou consciente de que agora os veículos de comunicação liberais estão enaltecendo Valls e Renzi, vistos como a grande esperança). Conduzo o leitor a olhar para como evolui o apoio popular dos dois durante seus anos de governo. É fácil prever. Significarão uma derrota mais para as esquerdas modernistas. 

Por que este esquema está profundamente equivocado?
 
As bases empíricas em que se apoia esta versão do que as direitas e as esquerdas fazem estão profundamente equivocadas. As direitas têm sido muito mais intervencionistas e estadistas do que as esquerdas. E suas intervenções diminuíram a dinâmica dos mercados muito mais do que as esquerdas. Os dados que comprovam essa observação são robustos e contundentes. Vejamos alguns casos elucidativos:
 
1. Um dos livros que tem tido grande impacto nos EUA, “Capital in the Twenty-First Century”(Capital no Século XXI), de Thomas Piketty, mostra claramente que a enorme concentração de capital e de rendas que está acontecendo na maioria dos países da OCED, constituindo a principal causa do crescimento das desigualdades, o que se deve, em parte, às políticas públicas neoliberais aplicadas pelos Estados. Sem essas intervenções públicas, tal concentração não teria ocorrido.
 
2. Entre tais intervenções públicas, Dean Baker, Codiretor do Center for Economic and Policy Research, destaca os 216 bilhões de euros que os Estados da União Europeia garantiram e colocaram a cada ano no setor bancário privado (Veja “Economic Policy in a Post-Piketty World”). O número é seis vezes maior do que nos EUA (36 bilhões). Esses mesmos fundos poderiam ter sido destinados, por um lado, a estabelecer bancos públicos que garantissem crédito e, por outro, a um programa de investimentos sociais e verdes, orientados para a geração de empregos, cobrindo as enormes necessidades humanas desatendidas e facilitando, por sua vez, a mudança de modelo de produção e o consumo de que os países precisam. Os modernizadores das esquerdas apoiaram, entretanto, o subsídio ao setor bancário e sequer pensaram na segunda opção.
 
3. As direitas constantemente interferem no mercado, favorecendo o grande capital (as grandes empresas financeiras, industriais e de serviços) com medidas intervencionistas e protecionais. Um claro exemplo disso é a indústria farmacêutica que, por meio de patentes, o Estado subsidia e protege, permitindo que coloquem preços muito acima dos custos de produção. Durante o período coberto pela patente, a companhia farmacêutica que criou o produto tem o monopólio absoluto sobre aquele produto. E o Estado, além de proteger a companhia permitindo esse monopólio, é o que compra a maioria dos medicamentos, pagando um preço artificialmente alto exigido pela companhia.

É uma exploração em larga escala. Mas a situação é inclusive pior, pois a justificativa que a indústria farmacêutica usa para que o Estado lhe ofereça as patentes (garantindo seu monopólio) é que esta precisa recuperar os gastos de pesquisas conforme o descobrimento de novos medicamentos requer. Mas muitos estudos mostraram que a maior parte do conhecimento básico que originou o descobrimento de remédios procede de estudos com financiamento público. O que a indústria faz é cobrir apenas uma parte (bastante pequena) da pesquisa, que é a aplicação desse conhecimento. Seria, portanto, mais lógico, dar uso melhor aos recursos, do que o Estado financiar a pesquisa aplicada e não apenas a básica, e que eliminasse as patentes, permitindo e facilitando a existência do mercado, com o que o preço dos medicamentos seria muito menor, economizando muito dinheiro do Estado. O fato de esta alternativa sequer ser considerada se deve à enorme influência da indústria farmacêutica sobre o Estado.

A variável mais importante para predizer o comportamento do Estado é a influência a que ele está submetido. Assim, o assunto e o debate chave não são se a intervenção do Estado é boa ou ruim, mas sim quem controla e/ou influencia o Estado. As direitas favorecem que tal influência seja exercida por grupos econômicos e financeiros que elas financiam. As esquerdas deveriam privilegiar as classes populares como influência das políticas públicas do Estado. Lamentavelmente, muitas delas, especialmente as de sensibilidade social-democrata, não fizeram assim, daí a razão de seu declínio. Simples assim. 

