Secundaristas vão à OEA fazer denúncia contra polícia e governo do estado de São Paulo

Audiência será transmitida online; organizadores estão recebendo inscrições de pessoas ou organizações interessadas em realizar transmissões coletivas

A audiência dos estudantes secundaristas na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), em Washington, será transmitida ao vivo pela internet nessa quinta-feira (7/04), a partir das 10h15 min, pelo site do órgão.

 

Durante a audiência, os estudantes denunciarão a Polícia Militar e o governo do estado de São Paulo pelas ações truculentas realizadas contra os alunos que ocuparam centenas de escolas, no final do ano passado, contra o processo de reorganização escolar.

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Comando das Escolas em Luta quer criar uma rede de exibição e para isso está buscando pontos ou espaços interessados em transmitir a audiência. Para tal, o local precisa ter estrutura de internet e televisão ou projetor.

Os organizadores criaram um evento no Facebook e por meio dele estão recebendo inscrições de pessoas ou organizações interessadas em abrir espaço para divulgar a audiência.

Financiamento Coletivo 

Para conseguir os recursos necessários para ir até a capital dos Estados Unidos, os estudantes criaram uma campanha coletivo no site Catarse. Eles conseguiram levantar cerca de R$ 25 mil para poder denunciar na Corte os desrespeitos aos direitos humanos que ocorreram durante a luta que travaram contra as medidas do governo de Geraldo Alckmin.

Segundo os estudantes, a polícia militar fez ameaças e intimidações verbais e físicas dentro das escolas, promoveu agressões físicas e psicológicas, prisões arbitrárias e encaminhou adolescentes à delegacia sem respeitar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Polícia Militar também promoveu perseguição a crianças e jovens nas ruas e em alguns casos nas suas casas. Na repressão às marchas, usou bombas de gás, balas de borrachas, cassetete e spray de pimenta. Os estudantes também afirmam que houve omissão de socorro no caso dos estudantes atingidos pelo gás lacrimogêneo e até mesmo relatos de abusos sexuais e morais pelos agendas policiais em protestos.

Redação

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