Car@s, abaixo, além de dois links para acesso ao programa da globo sobre poluição do ar, seguem mais links para acesso a outros dois vídeos que estão na internet e um texto sobre economia e carros aqui mesmo do Brasilianas, escrito pelo Nassif, sobre a questão do IPI no ano passado..
Gostaria de sugerir um campanha ao jornalista da globo que fez os programas. A campanha é simples, e consistiria na globo se abster de fazer propaganda de automóveis e combustíveis por 12 meses.
Avaliaríamos, junto com o pessoal da globo, os efeitos na venda de automóveis, impactos e soluções para trabalho, renda e mobilidade que foram encontradas e, principalmente, se houve mudança no padrão de produção e consumo da indústria automobilística e de combustível.
Abraços, Gustavo Cherubine.
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/15916
“Cidades e Soluções mostra os efeitos da poluição no corpo” – Globo News
Compartilhe no Orkut Compartilhe com seus amigos
Publicado em: 05/05/2011 – 15:48
Se o vídeo não carregar, atualize a página ou aperte as teclas (Ctrl) + (F5)
Veja mais Notícias
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16037
“Cidades e Soluções mede os efeitos da poluição na saúde – parte 2” – Globo News
Compartilhe no Orkut Compartilhe com seus amigos
Publicado em: 13/05/2011 – 12:08
Se o vídeo não carregar, atualize a página ou aperte as teclas (Ctrl) + (F5)
Clique aqui e assista à primeira parte.
Veja mais Notícias
Outro acesso para a íntegra do primeiro programa da globo com pesquisadores do LABPA da USP
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/15916
Cidades e Soluções mostra os efeitos da poluição no corpo
Quarta-feira, 04/05/2011
O programa mostra, em duas edições, os riscos à saúde causados pela poluição. Paulo Saldiva, especialista em poluição atmosférica, usou o jornalista André Trigueiro como cobaia.
Vídeos:
Veja o vídeo
Poluição do Ar no Corpo Humano
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/11238
Participe: abaixo-assinado pede à Cetesb padrão da OMS para qualidade do ar
Publicado em: 10/09/2010 – 18:18
O Movimento Nossa São Paulo está reunindo adesões de organizações e cidadãos em um abaixo-assinado para que a Cetesb adote o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de classificação da qualidade do ar em São Paulo. O documento será entregue à agência ambiental em 22 de setembro, quando é comemorado o Dia Mundial Sem Carro.
Leia o texto do abaixo-assinado e participe.
Abaixo-assinado pela qualidade do ar nos padrões da OMS
Considerando que os parâmetros usados para classificar a qualidade do ar em São Paulo são os mesmos desde 1990 e, portanto, estão defasados;
Considerando as diferenças entre os limites máximos de concentração de poluentes no ar utilizados como padrão pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Cetesb:
– Concentração anual de material particulado (poeira mais fina que penetra nos pulmões): OMS – 20 microgramas por metro cúbico; Cetesb – 50 microgramas por metro cúbico;
– Ozônio: OMS – 100 microgramas por metro cúbico; Cetesb – 160;
– Poeira: OMS – 50; Cetesb – 150;
– Fumaça: OMS – 50; Cetesb – 150;
– Poeira fina: OMS – 25; Cetesb – não tem;
– Monóxido de carbono: OMS e Cetesb – 9;
Considerando que a própria Cetesb, a agência ambiental paulista, estuda rever os atuais índices de medição, de acordo com reportagem dos jornais O Estado de S.Paulo (13/06/10) e Folha de S.Paulo (07/09/10);
Considerando que em 2008 e 2009, nas 21 estações de medição da capital paulista, as médias de classificação da qualidade do ar estiveram acima da referência da OMS, e que pelos padrões paulistas nunca foi atingido o estágio considerado grave nestes dois anos;
Considerando que estudos da Faculdade de Medicina da USP apontam que morrem na cidade, em média, 12 pessoas por dia devido à poluição, encurtando a vida média dos paulistanos entre um ano e um ano e meio.
