A frase foi usada numa audiência recente para rebater uma sugestão do próprio doleiro para que fosse ouvido junto com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, num momento em que a proposta de acareação era contestada por alguns dos participantes do interrogatório.
Procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato acompanharam a audiência, além de advogados do doleiro. Uma gravação com um trecho da audiência foi divulgada na semana passada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
No vídeo, em que apenas o rosto de Youssef aparece, um dos presentes atacou a sugestão da acareação sugerindo que ela poderia trazer complicações: “Esse é o tipo de coisa que, quanto mais mexe, pior fica. Se volta, muda, aí pronto… A questão toda”.
Em seguida, outro participante do encontro, que Mendonça identificou como Flores, comentou: “É a teoria bosta seca: mexeu, fede”.
A Folha perguntou a Mendonça quem era o autor do primeiro comentário, mas ele pediu que a pergunta fosse feita à assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República. A assessoria informou que não tinha conseguido identificar o autor até a noite desta segunda-feira (1º).
Na audiência com Youssef, pouco antes dessas manifestações, o procurador Mendonça reconheceu que havia divergências entre Youssef e Costa sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o senador Edison Lobão (PMDB-MA), e lembrou que houve tentativas de esclarecer as contradições, sem sucesso.
“Aí essas coisas a gente perguntou, reperguntou… Chega um ponto que também não dá para a gente também… Se não, a gente vai estar até pressionando o senhor”, afirmou Mendonça.
Na quarta (27), Mendonça negou desinteresse na acareação. “Nosso objetivo é chegar à verdade e não descartamos a acareação”, afirmou. O advogado Luiz Gustavo Flores disse que prefere não se manifestar sobre o caso.
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Sempre achei que leitor da
Sempre achei que leitor da folha era fedido mesmo…
Pega na me tira
Como uma acareação é uma espécie de pega na mentira, os procuradores da força-tarefa do MPF sabem que os delatores mentiram de forma desavergonhada e por isso não querem mexer na “bosta seca”..,,,e pau no Vccari pq o povo precisa gozar.,,
Esses procuradores parecem
Esses procuradores parecem que estão sem ter o que fazer enquanto que a ação da Operaçào Zelotes está precisando de mão de obra, será que não tem como mandar pelo menos um pra ajudar, ou será que tem medo da Globo não gostar..,,,e pau no Vaccari pq o povo precisa gozar..,,,,
Pode até ser que queiram
Pode até ser que queiram chegar a “verdade”. Mas um tipo especial de “verdade”: aquela que só interessa a eles. Se fosse sincera essa exortação, jamais abdicariam, até mesmo exigiriam, a acareação entre os dois delatores. Há contradições chocantes e que tocam no essencial de algumas denúncias.
Da mesma maneira que dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço, duas narrativas conflitantes feitas sobre um mesmo fato não podem ser ambas a expressão da verdade. Um dos delatores mentiu, isso é raso. Só um parquet imbuído de fazer valer o que acham ser o certo engole uma contradição tão flagrantes.
A pergunta final e crucial é: será que o Poder Judiciário, a começar pelo Juiz condutor, vai coonestar tal absurdo? E os tribunais superiores, a quem cabe a responsabilidade final, irão reparar a lambança?
O Ministério Público incide num erro crasso ao querer se tornar um fim em si mesmo; ao buscar quase no nível do desespero o reconhecimento da sociedade e os holofotes da mídia.
Ah, a vaidade, a suprema vaidade!