(*) Catedrático de Políticas Públicas da Universidade Pompeu Fabra e Professor de Políticas Públicas da Universidade Johns Hopkins. É também professor de Políticas Públicas na Johns Hopkins University (Baltimore, EUA), onde lecionou durante 45 anos. Dirige o Programa em Políticas Públicas e Sociais patrocinado conjuntamente pela Universidade Pompeu Fabra e The Johns Hopkins University. Dirige também o Observatório Social da Espanha. Este artigo foi publicado originalmente no site pessoal do autor: http://www.vnavarro.org

Redação

17 Comentários

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  1. “O fato de as direitas

    “O fato de as direitas estarem ganhando e as esquerdas (especialmente, a social-democracia) estarem perdendo se deve a vários fatores. Um, muito importante, é que as direitas têm muito mais dinheiro e, portanto, recursos do que as esquerdas.”

    Isso é piada, né? Em qual planeta do Sistema Solar o autor do texto vive?

     

  2. se o fato da direita ter

    se o fato da direita ter dinheiro ser a justificativa para as derrotas da esquerda, então logicamente a esquerda jamais teria vencido, porque a direita sempre teve o poder economico ao seu lado!   A esquerda está perdendo porque simplesmente foi incompetente na administração publica, não foram coerentes com seu passado e na realidade adotaram os mesmos procedimentos da direita, tornando uma imitação pobre da direita!  Basta ver o processo de cooptação de apoio que o PT adotou, usando inclusive os mesmos “profissionais” como o Marcos Valerio e o banco Rural que os tucanos usaram!  ou seja o esquerda se rendeu a direita ao usar seus mesmos metodos!  

    sempre com a desculpa da governabilidade!

     

     

  3. O problema é que as esquerdas

    O problema é que as esquerdas sempre foram muito benevolentes com a direita quando estiveram no poder

    Sempre foram “boazinhas” com as alas mais conservadoras com medo de serem chamdas de totalitarias…

    Quando a esquerda começar a ser um pouco mais “malvada” ai elas vão começar a ganhar o jogo…

     

  4. Em suma então

    Não que há dinheiro nas mãos da direita, mas é que os mídias se tornaram corrompíveis. Foi o último dos “poderes” a ser comprado pelo capital. É isto?

  5. O artigo identifica com

    O artigo identifica com perfeição a lavagem cerebral conseguida pela grande mídia em favor do neoliberalismo.

    1. “em favor do

      “em favor do neoliberalismo.”

      Só falta agora saber o que é neoliberalismo, seus autores, livros, ideólogos.

      Não seria o neoliberalismo um espantalho criado como inimigo para bater.

  6. A Direita  alem de ter  mais

    A Direita  alem de ter  mais dinheiro , tem mais apoio  de  imprensa  mult nacionais, governos  de direita  como dos  EUA  inglaterra , que  sao os dois principais  fomentadores  de  ataques  a esquerda,  contam tambem  com  serviços  secretos  como  CIA  FBI  SNA, e  outros  de  outros  países que  vivem babando o ovo  deles,  entao  a  direita   nao é apenas um  partido mundial, é uma  REDE  DE CORRUPÇAO, qued  se alastra pelo mundo todo. 

  7. Texto usa esterótipos para

    Texto usa esterótipos para defender o argumento que a “esquerda esta perdendo”.

    Vejamos durante o século XX grande parte da população estava sob regimes de esquerda.

    Mas que esquerda?

    A maioria da esquerda no século XX aceitava a violência como forma de transformar a sociedade, e esta esquerda que esta perdendo terreno.

    Que direita?

    O texto estereotipia o conceito de direita associando a questão econômica e de falsa luta de classe, quando na verdade a direita tem principos muito mais amplos.

    O intervencionismo estatal diminuiu ou aumentou durante o século XX? Ele só aumenta nunca retrocedeu. a realidade nos mostra que a cada dia o estado avança sobre as liberdades do individuo.

