Projeção para safra agrícola chega a 247,4 milhões de toneladas

Dados divulgados pelo IBGE apontam crescimento de 0,6% da colheita brasileira em relação ao visto em maio, e de 2,5% ante o projetado em 2019

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A safra brasileira de grãos deve chegar a 247,4 milhões de toneladas em 2020, segundo prognósticos divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O montante divulgado corresponde a um aumento de 0,6% em relação ao visto em maio, e de 2,5% (ou 6 milhões de toneladas) na comparação com a colheita de 2019.

O aumento na base anual é decorrente do acréscimo na projeção de colheita para a soja (alta de 5,6%, ou 119,9 milhões de toneladas) e para o algodão (0,4%, ou 6,9 milhões de toneladas a mais). A estimativa de produção de trigo encontra-se 33% maior (7 milhões de toneladas) que a do ano passado.

Na comparação mensal, a variação de 0,6% da safra de grãos decorre do aumento na estimativa de soja (547,3 mil toneladas), do milho de 1ª safra (160,8 mil toneladas) e o de 2ª safra (647,7 mil toneladas), da cana-de-açúcar (11,9 milhões de toneladas), e do trigo (82,7 mil toneladas).

Em 2020, o IBGE projeta crescimento na produção de quase todas as regiões do país, em especial no Nordeste (14,3%), Sudeste (7,8%) e Norte (7%). No Centro-Oeste, maior produtor do país, a safra deve crescer 3,8%, somando 115,8 milhões de toneladas.  Na região Sul, a colheita deve recuar 4,7% (73,6 milhões de toneladas).

 

 

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Redação

1 Comentário

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  1. Com o isolamento social/quarentena, a safra deveria ser menor do que no ano passado, mas, paradoxalmente, vai ser maior. Isso comprova que a jornada de trabalho pode ser reduzida sem prejuízo para a sociedade e que a quarentena não prejudica a economia e o bem-estar geral social.

    Esse fato remete só seguinte trecho de Elogio ao Ócio, de Bertrand Russell:

    “sem ocasionar prejuízo algum à civilização.

    A técnica moderna permitiu diminuir enormemente a quantidade de trabalho requerida para assegurar o necessário à vida de todos. Isso ficou evidente durante a guerra. Naquele momento, todos os homens das forças armadas, todos os homens e todas as mulheres ocupados em produzir munição, todos os que espionavam ou faziam propaganda de guerra e todos os oficiais de Governo conectados com a guerra — todos foram retirados das ocupações produtivas. Mesmo assim, nos países aliados, a qualidade de vida dos assalariados sem instrução atingiu um patamar superior do que antes da guerra ou depois dela. O significado desse fato foi ocultado pelas finanças: os empréstimos fizeram parecer que o futuro estava alimentando o presente. Tal fato era logicamente impossível: um homem não pode comer um pão que ainda não existe. A guerra mostrou de uma vez por todas que, por meio da organização científica da produção, as populações modernas podem manter boas condições de conforto se usarem uma pequena parte da capacidade de trabalho do mundo moderno. Se, no final da guerra, a organização científica, que fora criada com o intuito de liberar homens e mulheres para tarefas de guerra e produção de munição, tivesse sido preservada, e se as horas de trabalho semanais tivessem sido cortadas para quatro, tudo teria permanecido bem. Contudo, ao invés disso, restaurou-se o velho caos: aqueles que trabalhavam eram demandados a trabalhar por longas horas e o restante ficava à míngua sem ter um emprego. Por quê? Porque trabalhar é um dever e uma pessoa não recebe um salário em proporção ao que ela produz, mas em proporção à virtude exemplificada por sua industriosidade”.

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