Pronunciamento de Guedes não é surpresa, diz Sindireceita

Sindicato dos Analistas-Tributários da Receita Federal repercute declaração do ministro da Economia, que comparou funcionalismo público a parasitas

Jornal GGN – O ministro da Economia, Paulo Guedes, cometeu um “lapso de sinceridade” nesta sexta-feira: em evento sobre as reformas, o ministro comparou os servidores públicos a parasitas, que estão matando o governo ao receberem reajustes automáticos enquanto estados estão quebrados.

Entidades sindicais ligadas ao funcionalismo público repercutiram a tal pronunciamento com repúdio. Em nota, o Sindireceita (Sindicato dos Analistas-Tributários da Receita Federal) afirma que essa referência aos funcionários públicos não foi uma surpresa, pois “é exatamente assim que ele, e muitos de seus colegas de governo, pensam”, e nenhuma forma de reconhecimento, consideração ou respeito é esperada.

“Afinal, somos o Estado. Sai governo, entra governo, permanecemos aqui, garantindo a democracia, cuidando da saúde de todos brasileiros que não podem pagar um plano de saúde, levando educação às suas crianças que não encontram oportunidades nas escolas particulares, evitando que epidemias venham a arrebatar milhares de vidas a cada surto, lutando e morrendo a cada dia no confronto direto com o crime organizado, mantendo as garantias judiciais essenciais à cidadania, arrecadando os impostos que financiam as aposentadorias, os programas sociais, tudo aquilo que traz algum alento de equidade a um país miseravelmente desigual”, afirma o Sindireceita.

A entidade ressalta que os únicos organismos atacados pelos servidores públicos “parasitas” são “os corpos podres da corrupção, do crime organizado, dos oportunistas que pilham os cofres públicos”. “Somos o obstáculo aos arroubos ditatoriais, a garantia do Estado Democrático de Direito, o muro que resiste à retirada progressiva de direitos do cidadão comum”.

A entidade ressalta que o “bombardeio de mentiras” faça com que aqueles que precisam dos serviços públicos acreditem que o Estado e seus agentes devam ser liquidados. “Pena que essa nação só venha a sofrer as consequências da obra de Paulo Guedes daqui a 15 ou 20 anos, quando as aposentadorias forem miseráveis, quando não restar mais qualquer direito para o assalariado e o Estado servir apenas aos governantes. Pena que a memória desse país seja tão curta e que acabemos sempre nas mãos dos oportunistas de plantão”.

Redação

9 Comentários

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  1. Violência verbal do governo é despistamento…………………….
    já antecipei que teríamos uma onda de ofensas e não deu outra, tivemos

    ordem foi para atacar a estabilidade, conseguir apoio dos seguidores fanáticos e da mídia de sempre, para depois demitir funcionários públicos antigos visando tão somente abrir caminho para a militarização completa de toda máquina pública
    (ensino, saúde, controle de capital, correspondência privada e comunicações)

    o pior ainda está por vir e virá de fora como o golpe

  2. Juízes são funcionários públicos. Algum juiz reclamou dessa estupidez dita por Guedes?
    Gente das Forças Armadas, incluindo o almirante, o general e o brigadeiro, são funcionários públicos. Algum deles reclamou dessa babaquice dita por Guedes?

    1. não reclamaram porque eles não se consideram nem são conceituados como povo…………..

      recomendo aos especialista que se liguem nas novidades da guerra híbrida, nas alterações e adaptações para o Brasil……………………………..é o povo brasileiro que está sendo controlado e incapacitado, ou politicamente destruído, incluindo os que se manifestaram em 2013 como “tropa de assalto”
      não o Brasil em si

  3. Esse verme, que enriqueceu às custas da exploração de outros (ajudou “desaparecer” com a poupança de uma geração de trabalhadores chilenos, que ficaram na sarjeta e têm que ser socorridos pelo governo), tem alguma moral para chamar alguém de parasita? Inconscientemente, está atribuindo o que ele é, a quem ele quer prejudicar. Como fez o FHC, quando chamou os aposentados de vagabundos. Parasitas e vagabundos são os banqueiros a quem eles bajulam e servem!

  4. Guedes é investigado (a sério?) de enriquecer fraudando fundos de pensão do que ele chama de “parasitas”.
    Servindo a um sociopata eleito que viveu toda a sua vida de dinheiro público.
    Um dooH niboR…

  5. Recebi a seguinte msg para repasse, sem autor identificado:

    “Sou servidor público!
    Minha estabilidade foi gerada pela natureza do trabalho que desenvolvo, sempre seguindo os critérios da legalidade e os princípios éticos.
    Não devo ficar à mercê da esquerda ou da direita estarem no poder.
    Não posso ter o cargo ameaçado porque atuei de forma contrária aos interesses de grupos empresariais ou de partidos políticos.
    Pago 14% de contribuição previdenciária sobre o total do que ganho e não apenas sobre um teto.
    Contribuição essa, importante destacar, que nunca se acaba, pois sou um contribuinte previdenciário *VITALÍCIO*!!! Portanto, minha aposentadoria sou eu mesmo que pago, não se trata de nenhum “peso” extra para os cofres públicos.
    Não tenho e nunca tive FGTS. O meu patrão, a União (Estado ou Município) tem, portanto, *esse refresco tributário de 8% sobre o total de sua folha de pagamento*.
    Não sonego impostos.
    O imposto de renda já vem retido na fonte!
    Não invento despesas.
    Todos os anos faço minha declaração de renda, ao contrário de muitos empresários que burlam o sistema, além de receberem gordos incentivos e isenções fiscais.
    É injusto e covarde ver campanhas desmoralizando o servidor público!
    Não se deixe enganar: a quebra da previdência e das finanças públicas é resultado de renúncias fiscais (perdão de dívidas milionárias de empresas), de isenções bilionárias, de inadimplência dos grandes devedores, bancos principalmente, da contribuição patronal do INSS, além do uso indevido da verba e da má administração dos recursos públicos…
    *A crise econômica e política, a falta de acesso à saúde e demais serviços por parte da população, não é culpa do funcionalismo público concursado”

  6. O verme e os parasitas. Ou: entre tchutchucas e tigrões. (*)

    É enfadonho constatar que no Brasil, de tempos e tempos, surgem alguns autoproclamados geniozinhos da tecnocracia econômica; na verdade homúnculos medíocres que se acham a última bolacha do pacote.
    Essas modorrentas criaturas, excretadas do ventre prostituído do mercado financeiro, superautoestimadas por terem cursado o maternal com Tio Sam (e amealhado alguns cobres no mister especulativo, sem jamais terem produzido um alfinete sequer), em seus quinze minutos de empulhação cívica, sempre trazem danos profundos à vida real dos brasileiros. Alguns deles, exaurido seu ciclo de vida fugaz, ainda perambulam por aí como mortos-vivos – quase ninguém lembra seus nomes –, deprimidos em autoexílios; deprimentes em especulações encomendadas; ou depressivos acumuladores em suas fábricas de bolhas. Um, promoveu hiperinflação; outra, sequestrou a poupança; outro, ainda, ajoelhou para o FMI; um beltrano vendeu estatais lucrativas a preço de banana; e por aí seguimos… Tchutchuquinhas rastejantes e mimadas que se enxergam tigrões.
    Nenhum deles jamais teve qualquer empatia com o povo; bastava-lhes ser “queridinho” do mercado. Sem voto, foram postos em seus postos. Postos Ipiranga. E – sempre -, após seus estragos, voltavam para o ostracismo ou para o ventre putrefato que os pariu. Vermes, na velha classificação de Lineu. Mas não invertebrados comuns. Vermes parasitas: além de nada produzirem, sugam os recursos dos professores, policiais, profissionais de saúde, atendentes públicos e privados, indústria, comércio, enfim, de todo um povo. E os drenam ao sistema financeiro parasitário. A estrutura da nação se precariza, adoece, na exata medida dessa drenagem vermicular.
    Feito o estrago, o asqueroso animalzinho, ao sair do generoso hospedeiro, volta a ser o que sempre foi: insignificante. E se torna um moribundo à espera de outro abestado, que provavelmente nunca mais encontrará.
    A bem do Brasil, oxalá que mais esse parasita seja logo expelido. E que, um dia, o País aprenda a se vermifugar preventivamente. De preferência, num posto do SUS, com remédio produzido pela ciência nacional, seguindo as lições de uma Tia de nossa rede pública.
    Que preguiça!

    (*) Autor: Parasita público estadual

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