Schopenhauer, os mascarados e os fakes

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Correio do Povo

Schopenhauer, anônimos e mascarados

Juremir Machado da Sivla

O filósofo Arthur Schopenhauer não dava mole. Disparava contra a mediocridade sem o menor constrangimento. Muito do que ele disse serviria para caracterizar boa parte da turma que foi a Frankfurt brincar de escritor brasileiro. Essa turma que gosta de tentar escrever como se fala e acaba falando como não se escreve e sem quem ninguém entenda. Schopenhauer era claro e fulminante: “Querer escrever como se fala é tão condenável quanto o contrário, ou seja, querer falar como se escreve, o que resulta num modo de falar pedante e ao mesmo tempo difícil de entender”.
 
O velho ranzinza alemão detestava escritos anônimos e escribas de pena secreta e cara encoberta: “Um crítico anônimo é um sujeito que não quer assumir o que diz (…) Assim como a polícia não permite que as pessoas andem pelas ruas mascaradas, não deveria ser permitido que escrevessem anonimamente (…) os críticos anônimos devem ser tratados com termos como ‘patife’ e ‘canalha’ (…) Um canalha que não diz o seu nome”.
 
Hoje, porém, os mascarados estão nas ruas quebrando tudo.
 
E os críticos anônimos estão nos blogs com pseudônimos ridículos.

 
Quando identifico um fake, deleto.
 
Alguns podem me enganar com nomes aparentemente verdadeiros.
 
Nomes explicitamente falsos são barrados.
 
Cada um que assuma o que diz.
 
Schopenhauer dizia: “O anonimato é a canalhice (…) contra a qual se deve proclamar: ‘Se você não quer, patife, assumir o que diz contra outras pessoas, cale a sua boca difamatória”. Todo fake é um patife difamador e covarde.
 
O valente Schopenhauer não se escondia: “Contudo, a máscara mantida por mais tempo é a da ininteligibilidade, embora isso aconteça apenas na Alemanha, onde ela foi introduzida por Fichte, aperfeiçoada por Schelling e finalmente alcançou o seu clímax em Hegel, obtendo sempre o maior sucesso”.
 
A suprema canalhice é o fake reclamar que não foi publicado.
 
Botem a cara para bater, senhores fakes.
 
E tenham algo par dizer.
Redação

26 Comentários

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    1. ESSE TAL JUREMIR…

      Juremir Machado da Silva, da grande família Silva, gaúcho, é um dos maiores escritores já nascidos no Rio Grande do Sul. Catedrata da PUC-RS, escritor, tradutor, historiador,  romacista e, principalmente, um maldito. Diariamente, assina crônica no Correio do Povo. A grande mídia jamais reconheceu ou deu publicidade aos seus preciosos trabalhos literários. Quem sabe, após a morte!

  1. Condena-se os manifestantes

    Condena-se os manifestantes mascarados, mas os policiais mascarados estão corretos né?

     

    Estão representando o Estado e, por isso, sua pessoa física não faz diferença? Então é o Estado assassinando, violentando, sequestrando pessoas, e não os policiais, devendo o chefe controlador dessa instituição – Estado – ser punido, com as mesmas penas (mais gravosa alias, por ser mandante) que os praticantes do crime (PM)  mascarados.

     

     

    Sou a favor de tratamento igual, simples assim.

  2. Apoiado

    Acho que essa onda de máscaras e anonimato têm algo muito maligno.

    Não é aceitável debater com  “pseudo-pessoas”.

    Sempre pensei que o anonimato era gatilho de toda violência ( e os recentes acontecimentos estão me mostrando que eu tive sempre razão). Pois vejamos, a violẽncia nos grandes centros é maior do que nas cidades pequenas de médias. A pobreza por acaso é diferente? Não!

    A diferença está no anonimato. Numa grande cidade com ou sem máscaras somos anônimos! Dentro de veículos numa megalópole somos anônimos… Em multtidões somos anônimos. Não é à toa que as maiores manifestações de vandalismo, depredação, violências diversas aconteçam neste ambiente de anonimato.

