PSL prevê resistência de bancada à reforma da Previdência

Dos 52 deputados que compõem o partido do presidente na Câmara, 16 são policiais e 5 militares 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Jornal GGN – O grupo de militares que compõe a bancada do PSL na Câmara dos Deputados deve resistir à proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, um levantamento feito informalmente por parlamentares indica que os deputados do partido do presidente não entram em consenso sobre o tema, quando o assunto é a mudança previdência dos militares. O PSL tem 52 deputados da Casa, 16 policiais e 5 militares.
Nesta segunda-feira (21) o presidente em exercício Hamilton Mourão defendeu mudanças nas regras de aposentadoria da classe, ampliando de 30 para 35 anos o tempo de permanência no serviço ativo, e o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão recebida por viúvas de militares.
Mourão explica que a mudança deverá vir acompanhada de um período de transição para aplicar o aumento. “Em tese, é um aumento, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”, afirmou, segundo a Folha de S.Paulo.
Há pouco mais de uma semana, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse à imprensa que o governo quer levar uma proposta única de Reforma da Previdência para o Congresso. O objetivo é evitar o vai e vem de medidas por categorias específicas. A previsão, é entregar a proposta ao Congresso na primeira semana de fevereiro, após o fim do recesso parlamentar.
A perspectiva, entretanto, é que a categoria dos militares fique de fora da proposta geral. Ao assumir o cargo de comandante do Exército, dia 7 de janeiro, o general Edson Leal Pujol se posicionou contra a reforma para membros da corporação. “A intenção minha, como comandante do Exército, se me perguntarem, [é que] nós não devemos modificar o nosso sistema”, disse à Agência Brasil.
Já, em entrevista ao jornal Valor, há duas semanas, Mourão afirmou que, realmente, o governo pensa em encaminhar separadamente ao Congresso proposta para os militares. Neste segunda, ao voltar a falar sobre o tema, completou que as alterações têm sido discutidas com as Forças Armadas.
Capitalização para todos 
Para a população não militar, a equipe Econômica estuda instituir o regime de capitalização. Nesse modelo, cada trabalhador terá uma poupança individual para aposentadoria. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a proposta irá “salvar as futuras gerações”, completando:
“O sistema de capitalização que estamos desenhando é mais robusto, é mais difícil, o custo de transição é mais alto, mas estamos trabalhando para as futuras gerações”, argumentou.
Redação

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