Satélite aponta 197 Km² de desmatamento na Amazônia

O último monitoramento da área florestal amazônica, realizado via satélite, indica 197 Km² de área desmatada. Os dados foram publicados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Ministério da Ciência e Tecnologia, considerando imagens captadas pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), de fevereiro a abril deste ano. De acordo com o documento, a avaliação é feita por amostragem e o perído, devido às chuvas, tem visibilidade prejudicada.

A ação de degradação ambiental ficou dividida, entre os estados, da seguinte forma: Mato Grosso liderou o ranking do desmatamento, com a devastação de 111.8 Km², seguido pelo Pará, com 50.9 Km².

Também apareceram nos alertas do sistema Roraima (20.9 Km²), Rondônia (10 Km²), Amazonas (2.9 Km²) e Tocantins (0.8 Km²).

Contudo, os números não remetem à situação considerada real. Isso Isso ocorre em função da pouca visibilidade, provocada por extensa cobertura de nuvens sobre a região observada durante o trimestre, chegando a encobrir mais de 88% da área em março.

Desta forma, estados como Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins e Maranhão não foram monitorados devido à alta proporção de cobertura de nuvens no trimestre. Já os estados do Mato Grosso, Pará, Roraima e Rondônia, embora tenham registrado alta cobertura de nuvens em todos os meses, foram parcialmente monitorados.

Responsáveis

Para a população, o desmatamento no país é provocado, em sua maioria, por madeireiros e fazendeiros. É o que mostra uma pesquisa realizada com 5.129 pessoas ouvidas pelo Datafolha, de 26 a 28/05, na qual aponta que, para 72% dos entrevistados, os madeireiros são os responsáveis pela ação.

Já para 68% os responsáveis pela devastação das matas são os fazendeiros, enquanto 63% acreditam que o problema ambiental tem origem no governo federal. O Congresso foi apontado por 61% dos entrevistados, as ONGs ambientalistas foram lembradas por 40% e os índios por 38%.

Segundo o Datafolha, o desempenho do governo Lula na área ambiental foi considerado ótimo por 47% da população, enquanto 36% consideraram regular, 13% apontaram como ruim/péssimo e 3% não souberam responder a pergunta.

O DETER apresenta os resultados da qualificação dos alertas, com dados de desmatamento reunidos em base trimestral, para assegurar uma melhor amostragem e melhor representatividade espacial das análises.

Veja o mapeamento na íntegra

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