Jornal GGN – O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira um pedido de busca e apreensão do celular da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) à Procuradoria-Geral da República.
Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, Rodrigues argumenta que uma perícia no celular de Zambelli pode apresentar o teor das conversas mantidas pela parlamentar com o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro – o que seria essencial para revelar eventuais crimes praticados por Moro, Zambelli ou Jair Bolsonaro.
De acordo com o ex-ministro, as mensagens provam que ele não aceitou condicionar a troca na Polícia Federal a uma futura indicação para o STF – acusação feita por Bolsonaro.
Zambelli e Rodrigues chegaram a ter um embate sobre o pedido feito pelo senador pelas redes sociais na tarde desta segunda-feira (27/04), como é possível ver abaixo:
Prezada, com que autoridade você negociava vaga no STF? Qual era o "negócio"? Eu nunca escondi nada e nunca fiz negociata por Wpp, ao contrário de você, né? E sobre o DPVAT, você tem seguro de vida? O que você fez p/ denunciar o presidente do SEU partido? Nós denunciamos…
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) April 27, 2020
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Pra saber a verdade não ainda entrar com meia bomba, que não vai funcionar. A bomba tem que ser completa ou seja, também com os sigilos telefônicos de Moro e Bolsonaro, coisas vão aparecer e o bicho vai pegar.
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Quantas condições o $érgio Moro impôs ao Bolsonaro para ser Ministro da Justiça e da $egurança Pública?
Uma ou duas condições?
O que diz o Moro:
“Final de 2018 , essa é história um pouco repetida, eu recebi o convite do então eleito presidente da República Jair Bolsonaro, e já falei diversas vezes, é facil repetir essa história, porque é verdadeira.
E fui convidado a ser ministro da Justiça e da Segurança Pública. O que foi conversado com o presidente, foi no dia 1º de novembro, foi que nós teríamos o COMPROMISSO com o combate à corrupção e o (sic) crime organizado e à criminalidade violenta. Inclusive, me foi prometido na ocasião carta branca pra nomear todos os assessores, inclusive desses órgãos policiais, como Polícia Rodoviária Federal e a própria Polícia Federal.
Na ocasião, até aproveitando aqui um breve parêntese, pra desmistificar um dado, foi divulgado equivocadamente por algumas pessoas que eu teria estabelecido como condição pra assumir o Ministério da Justiça, uma nomeação ao STF.
Nunca houve essa condição, até porque seria algo de aceitar um cargo de ministro da Justiça pensando em outro, isso não é da minha natureza. Eu realmente assumi esse cargo, fui criticado e entendo essas críticas. Mas a ideia era realmente buscar um nível de formulador de políticas públicas aqui numa alta posição do Executivo. De aprofundar o combate, levar esse maior em relação ao crime organizado.
Tem uma única condição que eu coloquei, e isso eu acho não faz mais sentido manter em segredo, e pode ser confirmado tanto pelo presidente quanto pelo General Heleno. Contribuí 22 anos para a previdência, entendia saindo da magistratura essa previdência, pedi apenas, já que nós íamos ser firmes contra a criminalidade, especialmente o crime o crime organizado, que é muito poderoso, se algo acontecesse, pedi que a minha família não ficasse desamparada, sem uma pensão. Foi a única condição que eu coloquei para assumir essa posição específica do Ministério da Justiça.
Permito-me aqui dizer que o presidente concordou com TODAS(?), com esse compromisso, combate à corrupção, combate à criminalidade violenta, combate à criminalidade organizada, falou até publicamente que me daria carta branca”.
O Presidente concordou com TODAS o que, Cara Pálida?
Se o $. Moro impôs uma única condição, qual seja, uma pensão para a família se algo de ruim lhe acontecesse, como o Bolsonaro concordou com TODAS?
Teria o Bolsonaro concordado com TODAS as COMPROMISSOS assumidos pelo $érgio Moro?
O que diz o G1?
Numa matéria de 2019 intitulada “Bolsonaro promete STF ao Moro; Economistas acham que ano está perdido. Jornais de segunda (13)”, o G1 veiculou:
“Segundo o matutino carioca, ao aceitar abandonar a magistratura para se tornar ministro do governo Bolsonaro, Moro teria negociado dois pontos com o presidente: comandar o Coaf e se tornar Ministro do STF. Com o primeiro ponto da negociação ameaçado pelo Congresso, O Globo enfatiza que Bolsonaro tentou deixar claro que manterá seu compromisso com Moro.
“Fiz um compromisso porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: ‘A primeira vaga que tiver lá está à sua disposição’”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirante”.
Bem. Foram 3 condições impostas: a pensão, a vaga no $TF e o comando do Coaf. Alguma dessas condições foi cumprida?