Senado da Nigéria pede investigação sobre criptomoedas

Jorrnal GGN – Ontem, o Senado da Nigéria pediu ao Banco Central e outros reguladores que investigassem a proliferação de bitcoins no país. A informação do do jornal online Quartz e foi divulgada por Nouriel Roubine em seu Twitter.

O medo dos legisladores está ligado ao Mavrodi Mundial Moneybox (MMM), um esquema Ponzi similar ao TelexFree. O esquema chegou a pagar 30% de rentabilidade ao mês e quebrou em dezembro de 2016, provocando prejuízos de US$ 50 milhões.

Com a opinião pública escaldada, as autoridades nigeraianas taxaram os bitcoins como “fraude financeira” e “não ética”.

Atualmente, o volume semanal de negociação de bitcoins supera US$ 2 milhões. Além do LocalBitcoin, apareceram mercados locais da moeda. Além das trocas formais, criou-se uma troca peer-to-peer por grupos privados em aplicativos de mensagens.

As criptomoedas têm sido utilizadas para contornar várias restrições ao uso do dólar. Como havia limites para a quantidade de naira (a moeda local) que poderia ser trocada por dólares, valiam-se do bitcoin.

Em janeiro de 2017, o Banco Central da Nigéria havia alertado para o risco de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo através de bitcoins. Depois, passou a enxergar de maneira mais positiva as criptomoedas, quando começou a pressão dos legisladores.

Ainda na África, o presidente do Banco Central do Quênia alertou para os investimentos em criptomoedas. E no Zimbabwe os poupadores estão se valendo do bitcoin como reserva de valor, devido as limitações do sistema bancário local.

Luis Nassif

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “As criptomoedas têm sido

    “As criptomoedas têm sido utilizadas para contornar várias restrições ao uso do dólar. Como havia limites para a quantidade de naira (a moeda local) que poderia ser trocada por dólares, valiam-se do bitcoin.”

    Os bancos e os governos estão se borrando de medo das criptomoedas…

    Acho incrível que a galera ‘progressista’ do site defenda ficar refém das políticas dos bancos que assolaram o país nas últimas décadas…

     

    Eu já fiz minha conta no Nubank e uso cartão de crédito sem anuidade. Se dependesse dessa galera que ataca as criptomoedas, estariam até hoje pagando centenas de reais de anuidades para seus bancos…

  2. Parece que o cerco às

    Parece que o cerco às criptomoedas começou também nos EUA. Eles não engolirão o fato de transações financeiras tão volumosas passarem ao largo do controle ‘deles’. Obs.: a cotação do Bitcoin (a mais famosa criptomoeda) está em queda livre. 

    https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-01-30/crypto-exchange-bitfinex-tether-said-to-get-subpoenaed-by-cftc

    Justiça dos EUA decide se as criptomoedas podem ser reguladas:

    http://epocanegocios.globo.com/Mercado/noticia/2018/01/justica-dos-eua-vai-decidir-se-bitcoin-pode-ser-regulado.html

  3. Bancos e mídia juntos

    O combate às criptomoedas para mim está claro como a luz do dia, elas dispensam a existência dos bancos atuais que não queiram operar com elas e os EUA não poderão mais usar o seu derradeiro poder (em queda livre) de impor sanções a outros países.

    As criptomoedas tendem a ser adotadas cada vez por um número maior de países e o que está em risco é o dólar.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador