Proposta de Moro vai gerar R$ 7,5 bilhões para indústria do tabaco

Na visão do governo, é melhor criar condições para que a indústria resolva o "problema" sozinha do que despender recursos em programas de combate ao contrabando

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – A ideia de Sergio Moro de reduzir os impostos sobre o cigarro deve gerar à indústria do tabaco cerca de R$ 7,5 bilhões de lucro. A informação foi revelada pela Folha no sábado (4).

Quando criou um grupo de trabalho no Ministério da Justiça para discutir a proposta, Moro já tinha em mãos um estudo sobre o impacto da medida.

O trabalho prevê também o aumento de R$ 2,5 bilhões na arrecadação do governo, valor que viria da migração do consumo do cigarro ilegal para o legal, explicou a Folha.

Segundo o jornal, o “texto traz vários dos argumentos usados pelas empresas para questionar o aumento na tributação. O principal deles é que a elevação de impostos, realizada entre 2011 e 2016, levou a uma migração do consumo do cigarro legal para o contrabandeado.”

Os empresários também criticam a política de preços mínimos – hoje, cada maço parte de R$ 5.

“Com base em simulações, o estudo sugere manter a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas eliminar a regra de preços mínimos, o que levaria a um barateamento do produto. O objetivo seria aumentar o poder da indústria de concorrer com o mercado ilegal.”

Na visão do governo Bolsonaro, é mais “fácil” agir para que a indústria resolva o problema do que despender verba em programas para combater o contrabando.

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Redação

17 Comentários

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  1. o padrinho de casamento, o sucolouco, que intermediava as vendas de sentenças por 5 milhões de dolares, vai receber uma boa comissão com o recém criado escritório de lobby

  2. Com o ensino sem ideologia o fumo e seus benefícios deve ser incluído no currículo básico.
    Com liberação da maconha a arrecadação será tão significativa que a “reforma da previdência” será desnecessária.
    O câncer de pulmão, será debitado à ideologia comunista.
    Putz….resolvi todos os problemas!!!!

  3. Hoje vi uma mulher reclamar do preço cobrado pelo maço de cigarro importado vendido numa banca de CDs piratas na feira de domingo que frequento em Osasco.

    – TRÊS E CINQÜENTA é muito caro.

    Disse ela indo embora sem comprar o produto.

    Afundamos…

  4. Engraçado é que ultimamente todo assunto , sugestão, projeto de lei, etc… vindo da coligação lavajatense, sempre tem alguns bilhões envolvidos. O milhar e milhão já são café pequeno, o negócio agora é bilhões? Então, excetuando a grande parte interessada e espetacularmente beneficiada, quem mais ganha com isso?

  5. A hipocrisia do governo está em proibir a maconha e permitir o cigarro, os dois causam mal mais de longe quem mata mais é o cigarro, permitir a maconha acabaria com a figura do traficante, desafogaria o sistema prisional e geraria impostos, já pensou comprar maconha na farmácia? não se endividar com o traficante que te mata se não pagar? a guerra as drogas é uma luta perdida, o único caminho certo é a liberação.

  6. A felicidade estampada na cara de quem trabalha com a “lógica de milícia”: “deixar que a indústria resolva o problema”! Cheiro de sangue que se transformará em fedentina da putefração de cadáveres de cidadãos na bala do fuzil, na maçã do hospital, no bico da caneta dos cortes de verbas, na desfaçatez da entrega das bases econômicas nacionais e consequentemente afirmação do Brasil do carnaval, futebol, e agora paraíso fiscal, spa de banqueiros, petrolíferas, multinacionais… Tudo com a marca da cara colostomica do Bozo e trilha sonora da risada sinistra do Sílvio Santos! Moro, o lesa pátria!

  7. Só tem um problema que esse indivíduo está esquecendo. Está mostrando a incapacidade das nossas fronteiras. Como também é o caso das armas e das drogas.Quem trás esses produtos não são os traficantes. Todos sabemos disso. O povo pode até fumar um cigarro de melhor qualidade. Acredito também, em um maior consumo. Maior consumo significa; uma quantidade maior de doentes. Que com certeza a maioria deles estarão gerando despesas para o nosso sistema público de saúde. Acho que está faltando um pouco de massa encefálica nesse rapaz.

  8. Enfim, chegou a hora do brasileiro voltar a levar fumo.

    Para os fumantes antigos a modinha:
    “gente que sabe o que quer, fuma ministro!”

  9. Minha monografia foi sobre o contrabando de cigarros. A verdade é que o Brasil produz mais da metade do tabaco, o filtro e o papel utilizado na produção do cigarro contrabandeado. A indústria usa o contrabando para abrir mercados entre pobres e jovens, depois contrata uma série de estudos de especialistas (Curitiba, Paraná) para alegar os prejuízos do contrabando e com isso evitar a alta de imposto que as organizações de saúde preconizam.

  10. Cabe CPI.
    No mínimo, uma convocação do ministro no Congresso.
    Dinheiro público desviado para mãos privadas.
    Esta medida não vai afetar em nada o mercado clandestino. Vai apenas reduzir a arrecadação de impostos.
    Quem abastece o mercado clandestino é a própria indústria do tabaco. O produto é, rigorosamente, o mesmo.

  11. Eles não são nem medievais. Tinha o Santo Tomás de Aquino. Nem tudo foi treva.
    A genialidade está em fumar contrabandeado ou não, quando o problema é fumar ou não.
    Questão de saúde primária, da mesma fonte de cuidar de si. Fora o impacto no tratamento daqueles que desenvolvem doenças decorrentes do tabagismo, caríssimo.
    Médicos que se preocupam com o cotidiano dos pacientes em vez de ser daqueles interessadíssimos em passar logo pela faca – quanto pior, melhor – parece que se tornaram especilhos.
    Fuma-se por vários motivos. Relação entre fumar e oralidade. Psicanálise é muito pro Sérgio Conge.

  12. Na minha opinião, essa é uma ideia nada inteligente, de beneficiar com bilhões a indústria do câncer de pulmão, para contrabalançar a venda ilegal de cigarro. Melhor seria fazer um trabalho realmente profissional e bem feito nas fronteiras, por parte de quem quem comanda a PF. Caso contrário, essa medida, paliativa e inútil, ao final nociva à Saúde dos Brasileiros, ficará parecendo um arremedo para esconder a ineficiência da gestão do Estado nessa prevenção. E também em termos de orçamento público, me parece completamente descabida. Ou seja, ideia burra. O ministro da justiça ganharia pontos, se retirasse a proposta e reconhecesse voluntariamente o seu desacerto.

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