Procurador-geral é o termômetro da crise em torno de Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Augusto Aras, o procurador-geral da República, é o “termômetro da crise política” que pode custar a cadeira de Jair Bolsonaro. Para saber quando e se as condições ideais para um impeachment, por exemplo, estarão dadas, é só observar se Aras vai partir para cima de Bolsonaro, ou continuar levando as acusações contra o presidente em banho maria.

Essa é a visão dos professores de ciência política Fabio Kerche (USP) e Marjorie Marona (UFMG). Em artigo divulgado na Folha desta terça (12), eles analisaram os movimentos “habilidosos” de Aras. O PGR tem preocupação em não entrar em conflito direto com Bolsonaro, caso contrário, não será reconduzido ao cargo no próximo ano.

Por isso, Aras “segue como o último homem de Bolsonaro. Se ele atuar de forma agressiva contra o presidente, como faziam os PGRs escolhidos pelas listas tríplices, haverá um forte sinal de que percebeu que Bolsonaro não se segurará por muito tempo no cargo. Se ele o proteger, mantendo a tradição do engavetador-geral da República, há um indicador de que Bolsonaro ainda tem força para se manter na Presidência. Aras é uma espécie de termômetro da crise política: fiquem de olho nele.”

Os movimentos de Aras ficaram claros nos dois inquéritos que podem render punições duras a Bolsonaro. No caso das manifestações antidemocráticas – que contou com a participação do presidente – Aras decidiu investigar a organização do evento, e não quem marcou presença. Já no caso Sergio Moro, decidiu investigar também o ex-juiz.

O GGN vai investigar e contar a história de Sergio Moro sem os retoques da grande mídia. Saiba mais aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Nessa guerra do “faz de conta”, onde as armas indicadas seriam espadas longas, baionetas e sabres, usadas em curta distancia, fingem lutar. Moro X Bolsonaro e Aras X Bolsonaro usam pequenos alfinetes e mantêm distancia segura (indicada para o distanciamento do COVID19) e promovem um grande circo de enganação. Tudo para assanhar a legião de psicopatas país a fora. Com isso, formam uma grande cortina de fumaça e desviam as atenções das graves irregularidades praticadas por esse governo tresloucado.

  2. O burro e a cenoura

    1) 02.10.2019 – Posse de Augusto Aras – “Na posse do novo procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ressaltou a importância de investigações por parte da instituição, mas fez um apelo para que o governo federal seja avisado de eventuais erros a fim de corrigi-los antes que uma possível sanção seja aplicada.” (…) “Bolsonaro abriu o discurso afirmando que foi “amor à primeira vista” com Aras.” (UOL)

    2) “O PGR tem preocupação em não entrar em conflito direto com Bolsonaro, caso contrário, não será reconduzido ao cargo no próximo ano.” (GGN)

    3) Se, além de não entrar em conflito, fizer cara de paisagem para a manada de elefantes na sala, o PGR ganha ou a recondução ao cargo (menção honrosa), ou ainda a jóia da coroa, uma cadeira no STF (medalha de honra ao mérito). Aos 61 anos, tem uma longa trajetória até os 75.

    4) No presente caso, são duas as cenouras na frente do burro.

  3. Nessa briga entre o bozo e o moro, torço pela pipoca.
    É sentar-se calmamente no sofá, relaxar e assistir.
    Raquel manteve o tenebroso em fogo brando até o fim de seu mandato e nem denúncias com provas, confissões e malas de dinheiro tiveram o condão de estremecer a capa vermelha do nobre vampiro.
    Por que o cachorro barbado que “denuncia” o bozo faria diferente? Ele tem o dever funcional de mandar investigar denuncias de irregularidades ocorridas no poder sob pena de prevaricação, e obrigação pessoal de proteger o presidente, e ele o fará. Mais pode o bozo e seu procurador geral do que o falecido moro, que ainda não percebeu que caiu.

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