Robinho e o preconceito contra o feminismo

Ex-jogador do Santos foi condenado por estupro coletivo na Itália, e se defendeu com comentários preconceituosos contra igualdade de direitos

Ilustração: Reprodução

Jornal GGN – A luta das mulheres por direitos iguais não é recente, o que explica os diversos estereótipos e preconceitos de muita gente.

Um exemplo disso foi mostrado pelo jogador de futebol Robinho, que teve seu contrato rescindido pelo Santos por pressão de patrocinadores e dos movimentos de mulheres por ter sido condenado em primeira instância pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa enquanto estava na Itália.  “Infelizmente, tem esse movimento feminista… Muitas mulheres às vezes nem são mulheres para falar o português claro”, disse o jogador, em entrevista ao site UOL.

Postura semelhante foi mostrada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que foi à tribuna da Câmara dos Deputados para endossar insultos de cunho sexual feitos pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, à jornalista Patrícia Campos Mello, chamando as parlamentares que protestaram contra seu pai de “corja” e pediu que elas raspassem “o sovaco, se não dá um mau cheiro do caramba”. Tudo isso dentro do país com a quinta maior taxa de feminicídio do mundo – e uma das bandeiras feministas é o fim da violência contra a mulher.

Diante disso, o jornal O Globo listou uma série de mitos e (pré)-conceitos existentes a respeito do movimento feminista que, na verdade, são mentiras. “Feminismo é assunto sério. É graças a ele que as mulheres têm reduzido, ano a ano, as desigualdades de gênero. A conquista do direito ao voto, do direito ao trabalho, a independência econômica, a participação política, o divórcio e a guarda dos filhos: tudo isso é fruto da luta feminista. Ou vocês achavam que as cadeiras de deputada no Congresso caíram do céu?”

 

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Redação

4 Comentários

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  1. Sabe aquela história de que “ânus de bêbado não tem dono”?
    Pois é Robinho, imagino que “V.IgnorÊncia” já tenha tomado um(ns), e nem por isso deixaria de defender sua eventual virgindade anal por tal (in)cultura.
    Nem você, né?
    Entendo sua cultura do meio que vieste.
    Até do que os mais antigos viemos…
    Mas as coisas evoluem. E nós também.
    Bom jogador, mau perdedor!
    Aceita que dói menos.
    Lamento, mas “perdeu, playboy”…
    Vai ter que segurar a onda que pegaste.
    Porque quiseste.

  2. Se fizessem com uma filha embriagada do Robinho o que ele e colegas fizeram com a Moça Albanesa, ele gostaria?

    Study war no more

    We will take gun powder to have fun, then get rid of the atom bomb

    Something else that we can do, get rid of all those rockets, too

    Ain‘t gonna study, study war no more, ain‘t gonna think, think of war no more

    Ain‘t gonna fight, fight the war no more, we‘re giving it up, we‘re gonna let it go

    We‘re giving it up, we‘re gonna let it go

    The money spent on bombs alone can build poor people a happy home

    And some good we can do, you treat me like I treat you

    No more starving in the nation, everybody getting an education

    Ev’rytime a baby is born, we know he‘ll have him a happy home

    Ain‘t gonna study, study war no more, ain‘t gonna think, think of war no more

    Ain‘t gonna fight, fight the war no more, we‘re giving it up, we‘re gonna let it go

    We‘re giving it up, we‘re gonna let it go

    Willie Dixon

  3. Valeu muito o comentário de Casagrande, que apontou para a aceitação de toda sacanagem pela nossa sociedade.
    https://www.google.com/amp/s/catracalivre.com.br/entretenimento/casagrande-critica-contratacao-de-robinho-e-dispara-estou-assustado/amp/

    Claro que, como sempre, baba-ovo de jogador tenta abafar o caso e as fakes de direita (tribunais, atividade pois é fake politica) entram em ação para distorcer declarações . No 1o caso o tal caio castro (globo), no segundo imputam a Haddad comentarios racistas. A Direita não é idiota (sujeitos mais no topo, pois do meio pra baixo, tipo claque evangélica, se mostra imbecilizada), sabe bem que numa amostragem de 100 pessoas, selecionadas na direita e na esquerda, irão encontrar, se muito, uma pessoa racista na esquerda e, no mínimo, umas 30 na turma da direita (segmentando a extrema direita deve chegar a 80% fácil).
    Mas tudo serve para uma sociedade que, como diz casagrande; aceita qualquer sacanagem.

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