    Para que a internete seja o lugar das novas revoluções é preciso banir o anonimato. Temos rostos diferentes e personalidades notavelmente distintas por fortes razões evolutivas e históricas. Não devemos voltar a barbárie.

  3. Schopenhauer

    Sei lá onde a ilação, mas para mim é isso, e mais identificado do que aqui estou, impossível:

    O movimento dos sem-noção

    “Estamos lutando por algo que ainda não sabemos o que é, mas que pode ser o início de algo muito grande que pode acontecer mais para frente”, declarou uma integrante do movimento Black Bloc, em entrevista à BBC Brasil. Tem vinte e três aninhos a moça.

    Incertezas próprias da juventude – o que é, de que tamanho e para quando. Entende-se, mas por enquanto o movimento indica apenas ações de terrorismo fascistóide. Simulacros de skinheads e neonazistas.

    Faltam as mortes, ainda bem. Mas, estas ficam em lugares mais periféricos, menos Avenida Paulista, e para evitá-las é preciso organizar frentes de luta que os sem-noção parecem desconhecer.

    Ontem, aproveitando-se de protestos legítimos de professores e estudantes, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, os Black Blocs vestiram seus modelitos negros, máscaras, capuzes, e foram às forra e farra. Que tudo é exposição, hoje um estilo de vida.

    Devem pensar estar praticando anarquismo. Nada. Denigrem essa filosofia política pichando aparelhos públicos com o símbolo histórico.

    O movimento anarquista não pressupõe caos ou agressão. Pelo contrário, nele a ordem deve ser preservada para o ideal libertário evoluir de forma orgânica.

    É burrice imaginar que destruindo caixas eletrônicos de bancos se estará afetando banqueiros ou o capitalismo financeiro. Ferra-se, sim, usuários de baixa renda, cidadãos trabalhadores, pessoas que tomam o serviço para facilitar suas vidas.

    Também, afeta bancários. Pessoas que trocam tempo livre por holerite. E quando este não é justo, param e protestam. Sabendo por quê.

    Por acaso, alguém pode pensar que os investidores do rentismo nacional são majoritários no uso de estações de metrô depredadas e ônibus incendiados?

    Imaginam extintos os dependentes de orelhões para comunicação? A inspiração da moda fashion em gestação ainda não chegou a todo o Brasil. Nem todos conspiram, comunicam, combinam manifestações, filmam-nas, a partir de seus aipodes e pedes.

    Quebraram vidros e carros em concessionárias contra o capitalismo? Tudo no seguro, seus bobos. O anarquismo é antiautoritarista. Já seus quebra-quebras estão na essência do autoritarismo, moços pobres de ideias.

    Não barbarizem o ideário de Kropotkin, Bakunin, Malatesta, Emma Goldman e Alexander Berkman (há um filme interessante sobre o casal de norte-americanos anarquistas), o brasileiro Edgard Leuenroth e, claro, meu velho e inesquecível mestre, Maurício Tragtenberg.

    Ler “A Desobediência Civil” (Editora L&PM), de Henry Thoreau (EUA, 1817-1862), seria um bom começo. A edição de bolso custa R$ 11,00. Menos do que um taco de beisebol.

    Isso, se não quiserem ficar apenas na farra da destruição de facilidades que a comunidade usa.
     

     

    1. VÂNDALOS e ARRUACEIROS

      Ruy Daher, esses mascarados que depedram tudo que encontram pela frentes não são contestadores, não têm ideologia, eles são simplesmente vândalos, arruaceiros, que destroem por puro prazer.

  4. Sim mas uma coisa é falar

    Sim mas uma coisa é falar sobre uma pessoa, uma obra literária e etc..

    Outra coisa é falar contra a sociedade. A sociedade tem meios de coerçãoq ue uma pessoa comum não possui.

    Sei não. achoq ue hoje ele diria outra coisa.