Considerando que além do custo em vidas, os impactos operacionais e financeiros no sistema de saúde, causados pela poluição, são imensos;
Nós, organizações da sociedade civil e cidadãos abaixo assinados, propomos que a Cetesb adote, o quanto antes possível, os padrões da OMS para a classificação da qualidade do ar em São Paulo.
> Adesão pessoa física > Adesão pessoa júrídica
Veja quem já assinou:
– Pessoa Física
– Pessoa Jurídica
Ainda, recomendo que todas/os escutem o pesquisador, médico e militante Paulo Saldiva e a análise de como São Paulo se aproveitou do IPI e jogou a responsabilidade dos problemas de seu trânsito para o além (esses Ramphastos horribilis são demais!).
Vídeos com Paulo Saldiva
Ofereço duas opções:
http://www.tedxsaopaulo.com.br/paulosaldiva/
Paulo Saldiva. Exclusão e Racismo Ambiental
e:
Paulo Saldiva. Exclusão e racismo ambiental
Escutem, no tempo 02 minutos e 13 segundos:
“…vamos pensar que o planeta é um indivíduo…”
E segue:
“…com uma dependência química de uma droga chamada petróleo…”
(…)
No tempo 03 minutos e 43 segundos:
“…na cidade de São Paulo morrem 4 mil pessoas a mais por ano devido à poluição do ar. Por AIDS, é um pouquinho menos de mil. Tuberculose, 500…”
Escutem, no tempo 06 minutos e 36 segundos:
“O reloginho da CETESB marca um tanto de poluição na Dr. Arnaldo. Mas será que dose da pessoa que tá dentro do Cayenne, com o ar condicionado funcionando no modo de recirculação interna, tem a mesma dose que o indivíduo que tá no ponto de ônibus esperando? O tempo de permanência das pessoas, num corredor de tráfego, quando se é mais pobre, é muito pior, muito maior, a dose é maior. Um ônibus velho que não pode rodar no corredor Nove de Julho ele desaparece no ar? Não. Ela vai para a periferia, ou para cidades de menor porte.”
Agora, no tempo 07 minutos e 42 segundos:
“…é isso que chamo de racismo ambiental….”
E aos 08 minutos e 15 segundos:
“O caminhão vendido no Brasil polui 90% mais do que o mesmo modelo vendido na Suécia e fabricado no Brasil.
Qual que é a razão de saúde para explicar que o pulmão do brasileiro é 90% mais resistente do que o do sueco?
Ou que o coração?
Ou que os bebês?
Ou que os idosos?”
E leiam a primorosa análise da economia tradicional, seus instrumentos tributários e mobilidade humana.
Surgem muitas perguntas.
Abraços, Gustavo Cherubine.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/05/19/quem-ganhou-com-a-reducao-do-ipi/#more-62442
Luis Nassif – Sobre economia, polÃtica e notÃcias do Brasil e do Mundo
19/05/2010 – 14:23
Quem ganhou com a redução do IPI
De manhã, no carro, ouvi a apresentação do candidato José Serra no encontro de prefeitos, em Brasília. Criticou a redução do IPI, pelo governo federal, dizendo que deu esmolas com o chapéu alheio. Isso, devido ao fato dessa redução ter reduzido também os repasses para estados e municípios.
Poderia ser uma crítica justa, vinda de outro governador. Mas São Paulo foi o estado que mais se beneficiou dessa redução, em detrimento de todos os demais entes federativos.
Explico.
O setor mais beneficiado foi o automobilístico. Sâo Paulo tem a maior produção de autoveículos do país. Com a redução do IPI aumentaram as vendas em relação ao anteriormente previsto. Só que o estado de Sâo Paulo não reduziu o ICMS que ele ganha sobre a venda de automóveis. Sem a redução do ICMS (que afetaria apenas os estados produtores), todo o peso das medidas anti-cíclicas recaiu sobre o conjunto dos entes federativos.
Na ocasião, fiz algumas contas aqui estimando os ganhos que a esperteza de Serra permitiu para o estado de Sâo Paulo.
O jogo do eu-ganho-vocês-perdem com a crise
de 27/03/2009
Confira esses dados:
1. O programa de redução do IPI para a indústria automobilística permitiu ao estado de São Paulo um ganho de arrecadação de R$ 1,1 bi no terceiro trimestre – em relação às previsões de venda, caso a redução não tivesse sido implementada.
