do Brasil de Fato
Quatro anos após crime de Mariana (MG), Vale amplia lucros e não garante reparação
A Barragem do Fundão, da mineradora Samarco/Vale/BHPBilliton, se rompeu em Mariana (MG) no dia 5 de novembro de 2015. Mais de 39 milhões de metros cúbicos de lama se espalharam pela bacia do Rio Doce, deixando um rastro de destruição que chegaria até o litoral do Espírito Santo.
Quatro anos depois, o rio está morto, atingidos estão sem casa, e famílias choram a morte de 19 pessoas. A mineradora, por outro lado, fechou o terceiro trimestre de 2019, com um lucro de US$ 1,6 bilhões (R$ 6,5 bilhões) e aumentou em 20,2% a extração de minério de ferro na comparação com o trimestre anterior.
O Brasil de Fato MG produziu um tabloide especial sobre os quatro anos do crime intitulado “A Vale destrói, o povo constrói”. O material especial narra a luta dos trabalhadores e o esforço dos movimentos populares para garantir uma vida digna às famílias atingidas pela lama.
Clique para acessar o tabloide especial
HISTÓRICO
A criação da Fundação Renova, para gerir as ações de reparação dos danos, não ajudou em nada, segundo os atingidos. Na direção, estão funcionários das empresas responsáveis pelo rompimento, Vale e BHPBilliton.
Em novembro de 2016, 22 pessoas e quatro empresas foram denunciadas por crimes na tragédia de Mariana.
Até hoje, ninguém foi condenado.
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