     

  5. Mascarados vieram para criminalizar democracia
    Paulo Moreira Leite
    Diretor da Sucursal da ISTOÉ em Brasília, é autor de “A Outra História do Mensalão”. Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA e na Época. Também escreveu “A Mulher que Era o Outro General da Casa”. Assine

    Mascarados vieram para criminalizar democracia

    A máscara é um convite para a ação da tropa de choque, pois demonstra que as autoridades se mostram incapazes de manter a ordem

     

    Os protestos de junho de 2013 trouxeram a novidade das máscaras. É um debate importante, que mobilizou prós e contras em vários lugares. Cinco meses depois, os mascarados continuam em atividade, cada vez mais intensa.

    As principais alegações a favor das máscaras envolvem argumentos simplórios.

    Dizem que os mascarados são indivíduos no exercício de seus direitos políticos e têm direito de se proteger de qualquer ação repressiva.

    Será?

    Nós sabemos que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato – como aprendi recentemente durante almoço em plena Vila Madalena.

    Não vamos falar de certas situações de opressão geral que em alguns países podem justificar o uso de máscaras.

    Num país democratizado, como o Brasil, as máscaras teriam outro efeito político se o País se encontrasse numa situação revolucionária de duplo poder, em que é razoável colocar em questão o monopólio da violência sobre o Estado.

    No país de 2013, seu único efeito prático é ajudar a criminalizar os protestos e a própria luta política extraparlamentar, necessária a todo momento para avançar determinadas reivindicações que o Congresso ignora.

    A máscara é um convite para a tropa de choque entrar em ação porque é uma demonstração irrefutável de que as autoridades se mostram incapazes de manter a ordem, mesmo que momentaneamente.

    O sujeito que saiu de casa mascarado se autodenuncia e manda um recado: vai aproveitar a mobilização para cometer atos ilegais.

    É tão óbvio que a polícia, se tiver um mínimo de responsabilidade, de sentido de cumprir seu dever legal, irá prestar atenção redobrada a seus movimentos e contra-atacar na primeira oportunidade.

    Está na cara que a PM, primeiro instrumento criado pela ditadura militar para reprimir as mobilizações populares, e que não foi reformada como ser necessário depois da democratização, fala a língua da violência. Atira para machucar e bate para ferir. Admite matar – mesmo que teoricamente por acidente — com uma bala de borracha.

    Por isso todas as intervenções da PM tendem a dar errado quando vistas pela atual consciência democrática do país. E é o caso de evitar pensamentos ingênuos quando se discute porque ela não é reformada nem reeducada. Porque não interessa, vamos combinar. E nós sabemos quem tem força e articulação para definir, estruturalmente, o que interessa e o que não interessa mudar, certo?

    Estudantes serão feridos de forma bruta. Manifestantes serão conduzidos para a cadeia de modo arbitrário, cumprindo temporadas ridiculamente longas de detenção. E aí o foco do protesto, com justiça, será a própria polícia e, por essa via, a ação do Estado.

    Estive em Washington quando grupos ultrarradicais queriam impedir uma reunião do FMI e foram paralisados por uma ação preventiva, pacífica e sem violência, da polícia local. Então há diferença entre uma situação e outra.

    Há outras questões nestas máscaras. Sem responder a uma situação política especifica, onde pode ser necessária, sua violência permanente auxilia no reforço da ordem.

    O discurso de quem esconde o rosto é que ele se dedica a destruir “símbolos” do capitalismo. Bobagem. Seus atos destroem patrimônio real do capitalismo, que custou trabalho de assalariados, que serão, de uma forma ou outra, forçados a pagar pelo prejuízo. Como empregados, enfrentarão pressões nos salários e benéficos. Como cidadãos, serão forçados a pagar sua parte no prejuízo pelo aumento de taxas e tarifas. Como consumidores, podem perder um automóvel ou mesmo serem obrigados a pagar a reforma de sua casa.

    Simbólico, aqui, é outra coisa — o show — sob medida para reforçar clamores por lei e ordem.

    A sociedade do espetáculo despreza os homens simples do povo, os verdadeiros cidadãos que podem ser protagonistas de mudanças relevantes e duradouras porque estimula símbolos que combinam com a ideologia que ela defende e divulga: o individualismo, o meio como substituto do fim. O caráter puramente destrutivo de sua atividade determina que sua função seja produzir impasses.

