Posse de Ramagem é suspensa por ministro do STF

Segundo ação movida pelo PDT, a indicação de Ramagem para o comando da PF é "abuso de poder por desvio de finalidade"

Jornal GGN – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspende nesta quarta (29) a posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.

O magistrado atendeu a um pedido do PDT, que entrou com ação na Corte alegando “abuso de poder por desvio de finalidade”. Ramagem era chefe da Abin, trabalhou na campanha de Jair Bolsonaro e é amigo pessoal do filho do presidente, Carlos Bolsonaro.

Sua indicação ganhou os holofotes da mídia depois que o ex-juiz Sergio Moro saiu do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal, com o intuito de ter acesso a informações privilegiadas de investigações em andamento.

​”Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto [de nomeação, que saiu na terça-feira, 28 de abril] no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, escreveu Moraes.

Redação

6 Comentários

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  1. – Entendo que esse é um precedente perigoso, embora no momento possa nos causar satisfação. A saber, o judiciário está interferindo indevidamente em atos da administração pública e ademais, se os argumentos valem para um, deveria também valer também para o judiciário, que pratica atos iguais ou mais vexaminosos ainda todos os dias, bastando atentar para as nomeações dos afamados assessores e diretores que pululam por lá, inclusive no STF. Uma indicação que pode ser notada por todos: aqueles caras no Supremo, que ficam com aquelas capas “pequenas” e atrás das cadeiras dos ministros, para ajudá-los a levantar ou sentar, porque como todos sabemos esse é um ato muito difícil de se fazer, aqueles caras, conhecidos como “morcegos”, são, eles mesmos, assessores e com salário de cerca de R$15000,00!!! Isso pode?

  2. Não sou da área, mas desconfio que o abuso de poder ocorreu na retirada de um para colocação de um outro de sua preferência…
    o agente público que atua sobre outro com base apenas em suas preferências, atua contrariamente ao interesse público

  3. Acho bastante engraçada essa expressão “amigo pessoal”. Todo amigo é pessoal. Ou alguém conhece ou tem um amigo impessoal? Me desculpe, mas acho que amigo íntimo ficaria melhor.

  4. O STF mais uma vez faz política no lugar de justiça.
    Esse mesmo ministro que deferiu a liminar, por exemplo, está lá por quê?
    O sujeito que foi impedido momentâneamente de assumir o cargo era,até ontem, um ocupante de cargo de confiança na ABIN,delegado da Polícia Federal, enfim,não tinha e não tem impedimento para assumir o cargo.
    Agora,se o ocupante da cadeira da presidência da República não tem condições de governar isso é um problema do povo brasileiro.
    Não dá para um poder ficar dando rasteira no outro.
    Já basta o que foi feito com a presidenta Dilma e com o presidente Lula.
    Não vamos nos empolgar com esse tipo de atitude porque ela não visa a democracia, pelo contrário, ela é, assim como esse governo, uma continuidade do golpe,só que,com outra roupagem.

  5. Por que não se vota logo no judiciário? Impediram Dilma de nomear Lula, agora isso, por mais que abomine esse desgoverno não posso concordar….fazer juízo da atuação por antecedência é preconceito, e vale para A e para B…..e como os governadores nomeiam os delegados gerais e comandantes da pm? Devem nomear os inimigos, só pode…. nomeação é uma coisa, interferência em investigação é outra…

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