Projeto Verde? Subaproveitada 60% da reciclagem de SP

Nassif, li o artigo publicado hoje sobre o “projeto verde”.

A realidade afugenta todos os verdes que conheço.

O resultado dessa fuga da realidade é algo parecido com o que segue noticiado mais abaixo.

Portanto, qual é, na verdade, o “projeto verde”?

Um dos “verdes” mais conhecidos, que já foi “vermelho”, é o secretário do verde (desculpem a repetição) e de meio ambiente da cidade de São Paulo, Eduardo Jorge.

Essa secretaria não tem nenhuma gestão sobre a questão dos resíduos sólidos, um dos principais problemas ambientais não só de SP, mas do Brasil.

Olhem só:

“Os serviços de limpeza urbana da cidade de São Paulo utilizam 5,3%, e os de manejo de resíduos sólidos urbanos, cerca de 3,3% dos recursos do orçamento municipal, dos quais mais de R$ 725 milhões por ano com a coleta de resíduos urbanos que é totalmente privada (SNIS, 2010). Segundo Selur/ABLP (2010), o gasto per capita com serviços de limpeza urbana na cidade de São Paulo é de R$ 73,63, muito abaixo de outras cidades globais como Tóquio (R$ 1.036,48), Cidade de México (R$ 632,32) e Nova York (R$ 239,56).

A Secretaria de Obras e Serviços, por meio do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), é responsável pelo gerenciamento dos serviços de limpeza urbana da cidade: coleta de resíduos de saúde, domiciliares e seletivos, varrição de vias públicas, lavagem de monumentos e escadarias e remoção de entulho.”

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142011000100010&script=sci_arttext

Problema ambiental não é problema dos verdes?

Nunca vi o verde Eduardo Jorge, talvez o vice do Serra…solicitar ou apoiar a decisão de transferir para a SVMA a gestão dos resíduos sólidos.

Enquanto essa temática estiver sob responsabilidade da Secretária de Obras e Serviços, não teremos avanço algum aqui em São Paulo.

A realidade está gritando isso.

É um fracasso total a coleta seletiva, a educação ambiental e a reciclagem na cidade de São Paulo.

Gustavo Cherubine.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,subaproveitado-60-de-residuo-reciclavel-vai-para-lixao-,840899,0.htm

Subaproveitado, 60% de resíduo reciclável vai para lixão
Só 214 das 15 mil toneladas de lixo produzidas por dia são encaminhadas para reciclagem na capital
27 de fevereiro de 2012 | 3h 03

O Estado de S.Paulo

Pelo menos 60% do lixo reciclável separado pelos moradores em suas casas vai parar no lixo comum. Contratadas para fazer a coleta seletiva porta em porta, as duas concessionárias responsáveis pelo serviço, Loga e Ecourbis, afirmam ter dificuldades no descarte. Falta espaço, estrutura e mão de obra para as centrais de triagem receberem o volume recolhido em São Paulo. Há dias em que os caminhões de coleta não deixam a garagem.

O problema se arrasta desde o ano passado, quando as cooperativas conveniadas à Prefeitura passaram a trabalhar no limite da capacidade. Segundo o contrato de concessão vigente até 2024, Loga e Ecourbis devem levar o lixo coletado a uma dessas 21 cooperativas. Muitas delas, no entanto, não contam sequer com esteiras para separar o lixo. A Prefeitura é responsável por entregá-las aos catadores.

Oficialmente, só 214 das 15 mil toneladas de lixo produzidas por dia são encaminhadas para a reciclagem e esse porcentual de apenas 1,4% não é todo reutilizado.

Segundo a Loga, o refugo (sobra) das cooperativas chega a 60%. Na conta do desperdício, além da falta de estrutura, há outros dois problemas: materiais malconservados e interesses do mercado. Se o preço do plástico, por exemplo, está em baixa, o produto é descartado.

Também acontece de o caminhão não recolher os sacos deixados pelos moradores. Bairros da zona sul atendidos pela Ecourbis, como Moema e Vila Mariana, são alguns dos que mais sofrem. A empresa assume que deixa de passar quando não encontra espaço nas cooperativas.

As centrais de triagem reivindicam esteiras, uniformes e reformas para aumentar a capacidade. Na zona leste, as cooperativas Chico Mendes e a Cooperleste, ambas na região de São Mateus, ainda separam o lixo manualmente. A falta de estrutura atrasa o serviço, afasta funcionários e reduz os lucros.

A Prefeitura informa que investe R$ 1,6 milhão por mês no apoio às cooperativas e, quando identifica irregularidades, multa as empresas de coleta. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços, foram 139 multas desde 2010. A administração afirma que apenas 20% do lixo domiciliar é passível de reciclagem – desse total, 8,5% seria separado.

A Secretaria diz que estuda modificar a legislação que impõe a entrega do material reciclável apenas às cooperativas conveniadas. O objetivo é criar uma “porta alternativa” para que a coleta não seja desperdiçada. / A.F.

Redação

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