    Seu universo não é o da política, pois pertence a sociedade de consumo. Não aceita heróis dde pessoas de carne, osso – e rostos – mas personagens que poderão ser promovidos e descartados ao saber das conveniências.

    Há um elemento narcisista no militante mascarado mas sua força de atração é outra. Ele tem uma postura de busca permanente pelo confronto, que sempre poderá ser objeto de consumo num tempo em que faltam opções revolucionárias reais no horizonte.

    Ao contrário do que ocorria em outros momentos históricos, a partir da chegada de Lula no Planalto temos um governo que procura encaminhar as reivindicações de trabalhadores e da população mais pobre, com avanços, recuos, acertos e muitos erros mas um saldo geral positivo, mesmo que limitado, mas suficiente para exasperar os setores historicamente dominantes.

    Estes mantêm uma relação ambígua com os mascarados. Declaram-se horrorizados com seus atos mas não deixam de enviar mensagens de estímulo e tolerância, pois a máscara sempre será muito útil enquanto servir para desgastar o governo Dilma, paralisar instituições e impedir reformas necessárias – inclusive do sistema político.

    A máscara tem a vantagem de que nunca se sabe quem é o rosto por trás dela e sempre será possível permitir o governo de incapaz de manter a ordem e defender a democracia, um desses argumentos obviamente ululante em toda intervenção contra os direitos do povo.

    Qualquer que seja o discurso e a ideologia dos mascarados, a função real de sua violência é retirar a legitimidade do processo histórico que o país vive hoje.

    O resultado dessa atividade não beneficia a maioria da população e cria obstáculos a novas conquistas.

    Desmoraliza organizações dos trabalhadores, por mais que dê a impressão de ajuda-las – e até possa se mostrar útil diante da extrema violência da PM. Sua violência não corresponde ao momento político real e, como todo gesto político feito sob estas condições, cedo ou tarde se voltará com contra os mais fracos. Todas gerações de brasileiros assistiram a este filme.

    Quanto o serviço de desmoralizar os símbolos da democracia tiver terminado, os mascarados serão retirados de cena – e aí sobrará menos liberdade e mais repressão para quem nada tinha a ver com machadinhas, máscaras e violência.

  6. Shopenhauer era radical

    “E os críticos anônimos estão nos blogs com pseudônimos ridículos.”

    Oh!!! E a gente se achando super criativo!

     

  7. Isso é que é gostar de ser enganado…

    Quando o autor diz que sabe que os nomes de comentaristas podem ser falsos, mas censura os nicknames, está dizendo que o que importa é o que parece, nao o que é. Quem usa nickname ao menos avisa que aquele nao é o seu nome. E nao está mais anônimo de quem usa apenas um prenome. Isso é ridículo, o que faz alguém nao ser anônimo na web é o seu histórico de comentários. Aqui no Blog, por ex., há a possibilidade do cadastro. É fácil saber quem é quem, independentemente do nome usado. O que importya é a conduta de alguém, nao o nome usado. 

    Agora, usar nick na web é diferente de ir mascarado às manifestaçoes. Na verdade, nem é tanto o fato em si do uso da máscara, que podia tb ser considerado um recurso de proteçao. Mas sim o uso que se está fazendo disso, usando máscara para fazer depredaçoes. Isso sim tem que ser coibido, e se for preciso proibir as máscaras para isso, que seja. 

    1. certinho

      Motoqueiro usa capacete para proteger a cabeça ou esconder sua

      idoneidade? entao sai sem ele.

      Conhecemos caras limpas que nao valem uma lata de m…….

       

    2. Quanto à questão dos

      Quanto à questão dos mascarados, acho que a discussão é outra. Mas quanto aos demais pontos que você colocou, concordo totalmente.

  8. Nossa, o ‘homê’ tem o dom de

    Nossa, o ‘homê’ tem o dom de saber quem é ou não fake só de olhar.

