Quem são e o que pensam os cotados para substituir Mandetta

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Os médicos mais falados na imprensa defendem um equilíbrio entre saúde e economia e estudos para suspender isolamento em determinadas áreas

Jornal GGN – Luiz Henrique Mandetta está com os dias (ou minutos) contados. É o que afirma a imprensa na manhã desta quarta (15). Uma carta de despedida aos funcionários do Ministério da Saúde, escrita pelo seu braço direito na crise do coronavírus, já foi divulgada. E alguns jornais informam que os próprios aliados de Mandetta descartam Osmar Terra como substituto. Quem está no páreo para assumir o posto?

Duas figuras próximas ao governo estão entre os cotados. A imunologista Nise Yamaguchi, que caiu nas graças de Jair Bolsonaro por defender o uso da cloroquina no tratamento contra coronavírus, e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, que foi visto ao lado do ex-capitão furando o isolamento social em Brasília.

Mas outros dois nomes começam a ganhar mais destaque na imprensa.

O oftalmologista Claudio Lottenberg, presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Eisntein, é um dos candidatos.

Lottenberg é recém-filiado ao DEM de São Paulo, de olho numa possível chapa com o prefeito Bruno Covas (PSDB).

Em 25 de março, durante entrevista ao site Poder 360, o médico defendeu que o governo Bolsonaro e os estados deveriam parar de brigar por causa do enfrentamento ao coronavírus, mas ponderou que é preciso chegar a um meio termo entre saúde e economia.

Ele argumentou que diante da experiência da Itália, que mostrou ao mundo um maior índice de letalidade da COVID-19 entre idosos, “a ideia seria isolar grupos de pessoas, isso traria menor repercussão na economia.”

Bolsonaro é defensor declarado do isolamento seletivo de grupos de risco. E assim como o presidente, Lottenberg também afirmou: “Há de existir um alinhamento [entre os poderes, para o enfrentamento da pandemia], inclusive no aspecto econômico.”

A cardiologista dos hospitais Sírio -Libanês e Incor, Ludhmila Hajjar, natural de Anápolis (GO), foi uma das médicas recebidas por Bolsonaro no Planalto, sem a presença de Mandetta. Ela também está na lista de mais cotados para o cargo.

Ao Globo, ela se colocou “favorável ao isolamento como uma estratégia de contenção importante da doença”, mas ressalvou que “precisa ser uma estratégia de transição”, com “estudos sérios e simulações para oferecer à população uma saída responsável e organizada do isolamento.”

Essa saída passaria pela testagem em massa para identificar e isolar os casos positivos, embora admita que não existe kits suficientes para atender a maior parte da população hoje.

No cenário esboçado pela médica, o ideal é “propor estratégias que sejam as mais adequadas para aquela determinada localidade.”

“Temos dois problemas: o impacto da doença na mortalidade, nos números da saúde, nas vidas das pessoas. E isso, realmente, tem que ser o nosso foco. Porém, não podemos desconsiderar o impacto sócio-econômico que essa doença está já causando na vida dos brasileiros. Temos que pensar em algo que não seja extremo. Temos que pensar na saúde da população, na economia, lembrando da dimensão continental do Brasil e das diferenças epidemiológicas nos estados e regiões”, comentou.

Ludhmila é ligada ao diretor do Sírio-Libanês e do Incor, Roberto Calil.

Leia mais: Divulgada carta de despedida de gestão Mandetta na Saúde

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Ou seja, pandemônio geral e irrestrito, morra quem morrer que o “mercado” quer ser salvo mesmo que custe o país ao país. País de merrecas é isto. Não há qualquer seriedade para com a vida humana que, na visão dessa gentinha “equilibrada-genocida-fascista, é mero número na contabilidade. Lucro, lucro e lucro. Nenhum dito “empreendedor” brasileiro é capaz de pensar as pessoas: lucro, lucro e lucro. Morra quem morrer. Caso de polícia, houvesse polícia. Sempre há uma hiena pra qualquer carniça. E os olivais, hein? Segurando as boquinhas…

  2. Nada muda e nem nada mudará. O jogo diversionista continuará e o governo,junto com todos os demais golpistas da mídia e do judiciário,continuará sua sanha destruidora e entreguista do país se com A ou B,tanto faz,o objetivo será alcançado.

  3. Se a questão para afrouxamento, como dizem os especialistas envolvem testes e se desde já, o que faltam (ou não são distribuídos) são os kits para testes, quem entrar vai enfrentar ou continuar com este programa. A conversa com o presidente é só para saber se o candidato é também um eugenista que odeie pobre, povo. Pela atuação histórica do atual ministro da saúde, ele cumpria os requisitos já que estava ajudando na política destruidora do governo. Seu grande mal, como afirmou Bolsonaro era que o jogador estava aparecendo mais que o técnico do time.