  8. A Direita  alem de ter  mais

    A Direita  alem de ter  mais dinheiro , tem mais apoio  de  imprensa  mult nacionais, governos  de direita  como dos  EUA  inglaterra , que  sao os dois principais  fomentadores  de  ataques  a esquerda,  contam tambem  com  serviços  secretos  como  CIA  FBI  SNA, e  outros  de  outros  países que  vivem babando o ovo  deles,  entao  a  direita   nao é apenas um  partido mundial, é uma  REDE  DE CORRUPÇAO, qued  se alastra pelo mundo todo.Todos nós sabemos que  a briga  é  desleal,  a direita  ha muito tempo vem  sendo   orquestrada pelos  EUA,  ela  esta  em toda parte. so nao conseguiram  entrar  na  Russia, mais na Alemanha  com essa tal de  Merckel,  a direita  ja  deita e rola.  Estao tentando furar isso com  a  infiltraçao na  Ucrania, mais a  Russia  nao vai pérmitir, nunca  que eles  tomem conta da  Ucrania, é um país muito vizinho e  vai por em risco a sobrevivencia  russa. e a ameu ver  a  Russia  tem que tomar medidas  drasticas  se for  preciso, mais nao esperar para ver o que vai acontecer. porque pode  ser muito tarde. A Direita  no mundo comanda o trafico de drogas, contrabando, ela quer  o que  dé mais  lucro  para ela, e  maconha e cocaina  sao sao  favoritos, alem do principal  as armas. Se  produzi 100kg  de  maconha fica mais  barato para a direita do que  fabricar uma arma.  A Cocaina e a maconha  é isenta de impostos, porque é clandestina. O pior  é que  esses traficantes poderosos  que sao os mesmos  magnatas  das industrias  belicas e outras,  vivem  sob  a proteçao do estado americano, e  ninguem se mete contra eles  pois  sao poderosos, tao póderosos  que podem  matar  ou  destituir  Obama  se for preciso. 

  9. Ë propaganda

    Desde 1940 a direita percebeu que corria o risco de o povo tomar o poder, corriam o risco da democracia prevalecer, e a partir disso investiram tudo. Dinheiro nuca faltou mas tinha que ser usado com uma lógica de propaganda bem forte. Muita propaganda e permanente. O pig, por exemplo, e seu joranlistas miquinhos.

    Mas o que me impressiona na direita é a sua capacidade de explorar, digamos, escravos que admirram os donos da senzala. Todo o seu exercito de colaboradores, enorme, é pobre e humilde. A bincadeira do Tim Maia que dizia que só no Brasil havia pobre comunista retrata na verdade todo o mundo. Robeert Fields saiu do Brasil ex seminarista pobre e de familia pobre e se encantou e se enamorou do poder e domínio americano, prestigiando as medidas de cerceamento economico ao Brasil, daí seu ódio a Petrobrás em associação com o globo, e levou-as consigo sempre. A europa, seu povo ainda humilde, sofreu um saque estrondoso por parte dos bancos, ontem  mesmo, cai para a pobreza, e aparentemente não sabe nem reage, não toma conhecimento ainda vota na direita, não gosta de comunista. O eua, quem diria , empobrece e é obrigado a assistir a cnn dando vivas à turma promotora do desastre. Max explica.

    Só o tempo poderá salvar as esquerdas. 

    1. partindo de casa grande &

      partindo de casa grande & senzala também observo, na senzala, além de precavida subserviência, o atulhamento cerebral TELEVISIVO dos senzALADOS, depois de APROPRIAÇÕES, destruições, proibições, feitas pelos eurocêntricos a seus cultos & culturas.

      uma doméstica rechaçou sugestão pra votar em lula por MANTER ANTIGAS esperanças: “o que um pobre que nem eu tem pra me dar?”

      talvez por isso no brasil fecunde mais o populismo getulista janguista lulopetista

      que o  DESTRO /  SINISTRO dirigismo

      no distendido arco armado de destros MILITARES GOLPISTAS a canhotos DIRIGENTES MARXISTAS

      E VIVA O MST!

  10. acompanhando o desenrolar das

    acompanhando o desenrolar das revoluções como a francesa  – substituindo aristocracia herdada por burguesia empreendedora –  e a russa, trocando aristocracia/burguesia da grana por burocracia do intelecto  –  fica claro que os VALORES culturais, próprios da cultura dominante ANTES do guerreiro pegapracapar, acabam REVALIDADOS nos circuitos fechados do novo PODER

    como é PRODUZIDA menos por corpos atuantes do que por cérebros pensantes, a ideologia depende de fontes + ou – localizadas & controladas CULTURALMENTE COMUNICANTES

    quando editor de cultura do semanário OPINIÃO – contra a ditadura de direita pela esquerda – notei o quanto era copiada a visão RELIGIOSA destacando OS ESCLARECIDOS (os halos na cabeça dos santos…) d’ OS OBSCURECIDOS carentes dos refletores do mais receitado produto da eurocêntrica civilização: EDUCAÇÃO

    não esqueço uma investida do pessoal de esquerda do pasquim, para adequar trecho duma entrevista do henfil à compreensão dos que NOS APOIAVAM nem da revolta dos medalhões da ESQUERDA CULTURAL contra um editor de cutura que não se dava conta da conveniência (circunstancial?!) de não criticar (DIMINUIR?) os NOSSOS para não VALORIZAR (engrandecer?) os DELES.