    Perguntem para ele se a seleção brasileira será campeã em 2014?

  9. O problema não é nem o

    O problema não é nem o anonimato, seja na web, seja nos protestos.

    Em junho vimos um monte de adolescentes com máscaras de V de vingança e com bandeira do Brasil nas costas. Por mais bobinho que isto possa ter aparecido, estavam no direito deles.

    O problema é o sujeito usar pseudônimo para cometer crimes (calúnia, difamação, injúria) na web, ou se mascarar para sair quebrando tudo por aí. 

    Nestes protestos de rua, tô começando a achar que o problema maior não são nem os Black Blocs em si.

    Vai saber de onde surgem alguns mascarados ou a quem eles respondem, até porque a mídia adora quando tem depredação e pancadaria para mostrar no Jornal Nacional, pois é trocar alguns reaizinhos em prejuízo físico (o que é uma agência quebrada pra Família Setubal?), em troca de prejuízo simbólico imenso dos que estavam nas ruas se manifestando democraticamente.

  10. Olha, tenho visto muitos

    Olha, tenho visto muitos comentários aqui reclamando sobre pessoas que preferem participar das discussões usando apelidos. Gostaria de convidar as pessoas a refletirem um pouquinho mais sobre esse assunto. Acho que todo mundo com algum grau de sensatez sabe que não se deve sair deixando informações pessoais espalhadas por aí a torto e a direito. A gente precisa tomar cuidado com isso. Isso se aplica em especial à internet, que é um meio de comunicação que permite que essas informações sejam acessadas por qualquer um, qualquer um mesmo. Não saio por aí falando sobre o número da minha conta no banco, meu endereço, o valor do meu salário etc. Quando alguém liga para minha casa pedindo informações pessoais, seja para o que for – pesquisa, telemarketing, sei lá – nunca digo nada, se estiver interessado em participar disso, procurarei o serviço, mas não vou fornecer dados pessoais a um desconhecido.

    Se isso se aplica em relação ao telefone ou a um cidadão que te aborda na rua para fazer uma pesquisa, imagine na internet, em que se tem ainda menos controle a respeito do que será feito com essas informações. Todo mundo se lembra daquele período em que estava ocorrendo com muita frequência um golpe em que um estelionatário ligava para uma pessoa, geralmente através de um celular dentro da cadeia, afirmando ter sequestrado alguém da família e exigindo dinheiro em troca de sua libertação. Pois bem, isso aconteceu com minha mãe, uma senhora já com alguma idade, que recebeu um trote desses e acreditou que minha irmã havia sido sequestrada, até porque o bandido conhecia várias informações pessoais dela, provavelmente obtidas na internet, o que convenceu a mamãe de que a história era verdadeira. Por azar, nesse dia minha irmã não estava atendendo ao telefone e não foi possível conseguir contato com ela. Mamãe só não perdeu uma boa quantia de dinheiro porque se descontrolou tanto que não conseguiu ir até o banco para fazer o pagamento (ela tem dificuldade com isso) e me telefonou para pedir ajuda, embora o bandido tivesse proibido que ela recorresse a qualquer pessoa. Aí eu consegui perceber a coisa e evitei que minha mãe caísse no golpe.

    Como alguns aqui talvez saibam, tive um entrevero ainda no blog antigo do Nassif com um indivíduo descontrolado (todo mundo sabe quem é, um indivíduo completamente enlouquecido que já teve brigas com dezenas de pessoas e simplesmente sai xingando todo mundo o tempo todo), que começou logo quando usei o blog pela primeira vez, pois vi esse cidadão sair insultando outro comentarista sem qualquer motivo e, movido por meu senso de justiça, resolvi questionar o comportamento do trollzão. A partir daí, ele passou a me perseguir onde quer que eu comente qualquer coisa aqui no blog. O auge da coisa aconteceu quando escrevi um comentário que acabou sendo publicado e do qual nosso amigo Malucão aparentemente não gostou. Isso resultou num surto colérico em que ele acabou ofendendo dezenas de pessoas na área de comentários. A situação piorou quando ele relatou que teve algum problema no computador e se convenceu, a partir de absolutamente nada (aparentemente trata-se de um indivíduo portador de alguma doença mental), que eu e um outro comentarista havíamos hackeado seu computador. O resultado foi que inúmeros comentários tiveram que ser apagados e esse sujeito recebeu uma curta suspensão do blog. Passaram-se alguns dias, ele voltou e novamente teve um atrito com outro grupo de pessoas, insultando vários comentaristas e precisando ser novamente suspenso, dessa vez por mais tempo. Pois bem, esse cidadão acabou de voltar aqui e adivinhem qual foi a primeira coisa que ele fez quando retornou? Foi atrás de uma postagem minha que foi publicada e que me custou muito, mas muito trabalho, e começou a me xingar de novo.