2. A perda de arrecadação, para o governo federal, foi de prováveis R$ 990 milhões.
3. Mesmo com esses ganhos adicionais, o estado de São Paulo decidiu cobrar a mais das concessionárias – e indevidamente – uma quantia que poderá chegar a R$ 455 milhões.
Ou seja, houve perda de arrecadação federal, para estimular a economia. Na outra ponta, o estado de São Paulo ganharia R$ 682 milhões graças ao incentivo federal. Não satisfeito, arrecadou R$ 455 milhões a mais, indevidamente, reduzindo o potencial de aumento de vendas do setor.
Com isso, o governador José Serra matou dois coelhos com uma só cajada: melhorou espertamente a arrecadação do estado; e ajudou a reduzir o impacto do plano para a recuperação da economia.
Entenda melhor esses números.
Há um mês o governador José Serra anunciou que estaria sendo preparado um pacote de incentivos à produção, para enfrentar a crise. Seis meses depois da crise iniciada, os planos ainda estavam em estudos.
Confira aqui as duas matérias do Valor.
Na primeira, mostra que a isenção de IPI, pelo governo federal, permitiu que a venda de veículos, no primeiro trimestre, supere a do mesmo período em 2008. O estado mais beneficiado será São Paulo, onde se localiza o maior parque automobilístico do país. Segundo estudos do próprio setor automobilístico, sem a isenção, provavelmente teria ocorrido uma queda de 25% na produção.
Qual a contribuição do estado para este esforço nacional? Contribuição negativa. Em vez de vir se somar aos esforços federais, Serra instituiu a chamada “substituição tributária” – pela qual a indústria paga na frente o ICMS. Com a crise, as revendedoras passaram a conceder descontos de até 10% no preço do veículo. Mas a Secretaria da Fazenda continuou cobrando sobre o preço cheio.
Vamos a algumas contas em cima das seguintes hipóteses:
1. A produção de veículos de São Paulo corresponde a 60% da produção nacional.
2. Vamos supor um preço médio de veículos de R$ 50 mil.
3. No primeiro trimestre, a produção nacional foi de 607 mil veículos; a de São Paulo, cerca de 364.200.
4. Segundo fontes da Anfavea, se não fosse a redução do IPI, as vendas poderiam ter sido 25% menores no trimestre.
5. Vamos pegar a redução média do IPI de 11% para 5%. O ICMS de São Paulo é de 25% sobre o preço de venda.
A partir daí, quais as conclusões:
1. São Paulo arrecadou R$ 4,5 bi com a venda de autoveículos no trimestre. Se não fossem os incentivos do IPI, a arrecadação teria sido de R$ 3,4 bi. Portanto, o incentivo federal permitiu um ganho de arrecadação de R$ 1,1 bi para São Paulo.
2. Ao manter o ICMS em 25%, incidindo sobre o preço cheio do carro, a Fazenda cobra indevidamente R$ 1.250,00 sobre cada carro de R$ 50 mil vendido com 10% de desconto. Em vez de pagar R$ 11.250,00, a concessionária paga R$ 12.500,00.
3. Com essa garfada, ao mesmo tempo em que anunciava estudos para medidas fiscais visando amenizar a crise, o estado de São Paulo cobrou indevidamente R$ 455 milhões a mais de impostos, ao não considerar os descontos concedidos. Ou seja, jogou contra o esforço nacional para enfrentar a crise.
Conta final:
1. Carro com todos os impostos: R$ 68.000
2. Com redução de IPI: R$ 65.000
3. Com desconto, mas com a garfada de São Paulo: R$ 60.000
4. Com desconto e sem a garfada de São PauloÇ R$ 58.750
5. Com desconto, sem garfada e se o ICMS caísse de 25% para 20%: R$ 56.500
Essa mesma postura está sendo adotada no plano habitacional. O governador José Serra recusou-se a receber recursos do plano pore razões eleitorais. E também alegando que seria exigido dos estados desoneração de ICMS sobre material de construção.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.