  4. E fácil descobrir quem será o próximo ministro, é só ver quem é o mais BURRO. Não que o critério que já foi adotado em outras pastas seja a burrice, porém quem assumir o ministério agora está assumindo algo que será em poucos dias não gerenciável (o Mandetta não é essas luzes, mas está saindo na hora certa), em poucos dias teremos a ruptura de TODO O SISTEMA HOSPITALAR (público e privado) e com isso começa a segunda fase do artigo que já escrevi “Boi de piranha” (que não é o Mandetta) mas vai ser também além do principal esse novo ministro.
    Escrevi um segundo artigo que depois de lerem o primeiro (https://jornalggn.com.br/artigos/boi-de-piranha-por-rogerio-maestri/) vão entender o que escrevo abaixo e quem é, ou quem serão os bois de piranha.
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    A fase dois da operação “Boi de Piranha” começou.
    Como já havia escrito há cinco dias (foi publicado no GGN dia 11, pois enviei no fim de semana), a fase dois da operação “Boi de Piranha” começou.
    Se lerem o post “Boi de Piranha” verão claramente quem são os bois de piranha e qual o motivo dessa “Operação Boi de Piranha”.
    Na realidade essa operação servirá para dois objetivos, livrar a população da figura ignóbil do atual ocupante da cadeira da presidência da república, colocar nas suas costas a fantástica crise sanitária e social que vamos entrar e livrar a cara da grande burguesia nacional e internacional.
    O que consiste a fase dois dessa operação, a saída de Mandetta do Ministério da Saúde, a colocação de qualquer “baba ovo e estúpido no seu lugar” e preservar a imagem do grande capital (por isso o Itaú doou para ele mesmo um bilhão) salvando assim o DEM (ex-Arena) em evidência como a “direita racional”. Essa fase será composta da saída de Mandetta, uma série de discursos e editoriais da imprensa golpista e o começo da verdadeira GRANDE EPIDEMIA no Brasil. Com isso vão morrer milhares (ou mesmo centenas de milhares de pessoas) que será divulgado com o maior escândalo possível, aparecendo infectados que todos já sabem que existem e mais mortos indevidamente classificados como outras doenças.
    Será um tsunami de más notícias que serão alardeadas pela grande imprensa e canais de TV e quando atingirmos um patamar macabro de mortes será oferecido ao ocupante da cadeira da presidência soluções do tipo, sofre outro atentado ou renuncia e sai do país com toda a trupe, ou tem um derrame de chumbo na cabeça e sai do país com toda a trupe ou finalmente outra coisa horrível e sai do país com toda a trupe.
    Feito isso entra e ação o Vice, que apesar de ser Vice ele sabe muito bem que não mandará nada, porém como fez uma carreira completa nas forças armadas sabe muito bem do ditado:
    – Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
    Após a fase dois terminada vem a três, ou seja, coloca-se o Mandetta de novo no ministério, como o país estará num caos induzido e propagandeado pela Globo, será decretado estado de qualquer coisa (sítio, emergência,….) e um toque de recolher colocando todas as forças policiais militares sobre o comando do exército. Esse estado de qualquer coisa vai servir para dois objetivos, segurar a extrema direita assim como a esquerda, sugiro aos militantes de esquerda que ocorrendo isso vão para a casa de uma tia distante para não ser pego na primeira onda.
    Decretado o estado, não sei o qual, serão feitas ações mínimas de mitigação da desgraça dos mais miseráveis e baixando o cacetete em quem não quiser as benesses.
    Volta-se ao trabalho e leva-se até o fim do ano com o Vice de papel de rainha da Inglaterra até normalizar um pouco e ele mesmo renunciar ou sofrer um acidente. Nesse ponto assume o presidente do congresso, que é do DEM (ex-Arena) e daí por diante vem a quarta, a quinta e a derradeira sexta fase.

  5. “Povo de memória curta, esse é o João” — MillôrFernandes.

    Nassif: nos bastidores dizem que ganha a batalha o imunologista Yayá, contra a dondoca da elite goianense. Parece que o cara ajudou a desenvolver a cepa SARS-BolV-18, mais letal que a farsa da facada do Adélio. Tem costasquente dos VerdeSauvas. Guerra é Guerra…

  6. Porra, um dos cotados: ” …Globo, ela se colocou “favorável ao isolamento como uma estratégia de contenção importante da doença”, mas ressalvou que “precisa ser uma estratégia de transição”, com “estudos sérios e simulações para oferecer à população uma saída responsável e organizada do isolamento.”

    Cacete, o que esta “jenia” declarou não é a mesma coisa que a OMS recomenda? Que todo mundo sabe?
    O problema, ô “jenia”, é que de 2016 pra cá só fizeram precarizar o sistema de saúde, que agora não dispõe de ferramentas para implantar qualquer estratégia capaz de promover um afrouxamento respaldado nas melhores práticas.
    Aí o que sobra é o “foda-se mas abre a lojinha” apregoado pela da turma do infame bozo.

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