    Qual é meu ponto aqui? Por favor, coloquem-se no meu lugar. Imaginem se vou querer ter meu nome revelado aqui, o que permitiria, por exemplo, descobrir meu endereço. Há um indivíduo que frequenta o espaço que é completamente descontrolado, apresenta sintomas claros de transtornos mentais graves e demonstra reiteradamente estar completamente obcecado comigo. Será que é uma boa idéia deixar que ele saiba onde moro? Eu tenho a clara sensação de que se trata de pessoa perigosa, com enorme propensão à violência, que poderia praticar tanto pessoalmente quanto através de terceiros. Eu tenho medo, mesmo, acho que seria muito perigoso permitir que um cidadão com tais características obtivesse qualquer informação pessoal minha. Não quero nem imaginar o que faria com isso.

    Aliás, isso me remete a um ponto que considero relevante. Esse sujeito, cujo comportamento descrevi no último parágrafo, é alguém que aparentemente participa com seu nome real e vive reclamando que os demais não fazem o mesmo. Trata-se da pessoa com o pior comportamento do blog inteiro, disparado, que praticamente não consegue escrever uma única frase sem usar palavrões ou insultar alguém. Ou seja, o comportamento não tem nada a ver com usar o nome próprio ou não. Tem gente que usa apelido e tem uma conduta 100% correta. Outros usam o nome real ou supostamente real e se comportam como gorilas esquizofrênicos. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que acontece é que tem que haver uma postura mais rígida por parte do blog na publicação de comentários. Comentário que abuse de palavrões ou em que se insulte pessoas ou grupos não podem ser aceitos para publicação. Venho aqui, como 99% das pessoas, buscando um espaço para discussão. Não se pode permitir que um sujeio descontrolado tente sequestrar o espaço para usá-lo com lugar para xingatório, para, sei lá, descarregar seus instintos problemáticos ou seja lá o que for que explique o comportamento. Esse tipo de postura teria que ser rejeitada, independentemente de partir de quem usa nome real ou não. Eu acho essa questão de moderar ativamente os comentários algo essencial para preservar o espaço como um dos poucos locais onde é possível discutir temas importantes de forma racional e quilibrada, trocando idéias com uma quantidade imensa de pessoas às quais não teríamos acesso de outras formas.

  11. Remindo Sauim

    Calma, Juremir, é a juventude em flor, cheia de adrenalina. São mais ou menos como tu eras na tua juventude quando investiu contra outros escritores já famosos. Quebrastes a cara, mas achastes seu lugar. Deixa a gurizada, serão nossos futuros deputados, senadores e presidentes. Mais uns anos vão estar como você, acomodados.

