Do EcoDebate
Mobilização pelo saneamento, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)
Publicado em outubro 10, 2013 por Redação
[EcoDebate] Uma luz se acendeu pelas bandas de Belém do Pará. O povo se mobilizou, fechou ruas, reivindicando o saneamento básico para seus bairros. Até agora essa bandeira estava restrita ao movimento pelo saneamento e aos sindicalistas urbanitários.
É terrível, mas a cidadania brasileira, mesmo a partir de sindicatos e movimentos sociais, jamais teve o saneamento como bandeira de luta. Nas grandes manifestações de massa que assolaram o país, essa bandeira não estava presente. Quanto mais esperar essa iniciativa dos políticos ou do setor econômico. Sabemos que, de cada dólar investido em saneamento, se poupa de 4 a 10 dólares em saúde.
Quando Lula chegou ao poder, tendo Olívio Dutra como ministro das cidades, então foi elaborado o marco regulatório do saneamento básico. Era um passo extraordinário. Vale lembrar que nos governo de FHC o Brasil ficou proibido de investir em saneamento por um acordo do governo brasileiro com o Banco Mundial e FMI. Nesse acordo ficava vetado qualquer investimento em saneamento porque era considerado despesa pública, não investimento. Todos sabiam a razão: era necessário precarizar os serviços para depois privatizá-los. Com dez anos sem investimento, o resultado final foi uma calamidade.
Mas, se na era Lula o saneamento foi pautado, pouco tem sido implementado. O conceito de saneamento básico – que na verdade era saneamento ambiental e só continuou básico na lei para evitar inconstitucionalidades – engloba o abastecimento de água, a coleta e tratamento dos esgotos, o manejo dos resíduos sólidos, a drenagem da água de chuva e o controle dos vetores. Portanto, completo. Os últimos dados do IPEA mostram que avançamos aí uns 2% em cada um desses itens. Só o abastecimento de água está mais avançado. A coleta e tratamento de esgoto continuam uma aberração.
O PAC da Dilma inclui o PAC Saneamento. Ele tenta operacionalizar o Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB, que previu investimento de 415 bilhões de reais de 2011 a 2030 e assim sanear o Brasil.
Se o efeito for o que vemos aqui no vale do São Francisco, com obras iniciadas e incompletas, empresas falindo e desertando do trabalho, cidades esburacadas, ou obras mal feitas – um bairro de Juazeiro o povo dá descarga e o esgoto volta para dentro de casa -, sem falar nas corrupções e gatunagens empresariais, então vamos demorar mesmo alguns séculos para avançar.
Nossa luta aqui é tentar organizar o povo para fazer com que as obras sejam concluídas, bem feitas e atendam os interesses da população. Não se pode mais, literalmente, enterrar dinheiro público em obras essenciais como o saneamento. Portanto, não haverá execução decente dessas obras sem mobilização popular.
Bem vinda a manifestação dos paraenses. Quem sabe essa boa luta se espalhe pelo Brasil e esteja nas manifestações públicas das grandes cidades, junto com o transporte público, a saúde e a educação.
Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.
EcoDebate, 09/10/2013
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um pais que trata assim seu futuro, imagine o saneamento então?
Para diretor de centro europeu nuclear, Brasil ‘é um buraco negro’ PARA ROLF HEUER, DEMORA DO PAÍS PARA ADERIR AO CERN É ‘INCOMPREENSÍVEL’ CARTA DE INTENÇÕES FOI FORMALIZADA HÁ TRÊS ANOS Jamil Chade CERNO governo brasileiro caiu em desgraça no maior laboratório de física do mundo, depois de arrastar por três anos a adesão do País ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), sede do principal experimento da física na história: o acelerador de partículas. “É um buraco negro”, declarou ao Estado o diretor da instituição, Rolf Heuer, ao ser questionado sobre o Brasil e sua adesão à entidade. “Você sabe o que é um buraco negro?”, ironizou Heuer, fazendo um jogo de palavras entre o que seu laboratório estuda e o comportamento do governo. “É incompreensível a demora do Brasil em apresentar a documentação”, disse. Há três anos, diplomatas brasileiros mediaram a assinatura de uma carta de intenções entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Cern. O Cern convocou seu conselho e autorizou a entrada do Brasil, a um custo anual de US$ 10 milhões. O evento foi comemorado como o primeiro passo para o ingresso do País no centro. Mas, desde então, nada ocorreu. O então ministro da Ciência Aloizio Mercadante visitou Genebra e prometeu acelerar o processo. A direção do Cern entendeu a visita como um sinal de que o processo avançaria. Mais uma vez, nada ocorreu. O diretor deixou claro que, com o governo fora do Cern, as empresas nacionais não poderão participar da licitação de peças e serviços que o acelerador de partículas lançará. Segundo Heuer, para que o Brasil consiga a adesão neste ano, a documentação deve ser enviada até novembro. Em dezembro, ocorrerá reunião do conselho que autoriza novas entradas.
Tem um problema ai: a
Tem um problema ai: a Governadora não é mais doPT. Ai fica difícil a mídia divulgar as mazelas que castigam os paraenses. Já notaram que os problemas carcerários e de atendemintoà saúde SUMIRAM DO MAPA?