    desde então não encaro a POLÍTICA como disputa prezados X menosprezados ou esclarecidos X obscurecidos, APENAS como democrática NEGOCIAÇÃO entre interesses conflitantes. me considero DE ESQUERDA justamente por me chocar com a CULTIVADA desigualdade social que geometriza sociedade humana em rígida PIRÂMIDE

    e voto dilma 13 pt 2014 

  11. corações e mentes

    A esquerda estava ganhando algum terreno até o meio do século 20  quando havia discussão e reflexão, quando as pessoas do povo e da classe média  estavam se informando sobre como a coisa toda funciona: mais valia, meios de produção, etc. Eu que sou da geração coca-cola, só perto dos cinquenta anos  é que comecei a pensar um pouquinho, graças a internet. Mas doutrinação panfletária não vai reverter essa ignorancia toda, na qual me incluo. Não dá para aguentar pco, psol, pstu. Neste ponto prefiro a esquerda cor de rosa e voto feliz da vida no PT e PCdoB.

  12. “Por que as esquerdas

    Por que as esquerdas (especialmente, a social-democracia) continuam perdendo?

    esta questão de concurso público eu sei de cabeça… aliás, é a única questão política que eu sei responder – porque li de quem testemunhou a sua luta ideológica-religiosa de dentro das engrenagens políticas leninistas-stalinistas – sem precisar de cola ou de estudar para concurso público federal:

    … continuam perdendo, por que!!?! por que!!?!! (no meio do jantar francês da historinha comunista dará-se a revelação/resposta bombástica):

    “Durante aquele jantar Luis Miguel, com aquele finíssimo instinto que o caracteriza e o cinismo do qual faz alarde, certamente com o intuito de se proteger e se garantir, prognosticou – a Domingo e a mim – um imediato desengano no caso de vitória dos nossos (comunistas). “Vocês não amam o poder – dizia Luis Miguel – mas é o poder a única coisa que importa. Vocês são visceralmente homens da oposição, da luta contra o poder e não da luta pelo poder. Hoje vocês estão contra Franco, amanhã estarão contra Carrillo se este vier a encarnar o poder. Comigo dá-se o contrário: sou sempre do lado do poder.””

    Autobiografia de Federico  Sánchez. Jorge Semprúm. Trad. Olga Savary. Editora Paz e Terra, 1984. (livro novo pero amarelado com manchas do tempo… R$. 5,00 na bacia das almas, na livraria do MST no Bixiga, São Paulo).

  13. Meio mimimi

    Fica-se sempre nessa tese autovitimizadora de que as coisas acontecem por forças externas, no caso o poder da mídia e do capital.

    E por acaso esses poderes eram menores no tempo de ascensão da esquerda (através do uso de sindicatos e propaganda boca-a-boca) dos anos 1960 a 1980?

    E por acaso existe algum tipo de censura (não confundir com espionagem) ou de liberdade partidária hoje em dia? (Na Rússia e China há…)

    Autocrítica mandou lembranças…

    O maior problema da esquerda é que muitas vezes seu discurso assusta mais que atrai.

    Perdeu um tempão defendendo regimes totalitários e que reprimiam a religião.

    E ultimamente perde um tempão defendendo… regimes que favorecem fundamentalismo religioso.

    Fixa-se nessa discussão (importante mas não a única) sobre quem detém a posse de capital.

    E esquece de perguntar para as pessoas o que elas querem (além de justiça social): liberdade (de religião e comportamental), possibilidade de empreendedorismo, eficiência.  

    É um discurso ao mesmo tempo messiânico e contraditório. Que circula e se autoalimenta em pequenos círculos. Não tem conexão com a sociedade.

    Até do meio-ambiente andou se esquecendo.

    Como querer que alguém dê importância? 

    Tem muitas coisas válidas e valiosas no discurso de esquerda, mas se perdem por esses erros.

    E sempre e sempre culpando os outros, nunca há espaço para se reconhecer erros próprios.

    O discurso do capital e da mídia não é vencedor só por ter mais dinheiro.

    É porque é melhor articulado mesmo.

  14. Não é a esquerda que está

    Não é a esquerda que está perdendo, é a Dilma. Uma esquerda mal administrada, acaba dando combustível para a direita. Queria ver se o Lula estivesse no poder alguém dizer que a esquerda estava perdendo alguma coisa.

    A esquerda precisa ou do Lula de volta ou de outro Gênio para colocar no poder, e com urgência.

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