  12. A verdade de Ruffato expõe também a pobreza da literatura brasil

    A verdade de Ruffato expõe também a pobreza da literatura brasileira

     LucianoAlvarenga 
      O discurso do escritor Luiz Ruffato na Feira do Livro de Frankfurt merece comentários, como, aliás, muitos estão fazendo, contra e a favor. Quem é contra vê em sua fala críticas aos poderosos de plantão e, ao não enxergar as melhorias dos últimos anos; quem foi favorável vê em seu discurso a denuncia de uma realidade atrasada, arcaica e desigual que não muda. 
    O discurso de Ruffato é de uma verdade incontestável. E é a verdade do discurso que, inclusive, evidencia o estado secundário da literatura brasileira no plano internacional e o estado de crise da cultura nacional. O discurso do Ruffato não está à altura da Feira de Frankfurt nem à altura do que deveria ser o discurso de um escritor. Ruffato fala verdades, mas não as fala como escritor. Sendo escritor deveria ter dito o que disse em outro diapasão, de outra forma, mas não, seu texto parecia um editorial de jornalão. 
    Ruffato ter dito o que disse da maneira como fez nos coloca em linha com o que está acontecendo no país em termos de cultura e de literatura. Há tempos que a literatura nacional não alcança o nível do que vem sendo produzindo no mundo. Jonathan Franzen, Javier Marías, Orhan Pamuk, Herta Müller, Philip Roth, Michel Houellebecq, Lionel Shriver, entre outros, não tem pares no Brasil. Chama a atenção a distancia destes autores e aquilo que se produz por aqui. Sim, a inexistência de público letrado e leitor, como Ruffato chama a atenção, explica muita coisa sobre o estado da literatura nacional. Mas o fato de os escritores brasileiros não suportarem o peso da solidão e da criação literária no país da felicidade, de se sentirem impelidos incuravelmente a serem aceitos na agremiação, também os torna muito menores do que poderiam ser e também contribui pra o estado paupérrimo da literatura por estas plagas. 
    A cultura literária no Brasil ainda não se resolveu do fato de ser ostentação, inclusive entre os próprios escritores, verniz de distinção numa cultura de analfabetos funcionais. O discurso do Ruffato, que será esquecido antes mesmo de ter terminado a feira onde ele foi proferido, revela um país de ressentidos. Escritor ressentido não contribui pra alta literatura.
    Ressentimento é aquilo que emerge como resultado da apatia, da incapacidade, da fraqueza em mudar uma dada realidade que nos sentimos afetados. É o discurso do Ruffato. Dizer no fim do discurso que é filho de pessoas pobres sendo ele filho dessa condição é tornar uma realidade, ela mesma material e plasma da literatura, naquilo que impede que a literatura aconteça. 
    De repente, nos vemos no Brasil entre o pobre que melhora de vida e que, portanto, está redimido de tudo e passa a ser a medida de todas as coisas ou, de outro lado, uma parcela cínica e também desinformada, vendendo meritocracia como justiça quando as condições em que vivem uns e outros, mais uns que outros, são completamente desiguais. A literatura entre nós ou, é literatura de correção, ajuste social, o pobre redimido ou, autismo biográfico de escritores que pouco tem pra dizer. O problema da literatura brasileira não é língua, como disse Ruffato em certo momento do discurso, é o monolinguismo da nação e a incapacidade de produzir literatura que supere a barreira da língua e, isso só é possível com literatura de alta qualidade.
    A literatura começou a se tornar proibitiva no Brasil a partir do momento em que ou, era (é) instrumento de mudança social ou, meio em que muitos escritores têm de se afastar da realidade iletrada da maioria e criar seu mundo próprio e autorreferenciado onde só entram os iguais. 
    A realidade denunciada por Ruffato é verdadeira, mas o é na medida em que evidencia a pobreza da literatura nacional. É a pobreza da literatura nacional que empobrece a realidade de onde ela não consegue extrair literatura. 

     

  13. eu sinto muita pena desses jovens mascarados…

    mas não de todos……………

     

    o simples ato de se mascarar já revela quem é verdadeiramente a primeira vítima dos que comandam

     

    perigo mesmo vem depois, armas de verdade

     

     

  14. Mediocridade não tem nada a

    Mediocridade não tem nada a ver com usar o próprio nome ou pseudônimo, isso é do livre arbítrio de cada um, quanto a usar do anonimato para provocar crimes virtuais ou presenciais(como BB) isso é outra história, nada a ver generalizar a coisa, ai o Jura foi longe

    1. Constituição veda o anonimato

      É livre a manifestação do pensamento, sua expressão, VEDADO o anonimato. Pseudônimo é anonimato, também.

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